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Hoje na História: 1796 – Morre Catarina II, a Grande, soberana da Rússia

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Hoje na História: 1796 – Morre Catarina II, a Grande, soberana da Rússia Empty Hoje na História: 1796 – Morre Catarina II, a Grande, soberana da Rússia

Mensagem por Vitor mango Seg Nov 18, 2013 8:43 am

Hoje na História: 1796 – Morre Catarina II, a Grande, soberana da Rússia
Déspota, reduziu os direitos dos servos e aumentou os poderes da nobreza; aumentou substancialmente território russo
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Hoje na História: 1796 – Morre Catarina II, a Grande, soberana da Rússia Johann-Baptist_Lampi_d_A__007%281%29Morre em 17 de novembro de 1796, em São Petersburgo, Catarina II, a Grande. Ela foi uma dos mais notáveis entre os soberanos da Rússia. Era uma alemã de família da pequena nobreza, tendo sucedido o seu marido, tzar Pedro III.

Culta, bem preparada para o exercício das responsabilidades, apaixonadamente ligada à sua pátria de adoção, mas ciosa de pertencer à nobreza, dirigiu a Rússia com mão de ferro. Estendeu a servidão e reduziu os direitos dos camponeses, favoreceu a nobreza associando-a à administração das províncias.

Participou com Prússia e Áustria da divisão da Polônia, começou o recorte do Império Otomano de modo que ao longo de seu reinado acresceu de um terço seu império.

Em 9 de julho de 1762, três regimentos da guarda do tsar Pedro III se revoltam contra ele e prestam juramento de fidelidade à sua esposa, Catarina “em defesa da fé ortodoxa e pela glória da Rússia”. A revolta foi estimulada pelo próprio amante da rainha, Gregório Orlov.

O tsar abdica no dia seguinte. Morre uma semana depois, eliminado por um dos irmãos Orlov numa briga de bêbados.

A nova imperadora nasceu em Stettin, Prússia, em 2 de maio de 1729, sob o nome de Sophie Augusta d'Anhalt-Zerbst. Adquire uma cultura de autodidata bem ampla. Lê Tácito, Maquiavel, Montesquieu no original e não hesitou em adquirir vitaliciamente a biblioteca de Diderot.

Convertida à religião ortodoxa, adota o nome de Catarina e se faz admirar pelos russos, ao contrário de seu marido, inculto, imaturo, alemão de coração e admirador apaixonado do rei da Prússia, Frederico II.

O casal se detestava e não tiveram qualquer herdeiro durante oito anos, para descontentamento da rainha-mãe Elisabeth que pressiona Catarina a adotar um amante, o “belo Sergio”, que lhe dá um filho.

Pedro assume a coroa com a morte da tsarina Elisabeth em 5 de janeiro de 1762. Apressa-se em se retirar da aliança com França e Áustria contra a Prússia, salvando seu heroi, Frederico II, de uma situação desesperadora. Restitui à Prússia a Pomerânia e a Prússia Oriental. Quando Pedro se preparava para abolir a servidão, Catarina aproveita-se da contrariedade da nobreza para tomar o poder.

Alguns meses depois, a imperadora intervém na Polônia e faz eleger como rei seu favorito, Stanislas Poniatowski. Enfrenta seus inimigos reagrupados na Confederação de Bar e invade o país em 1770. Pelo Tratado de São Petersburgo, de 25 de julho de 1772, acorda com o rei da Prússia e a arquiduquesa da Áustria, Maria-Teresa, anexar um terço do território polonês.

Aliam-se também contra a Turquia. Em 1774, o novo favorito da tsarina, Gregório Potemkin conquista imensos territórios às expensas do sultão.

Pelo Tratado de Kütçük-Kaynarca, o sultão garantiu aos navios russos a liberdade de navegação pelo Mar Negro e a livre passagem ao Mediterrâneo pelos estreitos de Bósforo e Dardanelos. Confere à tsarina o direito de proteger os cristãos ortodoxos nas possessões otomana nos Bálcãs. Cede sobretudo à Rússia os territórios que se estendem do Mar Negro à Ucrânia, tornando-se Potemkin seu governador-geral, que funda sobre a península da Crimeia o porto de Sebastopol.
 
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Em 1792, a Crimeia e imensas extensões da Ásia são definitivamente anexadas pelo Tratado de Jassy. Algumas possessões suecas na Finlândia são adquiridas em 1790 pelo Tratado de Verela.

Catarina cuida de São Petersburgo, a capital barroca inaugurada por “Pedro, o Grande” na foz do rio Neva sobre o mar Báltico. Atrai arquitetos e artistas ocidentais para urbanizar e embelezar a cidade.

As ideais sociais de Catarina não eram precisamente a dos filósofos do Iluminismo. Mas, por oportunismo político, venera esses homens influentes. Corresponde-se com d'Alembert, Diderot, Voltaire, Grimm, Helvetius e Kant que a tem por uma “déspota esclarecida”. Voltaire, adulador, chamava-a de “Semíramis do Norte” – Sémiramis é uma lendária rainha da Babilônia.

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Hoje na História: 1796 – Morre Catarina II, a Grande, soberana da Rússia Taming-of-the-Shrew-Gillray%281%29
Caricatura inglesa de 1791 sobre uma suposta mediação entre Rússia, caracterizada por Catarina e amparada por França e Áustria, e a Turquia

As terras da Igreja são secularizadas em 1764 junto com 2 milhões de servos da gleba, o que permite à imperadora fazer generosas doações de terra – e de servos – a seus protegidos. Para estimular a nobreza a se interessar pelas propriedades, a tsarina limitou alguns direitos que os servos ainda possuíam de modo a conceder aos nobres, em 1765, o direito de deportar os servos recalcitrantes para a Sibéria.

O descontentamento dos camponeses alimenta rancores e revolta. Em 1773, o cossaco  Pugatchev comanda um exército de 26 mil homens composto de camponeses, operários e cossacos, devasta a Pequena-Rússia e ameaça o poder. Entregue por seus companheiros ao general Suvorov, Pugatchev é decapitado em Moscou em 1775.

Déspota, pretendeu apoiar-se em uma aristocracia esclarecida e uma burocracia decentralizada segundo modelo ocidental. Delega em 1785 amplos poderes aos governantes das províncias e às assembleias provinciais de nobres.

Sob o reinado de Catarina II a enorme extensão territorial da Rússia é marcada pelo caráter eslavo e ortodoxo, porém absorve populações bem diversas, inclusive muçulmanas que falavam turco ou mongol. Acresce a diversidade étnica fazendo vir camponeses alemães que povoaram as margens do rio Volga.

A tsarina morre depois de 34 anos de poder absoluto não sem antes se preocupar com a Revolução Francesa, em que via um “ninho de saqueadores”.

É sucedida pelo filho Paulo I. O jovem era uma personalidade lunática e sua mãe, ainda em vida, consciente de suas carências, tentou mais de uma vez lhe privar do trono.

Tornando-se tsar, revelou-se imprevisível e logo fez inúmeros inimigos. Quando acabou de fundar a “Liga dos Neutros” com os países escandinavos a fim de conter a influência da marinha britânica, foi oportunamente estrangulado.

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Mensagem por Vitor mango Seg Nov 18, 2013 8:44 am

O casal se detestava e não tiveram qualquer herdeiro durante oito anos, para descontentamento da rainha-mãe Elisabeth que pressiona Catarina a adotar um amante, o “belo Sergio”, que lhe dá um filho.

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