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Garrett McNamara: «Beijo sempre a minha mulher antes de entrar na água»

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Mensagem por Vitor mango Seg Ago 26, 2013 5:07 am

trevista
Garrett McNamara: «Beijo sempre a minha mulher antes de entrar na água»
23 | 08 | 2013   15.04H
Tornou-se fã da Praia do Norte (Nazaré), em 2011, em 2012 bateu o recorde do Guinness de grandes ondas e casou-se por lá e este ano foi condecorado pela Marinha. O destemido Garrett McNamara, a partir do Havai (com 11 horas de diferença para Portugal), conta-nos o risco calculado que é surfar ondas gigantes, os hábitos antes da aventura e os planos para o futuro.
João Tomé | jtome@destak.pt
Ficou surpreendido por ter sido condecorado pela Marinha Portuguesa? Teve um significado importante para si?
Fiquei muito surpreendido e extremamente honrado. Muito sinceramente, não estava à espera. Posso garantir que vai definitivamente ficar como um dos grandes momentos da minha vida. A condecoração e o reconhecimento acabaram por ser algo muito emocional para mim.
Com que idade soube que queria ser surfista para a vida?
Comecei a surfar quando tinha 11 anos, na altura em que fui viver para o Havai. Foi por isso que comecei a fazer surf. Se não me tivesse mudado provavelmente não seria surfista.
O seu irmão mais velho ajudou?
A minha paixão pelo surf vem do oceano. O meu irmão apenas tinha a mesma paixão do que eu. Quando éramos novos surfávamos juntos e competíamos de forma saudável, mas as grandes ondas nunca foram para ele.
E com que idade é que começou a entrar no mundo das grandes ondas?
Depois comecei a surfar as grandes ondas quando tinha 16 anos e fiquei ‘agarrado’ desde essa altura. É uma paixão de vida. 
Saltou para a ribalta em 2002, tendo como colega o brasileiro Rodrigo Resende, quando ganharam um prémio mundial de Big Waves. E desde 2011 que passa muito tempo em Portugal. Já sabe falar algum português?
Sei algumas frases, mas estou neste momento a trabalhar muito para aprender mais para quando voltar em outubro.
Quais são as suas praias preferidas no mundo para a prática das Big Waves ou simplesmente para desfrutar?
A Praia do Norte é definitivamente a minha preferida e no Havai adoro surfar na Sunset Beach. As Fiji também são algo de fantástico.
Quais foram os sustos mais violentos que teve nesta atividade arriscada?
Foi no Alasca que tive o momento mais assustador. Apanhei o susto da minha vida e não volto a repetir. Tivemos muita sorte em nos ‘safarmos’ e estivemos perto da morte durante todo o tempo que o glaciar estava a cair na água. A qualquer momento o glaciar podia ter caído da pior forma e esmagado-nos.
Há um grande risco no que faz, ou é um risco muito calculado?
Quando as pessoas me dizem que sou maluco por fazer estas grandes ondas, eu respondo que sou um maluco calculista. Claramente há riscos envolvidos no surf de ondas gigantes, mas também há muito que se pode fazer para minimizar esses riscos.
O que faz para se inspirar antes de entrar em cena para tentar bater um recorde mundial?
Rezo e medito com a minha mulher e com a minha equipa antes de uma aventura. E beijo sempre a minha mulher antes de entrar na água!
De que forma a meditação ajuda-o? Aconselha a todos?
Penso que é importante para todos tirar um tempo todos os dias para desligar a mente e ficar consciente do ambiente onde está e concentrar-se no momento que está a viver.
A maioria dos portugueses nunca foram ao Havai. Há grandes diferenças para as ilhas portuguesas, Madeira e Açores?
Eu e a minha mulher fomos aos Açores o ano passado. Achámos muito bonito mas ainda assim muito diferente do Havai. O Havai é quente todo o ano, nunca precisamos de usar mais do que uma t-shirt e a água é mais límpida e quem do que em Portugal.
Que conselhos daria aos jovens surfistas que querem tentar aventurar-se nas grandes ondas da Praia do Norte?
Escrevam os vossos objetivos e tudo o que precisam de fazer diariamente para os atingir. Treinem no duro!
O que é que a Nazaré tem tão de especial na zona onde lhe permitiu bater já dois recordes mundiais?
O declive subaquático que vai quase até à margem, combinado com o oceano aberto com um movimento [’swell’, força gravitacional provocada pelo fundo do mar que permite ondas longas e fortes] que cria ondas monstruosas. Também há algo muito místico que é indescritível.
O que é que quer fazer agora? A Nazaré é agora um ponto de paragem obrigatória?
Quero continuar a surfar as maiores ondas que conseguir encontrar, especialmente na Nazaré. Estamos em Portugal cerca de um quarto do ano. A nossa base é o Havai, mas viajamos a maior parte do ano.

O projecto de Centro de Alto Rendimento de Surf na Nazaré está quase a abrir. De que forma vai participar?
Estamos a planear ter cursos para aumentar a segurança e o conforto das pessoas na água. Queremos ter cursos para todos, não apenas para surfistas de grandes ondas.

Também tem aparecido ligado ao Stand Up Paddle [prática em que se está de pé numa prancha e um remo]...
Sempre adorei fazer ‘Stand Up Paddling’. Curiosamente foi assim que conheci a minha mulher (ela competia nessa modalidade). É uma prática ótima para treinar.
Acha que daqui a 10 anos vai estar a fazer o mesmo?
Sim, sem dúvida. Vou estar a viajar o mundo com a minha mulher e a espalhar o amor e paixão pela vida.
--
A SABER
Melhor banda sonora inspiracional

Difícil... terei de ir para algo intemporal como Led Zeppelin.
Melhor filme
Forrest Gump
Melhor livro
As Sete Leis Espirituais do Sucesso, de Deepak Chopra
Melhor praia no mundo
Pensei muito e terei de dizer que é a Praia do Norte, mesmo em dias que não hajam ondas, adoro levar lá a minha mulher porque existem quilómetros de praia vazia para passear e saborear a beleza natural incrível.
Melhor cidade
Todas têm prós e contras. Depende do que se procura, mas nas cidades grandes gostamos de Nova Iorque.
Melhor país para viver
Os EUA eram o meu país preferido, mas agora com tantos alimentos modificados geneticamente escolheria a Europa e Portugal é verdadeiramente incrível!
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