Justiça recusa pedido de suspensão da pena de uma das integrantes da banda Pussy Riot

Justiça recusa pedido de suspensão da pena de uma das integrantes da banda Pussy Riot



Solicitação de Maria Alyokhina foi feita com base na idade de seu filho, que tem 5 anos e era criado apenas por ela



Um tribunal da cidade de Berezniki, na Rússia, recusou nesta
quarta-feira (16/01) o pedido de suspensão da pena de dois anos de Maria
Alyokhina, membro da banda punk Pussy Riot.

Segundo a nova sentença, a juíza que condenou as três integrantes em
agosto do ano passado já havia levado em consideração a idade do filho
de Alyokhina. A condenada é mãe-solteira de um menino de cinco anos e
pediu a suspensão da pena de dois anos baseada também nesse argumento.

Agência Efe

Maria Alyokhina (centro) também criticou o Kremlin pela lei que proíbe norte-americanos de adotarem crianças russas

A apelação começou às 16h45 locais (8h45 em Brasília) e a decisão só
foi anunciada depois de quatro horas. Alyokhina começou alegando que
nenhum dos documentos que ela enviou ao juizado foi incluído no processo
e citou ainda as reprimendas sofridas dentro da prisão. A integrante da
banda Pussy Riot foi colocada em uma cela individual em novembro do ano
passado, pela sua própria segurança, segundo fontes oficiais. No
entanto, Alyokhina queixou-se do isolamento, que “causou muito
estresse”, e acusou a medida como sendo mais uma “provocação”.

Durante o julgamento, o procurador perguntou como Alyokhina estava
criando o seu filho Filipe antes de ter sido presa, enquanto a advogada
de defesa destacou o papel da cantora como estudante, ativista social e
mãe.







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No fim da apelação, Alyokhina criticou a Lei Dima Yakovlev,
recém-aprovada, que impede cidadãos norte-americanos de adotarem
crianças russas. “Não me surpreende que eu também fique sem ver o meu
filho, mas espero ver um pequeno milagre hoje aqui”, declarou. O
“pequeno milagre” não aconteceu e os advogados de defesa têm dez dias
para entrar com um recurso.

Alyokhina foi condenada com outras duas integrantes (uma delas já
liberada) por “incitação ao ódio religioso”. As três meninas
apresentaram uma canção-protesto dentro da principal catedral da Igreja
Ortodoxa russa em fevereiro do ano passado, antes das eleições
presidenciais no país.

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