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Portugal, Terrorismo Social e Governo pela Folha Excel

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Mensagem por Vitor mango Ter Out 02, 2012 2:09 am

Portugal, Terrorismo Social e Governo pela Folha Excel



30.09.2012







Portugal, Terrorismo Social e Governo pela Folha Excel 17332














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O que acontece em Portugal há um ano pode ser descrito em duas
palavras: Terrorismo Social, a antítese de democracia social. A tradução
disso é a marcha de um milhão de pessoas em Portugal há duas semanas
(um décimo da população) e a manifestação de ontem pelos Sindicatos que
tornaram o Terreiro do Paço em Lisboa no Terreiro do Povo.

Em
21 de junho 2011 Pedro Coelho tornou-se primeiro-ministro de Portugal,
num governo de coalizão/coligação entre o seu PSD (social-democratas) e o
CDS-PP, (conservador, cristãos-democratas), liderado por Paulo Portas.
Como de costume, um governo PSD logo se tornou sinônimo de tensões
sociais; como de costume, políticas de laboratório foram implementadas,
levando, como de costume, a sociedade portuguesa ao ponto de ruptura.
Bem-vindos ao Terrorismo Social.

O pano de fundo atras da
situação catastrófica para a sociedade portuguesa é muito simples de
ver: a má governação pelos (apenas) três partidos no poder desde a
Revolução de 1974, nomeadamente o PSD, CDS-PP e do PS (socialistas, em
nome só). Estes três partidos, particularmente o PSD e, especialmente,
sob a liderança do atual presidente, Aníbal Silva, pouco ou nada fizeram
para melhorar a competitividade de Portugal, não fizeram praticamente
nada para reestruturar a economia de Portugal sem suas províncias
coloniais (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste) e
fizeram absolutamente nada para preparar Portugal para o desafio
europeu.

Na verdade, esses (des)governos destruíram as poucas
ferramentas que Portugal (só europeu) teve, vendendo os indústrias,
destruindo a sua agricultura, afundando as suas frotas pesqueiras,
enquanto os primeiros-ministros tiveram orgasmos quando a União
Europeia deu um tapinha na cabeça deles e chamou-os bons alunos. Era uma
questão de ver qual deles se virou e baixou as calças mais rápidamente,
enquanto os activos de Portugal foram vendidos. Foram atentados de
terrorismo social, que afetam o presente e o futuro.

Bem-vindos
ao governo terrorista social, governação atravês de planilhas de Excel,
onde a linha de fundo ignora totalmente o custo humano e social das
políticas implementadas por políticos profissionais que nunca fizeram um
dia de trabalho nas suas vidas, que não têm noção sobre a realidade das
pessoas e que nunca tiveram de colocar comida na mesa, no final do dia,
existindo com uma pensão miserável, um salário médio português ou estar
com o fantasma do desemprego a pairar sobre as suas casas.

O
modelo de governação terrorista social por planilhas de Excel diz ao
formulador de políticas que o salário médio em Portugal é de cerca de
1.000 euros. Mesmo se esse fosse o caso, que não é, vamos examinar as
despesas de um agregado familiar médio: em Grande Lisboa, eu desafio
qualquer pessoa a apresentar um esquema de pagamento (modernizado) de
renda de menos de 400 Euros, e que é um mínimo absoluto. Pacote de
Internet, telefone e TV: 70 Euros; gás e electricidade, 40 Euros casa
por mês; água, 25 euros por mês; transporte, 35 euros por mês por
pessoa; tributação 24,5% (245 euros), deixando um reles 145 Euro por mês
para alimentar uma família (um salário). Com dois ordenados na família,
aumenta para 865 Euro o disponível... nesta folha de Excel.


Assim, a folha de Excel diz ao adiantado mental que formula políticas,
que acha que isso é um espelho da realidade sócio-econômica do país, que
para aumentar mais impostos, a família "média" iria suportar um aumento
de imposto de segurança social (TSU) de 11 para 18 %, como o
primeiro-ministro, Pedro Coelho, anunciou recentemente, e cinicamente,
pouco antes do início de uma partida de futebol. A folha de Excel não
diz que, se o salário médio é de 1.000 euros, significa que a maioria
das pessoas não ganham esse valor e por isso esse tipo de medidas é
insuportável para a maioria da população.

Que qualquer governo
possa anunciar tais medidas, e depois insinuar que vai repensar depois
de uma décima parte da população ir para as ruas, contestando... e esse
governo permanecer no poder, desafia a lógica. É este o pano de fundo
paraa manifestação de ontem, em Lisboa, organizada pela CGTP-IN, o
principal central de sindicatos em Portugal, que encheu Praça do
Comércio, as principais avenidas que levam até esta e a Praça do Rossio
acima destas.

A manifestação foi uma vitória dupla: provar que o
povo ainda é maciçamente envolvido na luta contra o terrorismo social
do PSD / CDS-PP; também fornece uma plataforma para propor medidas
alternativas à esquerda, algo que o (des)governo PSD/CDS- PP se recusa a
aceitar, escondendo-se atrás de um discurso monótono e arrogante "sem
alternativas".

Algumas das propostas para aliviar os efeitos do
terrorismo social do governo são simples e claras: do CGTP-IN vem o
seguinte: a criação de um imposto de 0,25% sobre as transacções
financeiras, gerando um adicional 2 bilhões de Euro; a introdução de um
imposto progressivo e indexado sobre as sociedades comerciais de 33,33%
para as empresas com um volume de negócios superior a 12,5 milhões de
Euro, gerando mais 1 bilhão de Euro; um imposto de 10% sobre os
dividendos (gerando 1,6 bilhões de Euro); políticas adicionais contra a
fraude e evasão fiscal (1 bilhão de Euro). Total: 5.600 bilhões de
euros, uma alternativa socialmente responsável para as políticas sociais
terroristas do governo de Portugal, que aos olhos do mundo, e de
qualquer entidade mínimamente inteligente, perdeu o seu direito de
governar.

A resposta do (des)governo de Portugal e seus
assessores tem sido deplorável, chamando o povo português "Piégas" e
"ignorantes", enquanto os lobbies que gravitam atrás deste "governo"
alegadamente ficam mais gordos enquanto que o cidadão é esmagado no
chão. Todos os governos em Portugal desde 1974, assumiram o cargo com as
palavras "Nós vamos pedir mais sacrifícios ao povo português", e em
seguida, procederam à implementação de políticas que servem os donos do
capital, reduzindo os trabalhadores à miséria, à escravidão, e hoje, à
fome.

Um epitáfio político nojento para estes três partidos que
levaram Portugal, um país de médio porte europeu, na sarjeta, gerido
por estrangeiros que não têm qualquer idéia sobre a realidade no campo.
Os portugueses, protegidos pela política de esquerda, mais uma vez
descobriram o Poder Popular, uma força invencível contra o terrorismo
social implementado pela direita política. Se souberem usá-lo, é claro.
Ou será um fenónemo efémero ou então um marco histórico.



Ao povo português cabe o próximo passo.

Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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