Estados Unidos entram na guerra ao Ébola

Estados Unidos entram na guerra ao Ébola

"Vamos enviar militares para instalar unidades onde os doentes fiquem de quarentena", anunciou Obama.

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Carlos Abreu, com agências |
12:20 Segunda feira, 8 de setembro de 2014
 / FOTO EPA
Dois dias depois de a União Europeia ter desbloqueado 140 milhões de euros para, entre outras coisas, melhorar o sistema de saneamento básico, o Presidente norte-americano anunciou este domingo a mobilização de meios militares em África para combater a doença, com especial destaque para unidades que façam cumprir períodos de quarentena.

Em entrevista à NBC, Barack Obama diz que a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria "fizeram avanços significativos mas não têm infraestruturas sanitárias adequadas". "Portanto, esta situação, que até poderia ser resolvida, está fora de controlo, na medida em que os doentes não são postos de quarentena tal como deveria ser", acrescentou Obama.

"Vamos enviar militares para instalar unidades onde os doentes fiquem de quarentena, para garantir condições de segurança às equipas médicas que chegam do mundo inteiro", acrescentou o Presidente dos EUA.

"Mesmo assim, serão precisos vários meses para que o problema esteja sob controlo em África. Se nada for feito de imediato e o vírus se dispersar em África e noutras regiões do mundo, poderá sofrer mutações", alerta Obama.

A comissão executiva da União Africana reúne-se esta segunda-feira de emergência em Addis Abeba, na Etiópia, para debater uma estratégica comum de combate à epidemia de Ébola. Em cima da mesa estarão medidas como a suspensão das ligações aéreas e o encerramento das fronteiras dos países mais afetados.  

O Ébola transmite-se apenas por contacto direto com os fluidos corporais dos indivíduos infetados, mas também de objetos contaminados, como por exemplo agulhas de seringas. O vírus provoca febre, vómitos, diarreias e, por vezes, hemorragias internas.

Não existe vacina mas a Organização Mundial de Saúde decidiu na sexta-feira avançar com tratamentos experimentais. O organismo estima que em novembro já seja possível vacinar o pessoal de saúde. Segundo a OMS, quase 4000 pessoas foram infetadas desde o início do ano, metade das quais já morreram.

 


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