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De aplicativos a grupos de resgate, ativistas lançam iniciativas contra estupros na Praça Tahrir

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De aplicativos a grupos de resgate, ativistas lançam iniciativas contra estupros na Praça Tahrir Empty De aplicativos a grupos de resgate, ativistas lançam iniciativas contra estupros na Praça Tahrir

Mensagem por Vitor mango Dom Mar 10, 2013 1:47 am

De aplicativos a grupos de resgate, ativistas lançam iniciativas contra estupros na Praça Tahrir



Grupos reclamam de falta de apoio do movimento revolucionário e pedem às vítimas “fazerem barulho”






















A participação política de mulheres na primavera egípcia está sendo
ameaçada por uma onda crescente de abuso sexual durante os protestos na
Praça Tahrir: dezenas de ativistas são cercadas por centenas de homens e
ferozmente violentadas a cada manifestação. Diante da falta de resposta
do governo e do consentimento silencioso da sociedade, mulheres e
homens se uniram em diferentes iniciativas para combater – por vezes,
com o seu próprio corpo - o problema.

De linhas de emergência a cursos de autodefesa e aplicativos
eletrônicos, esses militantes organizaram grupos de resgate e apoio às
mulheres violentadas no principal símbolo da Primavera Árabe no Egito.
Além de enfrentar os agressores, as campanhas têm de lidar com a falta
de apoio entre o próprio movimento revolucionário.

Os grupos vêm na esteira do feminismo, que floresceu com o início da
Primavera Árabe, e das campanhas já existentes no país contra o assédio
sexual, mas atuam em um espaço distinto: o principal palco dos protestos
egípcios, a Praça Tahrir.

Também do Especial "As vozes silenciadas da Revolução Egípcia":
Mulheres sofrem com estupros na Praça Tahrir dois anos após revolução egípcia

Testemunha anônima: “Eu, realmente, vi o pior e o melhor dos homens”

OpAntish
De aplicativos a grupos de resgate, ativistas lançam iniciativas contra estupros na Praça Tahrir Sub1
Imagem de protesto contra a violência sexual na Praça Tahrir, em 6 de fevereiro de 2013

Existem indícios de que as violações sexuais contra as manifestantes
são uma tática organizada de repressão para afastar as mulheres da
política pelo medo e que tal objetivo encontra respaldo até mesmo entre
pessoas contrárias aos abusos. Na grande maioria dos casos, a sociedade
aponta a vítima como culpada pelo assédio – afinal, dizem, “a Praça
Tahrir não é um lugar para mulheres”.

Esses novos coletivos trazem em seu cerne, no entanto, a máxima de que a
revolução egípcia é a revolução das mulheres, destacando a importância
das ativistas nos protestos populares contra a ditadura de Hosni
Mubarak. “Em qualquer manifestação, você olha em volta e vê muitas e
muitas mulheres; mulheres mais lindas e fortes do que qualquer outro
homem que eu já vi”, descreve Salma Eltarzi, ativista e porta-voz do
OpAntiSh (Operation Anti-Sexual Harassment).

Interferência física e resgate dos abusos

Pacotes de primeiros socorros, roupas em mochilas, telefones nas mãos e
panfletos em sacolas. Dezenas de pessoas se agrupam em uma sala e
muitas delas se preparam para deixar o edifício em direção ao protesto
de aniversário da revolução egípcia. O telefone toca: uma mulher está
sendo sexualmente violentada em frente ao Mogamma (edifício
governamental). Com mochilas nas costas, três jovens se apressam para
chegar ao local.

Foi assim que começou a jornada da OpAntiSh em sua intervenção no dia
25 de janeiro. O grupo de voluntários, formado em novembro de 2012,
tenta resgatar mulheres de situações de abuso sexual nas manifestações
que ocorrem na Praça Tahrir, colocando sua própria segurança em risco.
Neste mesmo dia, 15 das 19 mulheres violentadas foram atendidas e três
ativistas foram abusados durante a operação.




Os voluntários, que provêm de diferentes organizações feministas, são
organizados em equipes com diferentes funções: uns distribuem panfletos
com o número da chamada de emergência da operação e pedem para as
pessoas avisarem se presenciaram algum caso de assédio; outros entram na
multidão e tentam proteger as mulheres atacadas; alguns providenciam
segurança e ajuda básica para a manifestante violentada; e os
remanescentes atendem as ligações de emergência e repassam as
informações para a equipe.

