Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Cidade indonésia regula pela sharia como mulheres devem andar de moto

Ir para baixo

Cidade indonésia regula pela sharia como mulheres devem andar de moto Empty Cidade indonésia regula pela sharia como mulheres devem andar de moto

Mensagem por Vitor mango Ter Jan 08, 2013 1:26 am

Cidade indonésia regula pela sharia como mulheres devem andar de moto



Para preservar a moral islâmica,
proposta exige que mulheres montem com as pernas de lado, mas ainda pode
ser repelida pelo governo nacional























Agência Efe
Cidade indonésia regula pela sharia como mulheres devem andar de moto Moto%20indonesia
A prática de andar como passageira com a moto entre as pernas pode ser proibida para mulheres na cidade indonésia de Lhokseumawe

A cidade indonésia de Lhokseumawe, no noroeste da ilha de Sumatra, quer
proibir as mulheres de se sentarem, como passageiras de moto, com as
pernas abertas, ou sequer segurarem-se no motorista. A intenção é
"preservar a moralidade islâmica". Se o projeto de lei, divulgado nesta
quarta-feira (03/01), for aprovado pelo governo nacional, as mulheres
devem se sentar de lado, apenas.

"Queremos honrar as mulheres com esta proibição porque elas são
criaturas delicadas", afirmou o prefeito de Lhokseumana, Suaidi Yahya,
explicando que a decisão "salva a ética e o comportamento do povo" e
tenta impedir que as mulheres "marquem as curvas do corpo em público".

“Mulheres não devem sentar de pernas abertas em motos, porque isso
provocará o motorista homem. Também é para proteger as mulheres de
condições indesejáveis”, acrescentou à AFP. Apesar de não detalhar sobre
punições, Suaidi afimou que “uma vez inserido no estatuto, na lei
automaticamente haverá sanções”.








Leia mais


  • Indonésia avança rumo à abolição da pena de morte
  • Milhares de pessoas protestam contra violência a mulheres na Índia
  • Constituição do Egito é aprovada em referendo, diz Irmandade Muçulmana
  • Extremistas islâmicos voltam a atacar santuário de Timbuctu, no Mali





Elas teriam a permissão de dirigir a moto caso estejam vestidas “de uma
maneira muçulmana”. De outro modo, somente em emergências.

A iniciativa conta com o apoio de autoridades islâmicas locais, mas foi não foi poupada de críticas.

O ministro do Interior, Zudan Arif Fakruloh, disse que a regulação
vulnerabiliza os direitos das mulheres. "Vamos pedir explicações às
autoridades de Lhokseumawe sobre suas intenções com esta medida. Eu,
pessoalmente, acho que é discriminatória com as mulheres", argumentou.

Ulil Abshar Abdalla, ativista membro do Jaringan Islam Liberal, fórum
que discute o liberalismo islâmico na Indonésia, escreveu no Twitter que
“o modo de andar de moto não é regulado pela sharia [lei islâmica] e
não há menções a respeito no Corão ou nos Hadiths [segundo texto mais
sagrado do Islã]”. Segundo ele, “em um país democrático, o que é
reivindicado como sharia e objeto de legalização pelo governo precisa
ser avaliado pelo senso comum da população”.

Para a ativista Norma Manalu, "a maneira pela qual uma mulher monta em
uma moto, sua forma de falar ou seu modo de vestir não deveriam ser
assuntos do governo". Nurjanah Ismail, professora de assuntos de gênero
no Instituto Islâmico Ar Raniry, diz que “não há motivo para questionar
essa prática, tampouco regulá-la, porque as pessoas a fazem por
segurança”.

“Por que lidar com algo como o modo como a mulher senta na moto? O
prefeito deve focar nos direitos de vítimas [do tsunami de 2004 e da
recente guerra civil] que ainda precisam de atenção do governo, além da
pobreza e bem estar social”, adirmou Destika Gilang Lestari,
coordenadora local da ONG Comissão para Desaparecidos e Vítimas da
Violência.

Panfletos foram entregues a casas e prédios oficiais para informar
sobre a nova regulação. Suaidi Yahya também afirmou que discutirá
sanções com clérigos locais antes de assinar a regulação formal.

No entanto, o projeto de lei ainda passará por avaliação do governo
nacional em um mês, somente após o qual fará parte do estatuto da
cidade. “As propostas precisam ser esclarecidas e avaliadas pelo
ministro de Assuntos Domésticos antes de o governo local emitir o
decreto”, diz o porta-voz do ministério, Reydonnyzar Moenek, à CNN. Por
isso, tal autoridade esperará o rascunho final, e tem o poder de repelir
a medida. No entanto, ele admitiu que regulações locais, e
principalmente da cidade em questão, precisam refletir a cultura local,
tradições e aspirações dos cidadãos.

Contexto político e outras proibições

A província de Aceh, onde fica Lhokseumawe, ganhou autonomia em 2005,
após uma guerra civil que durou 30 anos e matou 15 mil pessoas. É a
única província a seguir uma versão da sharia, implantada em 2009. Entre
suas regras, estão a proibição de usar calças justas, a reeducação de
punks, o fechamento de lojas e outros locais durante as rezas,
apedrejamento de adúlteros e espancamento de homossexuais e pessoas
flagradas em jogos de azar ou bebendo álcool. Centenas de mulheres são
penalizadas por ano pela Corte Islâmica com castigos físicos por
infrações morais, como dar as mãos com namorados em público.

Apesar de a Indonésia não ser um estado islâmico e reconhecer seis
religiões, o Conselho de Ulemás do país recomendou na semana passada aos
fiéis que não celebrassem o Natal e lembrou que eles são proibidos de
participar de qualquer comemoração desta data cristã.

A proibição se aplica também a festejar o Dia dos Namorados, de modo a
evitar que "as jovens gerações se envenenem com uma cultura que
contradiz os valores islâmicos". Além disso, o Conselho condenou o uso
de roupa esportiva e a prática da aeróbica (porque seus movimentos podem
despertar o desejo sexual), programas de fofocas de celebridades,
canções de artistas como Lady Gaga, consumo de álcool, vacina contra a
meningite (pois é necessário o porco para sua produção), a ioga hindu,
as fotos de casamento e o voto em branco.

O presidente Susilo Bambang Yudhoyono’s, que depende do apoio de
partidos políticos muçulmanos, não se pronunciou a respeito da lei de
Lhokseumawe.

Dos 240 milhões de habitantes na Indonésia, 85% se consideram
islâmicos, representando a nação com a maior população muçulmana do
mundo.

* Com informações de EFE, AFP, BBC, CNN e The Guardian

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Cidade indonésia regula pela sharia como mulheres devem andar de moto Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117475

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos