Papa: ‘Há sempre dúvidas se as guerras são para vender armas’

Papa: ‘Há sempre dúvidas se as guerras são para vender armas’

Francisco reitera apelo pela paz na Síria e denuncia guerras comerciais



O Globo (Email · Facebook · Twitter)

Com agências internacionais (Facebook · Twitter)
Publicado: 8/09/13 - 9h36
Atualizado: 8/09/13 - 9h55
Papa Francisco durante a oração dominical Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano Foto: ANDREAS SOLARO / AFP

Papa Francisco durante a oração dominical Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano ANDREAS SOLARO / AFP

VATICANO - O Papa Francisco reiterou neste domingo seu apelo pela paz na Síria e denunciou as “guerras comerciais para vender armas”.

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- Há sempre dúvidas se essas guerras são para problemas reais ou para vender armas - disse o Pontífice diante de uma multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano, na celebração do Angelus. - Há uma guerra comercial para vender essas armas no comércio ilegal.

Francisco afirmou ainda que é necessário combater a violência e pediu o fim da devastação no país árabe.

- A guerra contra o mal significa dizer não ao ódio fratricida e as mentiras que o alimenta, não à violência em todas as suas formas, não à proliferação de armas e ao tráfico ilegal de armas - disse. - A violência e devastação na Síria devem parar imediatamente e devemos trabalhar com renovado compromisso para uma solução justa para o conflito fratricida.

No sábado, ele convocou os cerca de 1,2 bilhão de católicos do mundo para um dia de oração e jejum pela paz na Síria.

O apelo do líder da Igreja católica vem no momento em que Estados Unidos e a França consideram uma ação militar contra o regime sírio Bashar al-Assad em resposta ao ataque químico de 21 de agosto que teria deixado mais de 1.400 mortos, segundo o governo americano. Os países ocidentais culpam Assad pelo ataque, embora o governo sírio negue a responsabilidade.

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Comentários (39)

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Paulo Roberto Moraes de Aguiar 09/09/13 - 07:20

A Síria vai se tornar, em breve, um novo Afeganistão. Nunca mais haverá paz naquela região.

há 9 horas

Paulo Roberto Moraes de Aguiar 09/09/13 - 07:15

O Papa Francisco, que é um homem bom, além de pontífice, percebe as segundas intenções por trás das iniciativas belicistas. A guerra só é um grande negócio para quem vende armas.

há 9 horas

Jean Silva Souza Yomura 09/09/13 - 07:00

Grande novidade! EUA em crise...fabricante de armamento que financia as campanhas deles...quem você acha que quer a guerra? os fabricantes...assim eles vendem mais, o governo arrecada mais e todos saem ganhando. A unica forma que eles encontraram para sair da crise é esta pois o resto por la continua a mesma coisa.

há 9 horas

Severino dos Santos 09/09/13 - 02:52

O problema da industria de armamentos é que ela mata o potencial comprador ! Ao condenar as grandes cidades a praças de guerra elas atrapalham a economia que se reflete na diminuição de novas compras de armas...Se invertemos essa lógica para a defesa da ecologia, da paz e do bem-estar, os lucros serão bem maiores...! Tecnologia de ponta é o que não falta. É apenas uma questão de etica do lucro maior e melhor...!

há 13 horas

Tiago Azevedo 08/09/13 - 19:29

"Terrorista" >> Indivíduo nascido no Oriente Médio, que seja contra os interesses políticos dos EUA.... Qualquer ação bélica dos EUA levantam suspeitas, Rumsfeld, Cheney, Bush pai, Bush filho, Halliburton, Chevron.. Essa galera troca sangue inocente por $$$$... É triste, mas é a realidade

há 21 horas

Mais Que Uma Ameba 08/09/13 - 19:54

Prezado Sr. Tiago Azevedo, Faltou a infame "Blackwater" ( hoje "Academi" ) nessa a sua relação.


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