Quando um pijama lembra o Holocausto

Quando um pijama lembra o Holocausto
Pijama de criança que se assemelha à roupa utilizada pelos prisioneiros nos campos de concentração durante a II Guerra Mundial provoca polémica nas redes sociais. Zara já se desculpou e vai destruir todas as peças.
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Expresso |
13:44 Quarta feira, 27 de agosto de 2014

A marca de roupa espanhola Zara criou um pijama envolto em controvérsia. Aquilo que deveria ser inspirado no vestuário dos xerifes nos westerns norte-americanos assemelha-se , para muitos utilizadores das redes sociais, às roupas usadas pelos prisioneiros dos campos de concentração durante o Holocausto.

A revolta nas redes sociais tomou forma no Twitter, com vários utilizadores a chamar a atenção para a perturbadora semelhança. Em Israel, a semelhança foi entendida como uma ofensa direta à comunidade judia. "Inacreditavelmente horrível", assim foi rotulado o modelo comercializado pela Zara.

 



A peça, destinada a crianças entre os três meses e os três anos, esteve disponível em lojas em Israel, França, Suécia, Dinamarca e Albânia, mas foi entretanto retirada. A cadeia de roupa recorreu ao Twitter para se desculpar em várias línguas, reiterando que o pijama "já não se encontra disponível nas lojas".

Numa fase posterior, segundo refere a Bloomberg, a Zara fez saber que as peças retiradas de circulação vão ser completamente destruídas.

Esta não é a primeira vez que a Zara está envolta em polémica. Em 2007, uma mala com uma cruz suástica (símbolo do regime nazi), foi devolvida por uma cliente que reparou no pormenor. Mais recentemente, a cadeia espanhola foi acusada de apropriação cultural, ao utilizar o kuffiyeh - um lenço que simboliza a luta contra a opressão e libertação da Palestina - num dos calções da nova coleção.


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