Vídeo mostra jovens palestinos sendo mortos pelo Exército de Israel durante protesto

Vídeo mostra jovens palestinos sendo mortos pelo Exército de Israel durante protesto
Gravação divulgada por ONG internacional apresenta cenas do tiroteio que aconteceu durante a Nakba na semana passada

   

Um vídeo divulgado nesta terça-feira (20/05) pela ONG Defense for Childen Internacional denuncia o exato momento em que dois adolescentes palestinos foram mortos pelas forças israelenses na última quinta (15/05). O incidente aconteceu durante a Nakba, data que marca o deslocamento palestino, quando mais de 800 mil pessoas foram expulsas de suas casas no marco da fundação de Israel, em 1948.



De acordo com as imagens da gravação, nenhum dos dois jovens estava armado ou tampouco apresentava uma ameaça para o Exército israelense. Nas cenas, é possível ver primeiro, Nadeem Nowarrah, de 17 anos, levando um tiro no peito. No minuto seguinte, Mohamed Abu Daher, de 16 anos, também é atacado com uma bala nas costas. Ambos morreram. Outro adolescente, de 15 anos, segue internado com ferimentos graves.

Na ocasião, as forças armadas de Israel tentavam dispersar os protestos realizados por centenas de estudantes que celebravam o 66º aniversário da Nakba, em frente à prisão de Ofer, na cidade de Baitunia, na Cisjordânia. O Exército, contudo, nega que tenha usado munição real para este ataque, insistindo que as imagens foram editadas e que não mostram o que de fato aconteceu no local, segundo Micky Rosenfeld, porta-voz da Policia.
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Em fevereiro deste ano, a Anistia Internacional divulgou um relatório de 87 páginas intitulado "Gatilho fácil: recurso desproporcional à força de Israel na Cisjordânia". Nele, a organização humanitária denuncia que documentou o assassinato de pelo menos 22 civis palestinos na Cisjordânia em 2013. A maioria deles tinha menos de 25 anos e quatro, ao menos, eram crianças.

Já segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), pelo menos 45 palestinos morreram na Cisjordânia nas mãos das forças de segurança israelenses desde 2011. Em todas essas circunstâncias, os órgãos atestam que as vítimas não apresentaram risco direto ao Exército de Israel. Para a Anistia, os israelenses cometem constantes abusos dos direitos com uma utilização "desnecessária, arbitrária e brutal" da força nos territórios ocupados da Palestina e fazem-no com "quase total impunidade".

Efe (15/05/14)

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