Pesquisas indicam vitória de Netanyahu, mas divergem sobre distribuição de assentos

Pesquisas indicam vitória de Netanyahu, mas divergem sobre distribuição de assentos



Resultados discordam se coalizão liderada por premiê conseguiu ou não reverter tendência de queda






















A apenas 11 dias da eleição parlamentar em Israel, pesquisas de
intenção de votos publicadas nesta sexta-feira (11/01) divergem quanto
aos possíveis resultados. Apesar de indicarem a liderança da coalizão do
premiê Benjamin Netanyahu, indicam tendências opostas.

Efe (02/01)

Premiê visita construção de muro em fronteira com Egito; uma de suas promessas eleitorais é manter política de segurança dura

A análise do jornal Yedioth Aharonoth, conduzida pelo
instituto Dahaf, aponta queda de popularidade da legenda Likud-Yisrael
Beitenu que em apenas um mês perdeu quatro assentos, permanecendo com
33. De acordo com o relatório, a base eleitoral do partido começou a dar
preferência para outros grupos de extrema-direita.

Enquanto isso, o estudo do jornal Maariv, conduzido pelo
Maagar Mochot, indica que a coalizão reconquistou duas cadeiras na
última semana, assegurando 38 posições no Parlamento do país.

A pesquisa também sinaliza outra vitória dos partidos liderados por
Netanyahu: a queda nas intenções de voto do Partido Trabalhista, grupo
de centro-esquerda, que aparece com 16 assentos.

A perspectiva traçada pelo Yedioth Aharonoth, no entanto, não é tão
otimista para o premiê e seus aliados. Segundo os resultados, as
intenções de voto para outros partidos de extrema-direita religiosos
(como o Habayit Hayehudi), bem como para centristas, cresceu.

Além disso, a diferença entre o número de parlamentares de partidos de
direita e centro-esquerda (com exceção dos árabes) diminuiu, o que
atrapalha a estabilidade e governabilidade do próximo governo.

A soma das legendas de corrente religiosa e nacionalista, como o Shas –
União Torá Judaísmo (15 membros), o Casa Judaica – União Nacional (14) e
o Otzma (2), totaliza 64 deputados. Já a oposição de centro-esquerda
ficaria com 56 representantes, 52 sem contar com os partidos de maioria
árabe.

As projeções mais recentes do Hareetz e do Walla
mostram queda na intenção de votos no Likud-Beitenu concomitante ao
aumento da popularidade do partido também direitista Habayit Hayehudi
(Casa Judaica).

Nova estratégia eleitoral: reconquistar base

Atento aos sinais das análises, o premiê israelense e sua coalizão
lançaram nova estratégia para reconquistar votos da direita israelense.
Além da tentativa de aproximação com colonos judeus, Netanyahu alertou para o risco da ascensão dos partidos opositores no próximo mandato parlamentar.

Efe (03/01)

Frente ao crescimento de outros grupos, coalizão de Netanyahu mudou de estratégia para reconquistar voto de eleitores da direita

“Não existem dúvidas de que os partidos de esquerda vão tentar se unir
antes ou depois da eleição. Eles vão tentar derrubar o governo que eu
liderar”, disse ele, que é apontado como o favorito por todas as
pesquisas para vencer e se reeleger no posto de primeiro-ministro nas
eleições de 22 de janeiro.







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O premiê alertou que os eleitores não vão “ajudar” se votarem em outros
grupos de direita. ”Ao diminuir o Likud, eles estão criando a
possibilidade da unificação de partidos de esquerda e também – eu não
poderei liderar o país contra os desafios que enfrentamentos – do Irã e
da Síria”, explicou ao público.

Frágil mandato

O premiê está preocupado com as perspectivas de que seu possível futuro
mandato possa ser marcado pela instabilidade. Atualmente, Netanyahu
governa com o apoio de 42 parlamentares de sua legenda, mas, em sua
próxima administração, pode contar apenas com 24 representantes.

Efe

Líder do Habayit Hayehudi (Casa Judaica), N. Bennet, entrou em polêmica sobre assentamentos e conquistou confiança de colonos

Apesar de ser apontado como favorito a 33 assentos parlamentares, seu partido perderá poder com o final da eleição.

Conforme já havia sido acordado no registro de candidatura, o Yisrael
Beitenú não será mais coligado ao Likud, partido de Netanyahu, e deve
levar pelo menos 12 representantes da coalizão. O crescimento de outros
grupos de direita também ameaça o premiê. Pois, mesmo que possam apoiar
muitas de suas medidas, eles terão maior poder de barganha e negociação
nesta administração.

Além disso, todos os estudos indicam que os partidos opositores terão crescimento significante.

Por esta razão, Netanyahu tem pedido votos para eleitores com a
justificativa de que sua coalizão precisa vencer com maioria esmagadora a
fim de evitar instabilidade.