Descoberta de "ameaça terrorista" justifica espionagem eletrónica

Descoberta de "ameaça terrorista" justifica espionagem eletrónica
Foi o programa de vigilância da Agência de Segurança Nacional que permitiu descobrir nova ameaça terrorista, dizem os defensores do polémico PRISM.
Carolina Reis
13:27 Segunda feira, 5 de agosto de 2013

Getty O PRISM motivou várias protestos



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A ameaça terrorista sobre os EUA, que levou ao encerramento de 19 embaixadas, foi detetada pelo PRISM, o programa de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA), de acordo com o jornal "The Guardian".

O controverso programa secreto, que permite aceder a todo o tipo de comunicações dos cidadãos, dentro e fora dos EUA, em tempo real, gerou controvérsia quando foi denunciado pelo ex-espião Edward Snowden, agora refugiado na Rússia.

Depois de muitas críticas, e notícias que revelavam que os EUA tinham chegado a espiar a União Europeia, os defensores do PRISM veem agora na anunciada "ameaça terrorista" uma oportunidade para o justificar. 

"O programa está mais uma vez a provar o seu valor", disse o senador republicano Lindsey Graham em entrevista à CNN.

Saxby Chambliss, um senador republicano que foi informado da situação pelo Vice-Presidente, afirma que os EUA vivem a ameaça mais séria dos últimos tempos e que só foi possível detetar através de vigilância. "Foi registada uma grande quantidade de conversa terrorista que lembra muito o que vimos antes do 11 de setembro." 

A decisão sem precedentes de fechar as embaixadas, na passada sexta-feira, começou por ser para um dia mas foi prolongada, depois de uma "reunião de alto nível" na Casa Branca.

Pelo menos até sábado as embaixadas e consulados de Abu Dhabi, Amã, Cairo, Dhahran, Djibouti,  Doha, Dubai, Jeddah, Cartum, Kuwait, Manama, Muscat, Riade, Sanaa, Tripoli, Madagáscar, Burundi, Kigali e das ilhas Maurícias vão continuar encerradas.

Os EUA vão esperar até ao fim do Ramadão para reavaliar a situação. O Reino Unido irá manter encerrada a sua embaixada no Iémen, enquanto que França e Alemanha fecharam as representações diplomáticas no país apenas durante o fim-de-semana.

Contactado pelo Expresso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse não ter qualquer indicação sobre o assunto.


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