Impasse na gestão dos portos gera fuga de navios
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Impasse na gestão dos portos gera fuga de navios
Impasse na gestão dos portos gera fuga de navios
25 de Fevereiro, 2013por João Madeira
CRESAP
já entregou à tutela os pareceres para a nova administração do Porto de
Lisboa, mas o Governo ainda não concretizou a nomeação. Indefinição
cria dificuldades operacionais.
A
indefinição na Administração do Porto de Lisboa (APL), que está em
gestão corrente à espera que o Governo nomeie novos corpos dirigentes,
está a provocar dificuldades operacionais que aumentam o risco de fuga
de navios para portos concorrentes.Ao que o SOL apurou, uma dessas
situações ocorreu na semana passada, no terminal concessionado à
Liscont. Um navio internacional manifestou interesse em atracar e fazer
uma descarga de contentores. Contudo, seria necessário fazer uma
dragagem na barra do rio Tejo, para permitir a passagem da embarcação.
Como
essa operação implicava uma autorização da APL, que não pode ser tomada
com uma equipa em gestão, a opção equacionada foi a transferência do
navio para o Porto de Sines, cujas águas são mais profundas.
Outra
restrição que afecta a captação de navios é a falta de disponibilidade
para contactar clientes no estrangeiro, relatou uma fonte do sector
portuário. Como a APL está apenas com dois elementos na administração, e
deveriam ser três em plenas funções, afecta a capacidade de participar
em encontros fora do país, muitas vezes necessários para captar novas
embarcações.
E o Porto de Lisboa não é caso único quanto à
indefinição dos elementos da administração. As equipas à frente dos
maiores portos do país – Lisboa, Aveiro, Sines, Leixões e Setúbal –
estão em gestão corrente, tal como o SOL já noticiou.
Parte do
atraso deve-se à necessidade de obter pareceres favoráveis da Comissão
de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP). Com a
revisão do Estatuto do Gestor Público, as competências profissional e
curricular dos administradores propostos pelo Governo têm de obter
avaliação positiva do organismo tutelado por João Bilhim, e houve nomes
vetados.
Mas no caso de Lisboa o processo de avaliação dos
potenciais administradores já foi completado. Segundo adiantou ao SOL
fonte da CRESAP, «os pareceres solicitados relativos à Administração do
Porto de Lisboa já foram elaborados e enviados à tutela».
A data
do desfecho do processo está agora apenas nas mãos do ministro Álvaro
Santos Pereira. Na comunidade portuária corre a informação de que a
nomeação dos administradores para Lisboa e Sines estará «por dias», e
que os nomes escolhidos para Lisboa e Setúbal são Marina Ferreira e
Vitor Caldeirinha, respectivamente, mas o SOL não conseguiu obter
qualquer esclarecimento do Ministério da Economia.
Extinções atrasadas
Os
portos portugueses estão a atravessar uma fase de mudança profunda. No
final do ano passado, foi aprovado um novo regime de trabalho portuário e
o Governo quer avançar, a breve prazo, com novas concessões a privados.
Em
paralelo, estão a decorrer processos de fusão e extinção de organismos
públicos do sector, ao abrigo do Plano de Redução e Melhoria da
Administração Central (PREMAC). O Instituto Portuário e dos Transportes
Marítimos foi extinto no papel, mas continua a funcionar porque falta
definir competências e quadros de pessoal.
joao.madeira@sol.pt
Tags: Exportações, Economia, Portos
25 de Fevereiro, 2013por João Madeira
CRESAP
já entregou à tutela os pareceres para a nova administração do Porto de
Lisboa, mas o Governo ainda não concretizou a nomeação. Indefinição
cria dificuldades operacionais.
A
indefinição na Administração do Porto de Lisboa (APL), que está em
gestão corrente à espera que o Governo nomeie novos corpos dirigentes,
está a provocar dificuldades operacionais que aumentam o risco de fuga
de navios para portos concorrentes.Ao que o SOL apurou, uma dessas
situações ocorreu na semana passada, no terminal concessionado à
Liscont. Um navio internacional manifestou interesse em atracar e fazer
uma descarga de contentores. Contudo, seria necessário fazer uma
dragagem na barra do rio Tejo, para permitir a passagem da embarcação.
Como
essa operação implicava uma autorização da APL, que não pode ser tomada
com uma equipa em gestão, a opção equacionada foi a transferência do
navio para o Porto de Sines, cujas águas são mais profundas.
Outra
restrição que afecta a captação de navios é a falta de disponibilidade
para contactar clientes no estrangeiro, relatou uma fonte do sector
portuário. Como a APL está apenas com dois elementos na administração, e
deveriam ser três em plenas funções, afecta a capacidade de participar
em encontros fora do país, muitas vezes necessários para captar novas
embarcações.
E o Porto de Lisboa não é caso único quanto à
indefinição dos elementos da administração. As equipas à frente dos
maiores portos do país – Lisboa, Aveiro, Sines, Leixões e Setúbal –
estão em gestão corrente, tal como o SOL já noticiou.
Parte do
atraso deve-se à necessidade de obter pareceres favoráveis da Comissão
de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP). Com a
revisão do Estatuto do Gestor Público, as competências profissional e
curricular dos administradores propostos pelo Governo têm de obter
avaliação positiva do organismo tutelado por João Bilhim, e houve nomes
vetados.
Mas no caso de Lisboa o processo de avaliação dos
potenciais administradores já foi completado. Segundo adiantou ao SOL
fonte da CRESAP, «os pareceres solicitados relativos à Administração do
Porto de Lisboa já foram elaborados e enviados à tutela».
A data
do desfecho do processo está agora apenas nas mãos do ministro Álvaro
Santos Pereira. Na comunidade portuária corre a informação de que a
nomeação dos administradores para Lisboa e Sines estará «por dias», e
que os nomes escolhidos para Lisboa e Setúbal são Marina Ferreira e
Vitor Caldeirinha, respectivamente, mas o SOL não conseguiu obter
qualquer esclarecimento do Ministério da Economia.
Extinções atrasadas
Os
portos portugueses estão a atravessar uma fase de mudança profunda. No
final do ano passado, foi aprovado um novo regime de trabalho portuário e
o Governo quer avançar, a breve prazo, com novas concessões a privados.
Em
paralelo, estão a decorrer processos de fusão e extinção de organismos
públicos do sector, ao abrigo do Plano de Redução e Melhoria da
Administração Central (PREMAC). O Instituto Portuário e dos Transportes
Marítimos foi extinto no papel, mas continua a funcionar porque falta
definir competências e quadros de pessoal.
joao.madeira@sol.pt
Tags: Exportações, Economia, Portos
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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