Ucrânia decide deixar CEI e exigir vistos para russos

Ucrânia decide deixar CEI e exigir vistos para russos
País também pretende pedir à ONU que transforme a Crimeia em zona desmilitarizada


A Ucrânia anunciou nesta quarta-feira (19/03) que vai deixar a CEI (Comunidade de Estados Independentes, que reúne a maioria dos países da extinta União Soviética), da qual é a atual presidente, e exigirá vistos de entrada para cidadãos russos. As informações foram divulgadas pelo secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa, Andrei Parubi.

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"A decisão não é só deixar a presidência da CEI, mas abandonar a organização", afirmou Parubi, em coletiva de imprensa em Kiev. A CEI foi fundada para manter relações econômicas e de segurança entre os ex-membros da União Soviética quando elas se tornaram independentes, em 1991.

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Além disso, o país planeja pedir à ONU (Organização das Nações Unidas) que declare a Crimeia em uma região desmilitarizada, assim como as zonas existentes entre Kosovo e a Sérvia, as duas Coreias e áreas ao redor de Israel.

Agência Efe

Soldados ucranianos fazem vigilância em base naval em Simferópol, capital da Crimeia 
Quanto aos vistos, Parubi informou que o Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia foi instruído a só autorizar a entrada de cidadãos russos no país portando passaportes internacionais e, posteriormente, vistos. 
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“Nas próximas horas, vamos introduzir um mecanismo para que apenas russos que possuam passaportes internacionais possam entrar no país, até o momento em que vistos formais possam ser emitidos”, afirmou o secretário.
Russos e ucranianos podiam viajar livremente entre as duas nações desde o fim da União Soviética. Nas últimas semanas, entretanto, autoridades ucranianas têm deportado alguns russos que tentavam entrar no país por medo de que eles participassem dos protestos contra o governo interino de Kiev.  
Parubi também informou que as forças de segurança da Ucrânia, o Ministério do Interior e as Forças Armadas receberam ordens para deixar o Exército pronto para o combate. Segundo ele, se as forças de autodefesa da Crimeia não atenderem ao ultimato dado pelo presidente interino Aleksandr Turchínov para libertar o comandante-em-chefe da Armada ucraniana na região, a resposta de Kiev será "contundente".
Parubi acrescentou que o governo interino está “elaborando um plano” que permita “evacuar os soldados e suas famílias da Crimeia, para que sejam levados rápida e eficientemente para a Ucrânia continental”.