Em meio a trégua em Gaza, Abbas ameaça romper unidade com Hamas

Em meio a trégua em Gaza, Abbas ameaça romper unidade com Hamas
Redação | São Paulo - 07/09/2014 - 10h45
Presidente da ANP e líder do Fatah acusa grupo islamita de exercer um "governo obscuro" na Faixa de Gaza

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, ameaçou neste domingo (07/09) romper acordo de unidade com o Hamas se o movimento islamita não permitir que o governo palestino atuante na Cisjordânia opere também na Faixa de Gaza.

Efe

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"Não aceitaremos uma parceria com eles (Hamas) se a situação continuar assim em Gaza, onde existe um governo na sombra de 27 vice-ministros que controlam o território", declarou Abbas ao chegar ao Cairo, segundo a Wafa, agência oficial palestina.

No início de junho deste ano, o governo palestino pôs fim a sete anos de cisão entre Fatah e Hamas. Na ocasião, Abbas tomou juramento do novo governo de unidade nacional palestina, terminando com a rivalidade entre as administrações da Cisjordânia, controlada pelo Fatah,  e da Faixa de Gaza, tomada pelo Hamas.

"A unidade é a única opção e a situação atual não representa essa unidade", criticou Abbas. "Se o Hamas não quer uma só autoridade, uma só lei e uma só arma, não vamos aceitar cooperar com eles", completou.

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Em resposta, o Hamas exigiu hoje que Abbas pare de falar com a imprensa e se dirija para um diálogo frente a frente com o grupo.

"Os comentários de Abbas contra nosso movimento e contra a resistência são injustificados e carecem de base. Estamos de acordo em realizar uma reunião entre Fatah e Hamas para continuar o diálogo e implantar a reconciliação", afirmou Sami Abu Zuhri, porta-voz do grupo islamita em Gaza, em comunicado.

A declaração de Abbas aconteceu antes de uma reunião com o presidente  egípcio Abdel Fattah al Sissi. Abbas também discursará à Liga Árabe, duas semanas depois de acertada a trégua que interrompeu 50 dias de conflito com Israel em Gaza. A operação “Margem Protetora” resultou na morte de mais de 2 mil palestinos e 70 israelenses.

Efe

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