Interferir fisicamente contra os estupros, colocando a sua própria
segurança em risco, também foi a solução encontrada pelos ativistas da Tahrir Bodyguard.
Soraya Bahgat decidiu formar a organização depois de assistir a vídeos
de uma mulher sendo violentada durante um protesto em novembro de 2012.





Leia mais


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“Foi revoltante: eles estavam arrastando-a pelas ruas. Eu não poderia
imaginar algo tão horrível que, essencialmente, afastaria as mulheres de
exercer seu direito de protestar assim como qualquer outro. Ninguém
deve ser impedido de se manifestar”, explica Bahgat.

Assim como os membros da OpAntiSh, os ativistas da Tahrir Bodyguard
entram no meio da multidão em protesto e percorrem a praça em busca de
casos de abusos para intervir. Quando encontram uma mulher sendo
violentada, tentam retirá-la e, em seguida, fornecer atendimento médico e
psicológico. Com coletes fluorescentes, eles também distribuem papeis
com o número de uma linha de denúncia emergencial.

Aplicativos de luta

O HarassMap
surgiu antes mesmo do início dos protestos da primavera egípcia e foi
elaborado por militantes feministas que queriam dar assistência a
mulheres violentadas, além de ajudar a formulação de políticas públicas
de prevenção do abuso sexual. Por meio do envio de SMS, o aplicativo
contabiliza o local dos casos de assédio e os distribui em um mapa
online.

“Quanto mais conhecimento sobre a violência sexual, mais segurança para as mulheres”, explica o texto introdutório do coletivo.

“As mulheres sofrem, por vezes, de vergonha, isolamento, frustração e
autodesprezo por não terem respondido o suficientemente rápido. Reportar
o assédio confirma a mulher como vítima de um crime cometido contra
elas e o seu direito a segurança”, acrescenta.

Empoderar as mulheres

Não silenciar as vítimas de violência sexual é um dos pontos principais
do movimento feminista egípcio. “Uma das primeiras coisas que devemos
fazer é muito barulho para destruir o estigma e o tabu que incriminam a
mulher, mas também envergonhar a sociedade que permite e cala esse
crime”, afirma Eltarzi.

Agência Efe
De aplicativos a grupos de resgate, ativistas lançam iniciativas contra estupros na Praça Tahrir Sub2
Egípcios protestaram na frente do tribunal contra testes de virgindade em dezembro de 2011

Por esta razão, os grupos incentivam que as mulheres vítimas de abusos
compartilhem suas histórias publicamente por meio de entrevistas e
textos. O Instituto Nazra de Estudos Feministas publicou, em janeiro
deste ano e junho de 2012, quatro relatos anônimos de
mulheres violadas na Praça Tahrir e as jornalistas internacionais
Natasha Smith e Lara Logan (da CBS) também contaram suas histórias em
meios de comunicação.

As ativistas também distribuem panfletos e escritos com conteúdo
feminista ao redor do Egito, além de publicarem nas mídias e redes
sociais. “Usamos todas as possibilidades criativas para promover o
conhecimento sobre assédio e o papel dos indivíduos em impedir isso.
Nosso objetivo é transformar o abuso em inaceitável”, diz o texto do
HarrassMap.

Diversas manifestações foram convocadas em nome do direito da mulher e
contra a violação sexual no país. No dia 6 de fevereiro, centenas de
ativistas participaram de um protesto na Praça Tahrir contra os casos de
assédio no local.

Uma revolução incerta

O movimento revolucionário da Praça Tahrir não deu a resposta esperada
pelas feministas aos crescentes casos de violência sexual durante os
protestos. Alguns afirmam que a questão será tratada depois de outros
problemas serem resolvidos e muitos pedem para as vítimas permanecerem
caladas para não prejudicar a imagem da primavera egípcia.

“Ignorar o assunto e desencorajar as vítimas a falarem disso não é
melhor do que agredi-las; eles estão aumentando o problema”, alerta
Eltarzi que ainda acrescenta: “se os revolucionários, as pessoas que
pedem por mudanças, não colocam os direitos da mulher na agenda, nada
mais irá adiantar”.

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Mar 10, 2013 5:20 am

.
E o que é que poderia esperar-se de um governo, baseado na Irmandade Muçulmana?!

Apesar de tudo, o Egipto ainda vai chorar muito por Moubarak!


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Mensagem por Vitor mango Dom Mar 10, 2013 5:29 am

Joao Ruiz escreveu:.
E o que é que poderia esperar-se de um governo, baseado na Irmandade Muçulmana?!

Apesar de tudo, o Egipto ainda vai chorar muito por Moubarak!


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