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2013, um novo recomeço para o Médio Oriente?

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Mensagem por Vitor mango Sex Dez 27, 2013 3:21 pm

De outras margens
2013, um novo recomeço para o Médio Oriente?
por MARIA JOÃO TOMÁSHoje2013, um novo recomeço para o Médio Oriente? Icn_comentario[url=http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3605738&seccao=Maria Jo%E3o Tom%E1s#AreaComentarios]6 comentários[/url]

Este ano de 2013 termina com a Irmandade Muçulmana classificada, de novo, como grupo terrorista, com ataques a civis, como o desta quinta-feira a um autocarro no Cairo. Um outro atentado nesta semana, que destruiu uma esquadra em Mansoura, matando catorze polícias, foi decisivo para o governo de transição no Egito denominar de terroristas todas as ONG afetas a este movimento religioso e declarar ilegais todas as suas atividades caritativas, num déjà vu que lembra os tempos de Nasser. Aliás, se a História se repete, o que se está a passar no Egito é o mais perfeito e acabado exemplo como em política, passado décadas, se utilizam as mesmas fórmulas para resolver os mesmos problemas. Lembre-se que este presidente egípcio tomou medidas semelhantes enquanto esteve no poder, de 1954 a 1970, fazendo uma perseguição implacável que levou os irmãos muçulmanos à prisão e a fugir do seu país, criando células no estrangeiro, tal como aconteceu na Europa, ou então a inventar novos nomes para poder continuar no Egito, tal como aconteceu na passada terça-feira com o Ansar Bait al-Maqdis, o grupo sediado no Sinai e que, segundo se diz, opera com a ajuda do Hamas, também da Irmandade Muçulmana, mas pertencente à Faixa de Gaza.
Se a História nos ensina lições, devemos olhar para o passado e perceber que estas atitudes resultam num curto e médio prazo, mas que quanto mais reprimidos são os movimentos mais eles crescem e mais violentos se tornam. E é esse receio que já se verificou em Mansoura e agora no Cairo. Para o impedir, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos reforçaram a ajuda financeira ao Egito, enviando também armamento russo, num remake do que aconteceu nos tempos de Nasser, quando o Cairo se afastou politicamente de Washington e se aproximou de Moscovo.
O fim dos irmãos muçulmanos parece estar a afetar outros países, como a Turquia, cujo partido de Erdogan, o AKP, outro seu afiliado, viu nos últimos meses as maiores contestações de rua de sempre e enfrenta agora uma crise política manchada por suspeitas de corrupção, que levou à saída de dez ministros em menos de vinte e quatro horas, enquanto continuam as manifestações dos jovens e as repressões policiais. Na Tunísia, o governo do Enhada que ganhou as eleições, e é também Irmandade Muçulmana, está a ser muito contestado pela população, com demonstrações em massa a acontecer por todo o país. Prometendo repetidamente que vai sair do poder para promover novo sufrágio, vai atrasando o processo de todas as formas possíveis, colocando pessoal da sua confiança nos cargos mais importantes para não perder o controlo da situação, caso venha a concretizar-se uma revolta do Tamaroud na Tunísia, tal como aconteceu em julho no Egito.
Também a Líbia parece estar a precaver-se de uma possível viragem e, muito embora os Irmãos Muçulmanos não tenham ganho, a Sharia está para ser anunciada como a única lei válida no país, numa viragem à ortodoxia, como que servindo de travão à onda de milícias e ao caos que está a assolar o país.
Quanto a Marrocos, o rei será sempre o bastião da moderação e da contenção dos extremismos políticos, mantendo os nossos vizinhos do Sul como um dos países mais estáveis do Norte de África.

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