Síria: Relatório da ONU confirma ataque mas não atribui culpa

Síria: Relatório da ONU confirma ataque mas não atribui culpa

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16 de Setembro, 2013

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apresentou esta segunda-feira as conclusões dos peritos que investigaram o ataque químico de 21 de Agosto no arredores da capital síria Damasco.
"Foi um crime de guerra", afirmou o secretário-geral da ONU, sem contudo afirmar quem foi o responsável pelo uso de armas químicas numa zona densamente habitada.

"A missão concluiu que foram usadas armas químicas numa escala relativamente larga em Ghuta, Damasco, a 21 de Agosto. O ataque causou inúmeras vítimas, sobretudo entre a população civil", afirmou.

"Os sobreviventes afirmram que após um ataque de artilharia sentiram uma grande variedade de sintomas, incluindo dificuldades respiratórias, desorientação, irritação nos olhos, visão distorcida, nauseas, vómitos e um estado geral de fraqueza. Muitos acabaram por perder a consciência", acrescentou.

Os investigadores da ONU conduziram entrevistas e recolheram vestígios de sangue, cabelo, urina e fragmentos de munição para produzir as suas conclusões. Cerca de 85% das amostras de sangue revelaram a presença de sarin, um gás de nervos letal.

"Com esta análise como base, a equipa conclui, e passo a citar, que reuniu provas claras e suficientes que mísseis terra-terra contendo o gás de nervos sarin foram utilizados nas áreas de Ein Tarma, Moadamiyah e Zalmaika em Ghuta", disse Ban Ki-moon.

Os mísseis utilizados são descritos como uma variante do M14 e terão sido disparados a partir de uma zona não especificada a noroeste do local de impacto.

Ban Ki-moon afirmou que a investigação não pôde apurar cabalmente a autoria do ataque nem o número de vítimas causadas. No entanto, Estados Unidos e França, que defendem uma acção militar contra o regime de Bashar al-Assad, declararam já que o conteúdo do relatório aponta no sentido do envolvimento de Damasco no ataque químico.

SOL