Netanyahu tenta recuperar votos em sua base eleitoral para minimizar ascensão da esquerda

Netanyahu tenta recuperar votos em sua base eleitoral para minimizar ascensão da esquerda



Com fim da coalizão que o apoia, premiê israelense demonstra preocupação em não conseguir maioria para governar






















O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, pediu votos para eleitores de
direita com a justificativa de que sua coalizão precisa vencer com
maioria esmagadora a fim de evitar a ascensão de partidos de
centro-esquerda no próximo mandato parlamentar.

Agência Efe (03/01)

Transeunte passa por cartais eleitorais da coalizão Likud-Yisrael Beitenu, que é liderada pelo premiê Benjamin Netanyahu

O líder da legenda Likud-Yisrael Beitenu tenta evitar que mais membros de sua base eleitoral passem
a apoiar outros partidos direitistas no pleito do dia 22 de janeiro.
Apesar de ainda garantir maioria, a coalizão perdeu muitos eleitores
para o partido Habayit Hayehudi (Casa Judaica) no último mês.

“Não existem dúvidas de que os partidos de esquerda vão tentar se unir
antes ou depois da eleição. Eles vão tentar derrubar o governo que eu
liderar”, disse ele, que é apontado como o favorito para vencer e se
reeleger no posto de primeiro-ministro nas eleições de 22 de janeiro.







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“Existem dois partidos de esquerda, da laia da esquerda da Grécia e da
Espanha, que estão preparados para fazer concessões e entregar
territórios que, sem dúvida nenhuma, vão ser controlados pelo Irã e seus
aliados”, acrescentou em entrevista neste domingo (06/01) à radio das
Forças Armadas de Israel.

Entre outras promessas de campanha, Netanyahu garante a continuidade da
expansão de assentamentos nos territórios palestinos e uma dura
política contra seus inimigos regionais. Mas, para isso, afirma que
precisa contar com uma ampla base no Parlamento israelense.

O premiê alertou aos eleitores mais desatentos que o voto no próximo
dia 22 de janeiro será único: ao escolher o partido, seleciona-se também
o novo primeiro-ministro. “Netanyahu será o premiê de qualquer jeito e
eu vou ajuda-lo votando em outros partidos”, parodiou ele.

“Eles não estarão ajudando. Ao diminuir o Likud, eles estão criando a
possibilidade da unificação de partidos de esquerda e também – eu não
poderei liderar o país contra os desafios que enfrentamentos – do Irã e
da Síria”, explicou ao público.

Frágil coalizão

Apesar de ser apontado como favorito a 36 assentos parlamentares, o
Likud perderá poder com o final da eleição. Conforme já havia sido
acordado no registro de candidatura, o Yisrael Beitenú não será mais
coligado ao partido de Netanyahu e deve levar pelo menos 12
representantes da coalizão.

Em recente entrevista ao Haaretz, o ex-chanceler e líder do
Yisrael Beitenú, Avigdor Lieberman, confirmou a ruptura. Ele explicou
que seu partido e o Likud não vão mais agir em conjunto no Parlamento e
que cada um terá seu representante próprio.

Oficiais do Likud reclamam do cenário e afirmam que Lieberman saiu vitorioso da coalizão.

Documentos vazados: como será a barganha?

As recomendações de uma empresa de consultoria ao Yisrael Beitenú de
como proceder depois do fim da eleição parlamentar foram reveladas pelo
site israelense Izrus e citadas pelo Haaretz.

O documento obtido revela que o partido de Lieberman terá acesso a pelo
menos seis pastas ministeriais no próximo mandato caso a coalizão seja
vencedora, segundo o acordo estabelecido com o Likud.

A empresa recomendou para o Yisrael Beitenu não solicitar o Ministério
da Defesa, mas sim o do Interior, da Agricultura, Segurança Pública e da
Imigração.