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Dilma adia visita de Estado aos EUA por denúncias de espionagem

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Dilma adia visita de Estado aos EUA por denúncias de espionagem Empty Dilma adia visita de Estado aos EUA por denúncias de espionagem

Mensagem por Vitor mango Qua Set 18, 2013 1:51 am

Dilma adia visita de Estado aos EUA por denúncias de espionagem

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A presidente Dilma Rousseff adiou a visita de Estado que estava prevista para o dia 23 de outubro a Washington, após as denúncias de que o Brasil foi alvo de espionagem por parte dos EUA, informaram nesta terça-feira a Presidência brasileira e a Casa Branca.
A decisão foi tomada em comum acordo com o presidente americano, Barack Obama. "Os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, já que os resultados dessa visita não devem estar condicionados a um tema, cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada", explicou a nota do Planalto.
O comunicado expressa a irritação do governo brasileiro com as denúncias de que os Estados Unidos espionaram não apenas o país, mas a presidente, vários de seus assessores e a Petrobras.
"As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais e incompatível com a convivência democrática entre países amigos", ressaltou.
A Presidência brasileira lembrou que Obama havia ligado para Rousseff na noite de segunda-feira para discutir o tema, mas afirmou que "não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada".
Essa viagem de Estado seria a primeira em quase duas décadas de um presidente brasileiro a Washington. A última vez foi em 1995, na gestão Fernando Henrique Cardoso.
O Brasil exige uma investigação, explicações e o compromisso americano de que não irá mais espionar os brasileiros - o que, afirma o governo Dilma, ainda não aconteceu.
"O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível", concluiu.
Obama "entende e lamenta as preocupações causadas no Brasil pelas revelações de supostas atividades de inteligência dos Estados Unidos", indicou a Casa Branca em um comunicado.
O presidente americano "se compromete a trabalhar com a presidente Rousseff e seu governo por meio de canais diplomáticos para superar este assunto como fonte de tensão na relação bilateral", acrescentou.
Também advertiu que uma revisão ampla da inteligência americana "levará vários meses".
Obama e Dilma esperam que a visita de Estado seja realizada em breve e acreditam que "não deve ser ofuscada por um assunto bilateral, por mais importante ou desafiador que seja o assunto", disse a jornalistas o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
"Estamos diante do pior momento das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos em três décadas", avaliou Alberto Pfeiffer, especialista do Grupo de Análise e Conjuntura Internacional (Gacint) da Universidade de São Paulo.
Para analistas, a situação também representa um golpe nos esforços de Obama de melhorar as relações com uma potência latino-americana chave.
-- Impacto na relação econômica --
"A relação econômica e comercial perde uma oportunidade de ganhar impulso" com o cancelamento da viagem, lamenta o presidente da Câmara Americana de Comércio no Brasil, Gabriel Rico, em conversa com a AFP.
Para o diretor da Associação de Exportadores do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, "essa viagem estava marcada para sacramentar uma aproximação comercial entre Brasil e Estados Unidos, que estiveram muito afastados nos últimos nove anos".
Essa reaproximação é considerada muito importante por setores econômicos brasileiros, em um momento de desvalorização do real - que torna as exportações brasileiras mais competitivas - e de crescente déficit comercial com os Estados Unidos.
"No mundo do comércio, um adiamento significa que alguém ocupa esse espaço", disse Castro à AFP.
Em 2010, a China deslocou os Estados Unidos do posto de principal sócio comercial do Brasil, mas os EUA se mantêm como principal investidor no país sul-americano.
As denúncias de espionagem já impactaram a negociação com os Estados Unidos para a compra de aviões-caça - um contrato de US$ 5 bilhões que conta com a concorrência de França e Suécia - e que foi paralisada, informou uma fonte do governo brasileiro à AFP.
Depois de sofrer uma forte queda de popularidade após protestos em massa nas ruas das principais cidades em junho e diante da proximidade das eleições presidenciais, em 2014, os analistas acreditam que Dilma levou a opinião pública doméstica em conta na gestão da crise de espionagem.
"A decisão de adiar a viagem tem muito a ver com a popularidade: mostra uma presidente firme", que se posiciona diante do mais poderoso líder do planeta e atrai simpatia da população, comentou David Fleischer, consultor político em Brasília.
Com esse pano de fundo eleitoral, os especialistas consultados pela AFP consideram pouco provável que a visita de Estado possa ser reprogramada no curto prazo.
-- Governança de Internet --
O governo brasileiro indicou que questionará a governança de Internet altamente dependente dos Estados Unidos em organismos internacionais, começando pela Assembleia Geral da ONU. Dilma falará sobre o tema este mês na organização.
O Brasil quer que empresas como Google e Facebook armazenem os dados de usuários brasileiros em seu território, e não no exterior, declarou o coordenador do Comitê Gestor para a Internet (CGI), Virgílio Almeida.
Documentos vazados pelo ex-consultor de inteligência americana Edward Snowden e publicados nas últimas semanas pela TV Globo revelam que a Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) espionou as comunicações da presidente Dilma Rousseff e da Petrobras.
A diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira no Congresso que a espionagem não afetará a gigantesca licitação do Campo de Libra prevista para 21 de outubro.
Segundo Chambriard, as informações do leilão são públicas e iguais para todos, e os bancos de dados "não estão vinculados à Internet", motivo pelo qual "para roubar essas informações é preciso um espião paranormal".

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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