PS acusa Rui Machete de declarações irresponsáveis sobre Estado Islâmico
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PS acusa Rui Machete de declarações irresponsáveis sobre Estado Islâmico
PS acusa Rui Machete de declarações irresponsáveis sobre Estado Islâmico
Luciano Alvarez
23/10/2014 - 01:34
Ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que há portugueses que querem desertar das forças jihadistas. Ana Gomes crítica falta de estratégia.
Rui Machete Miguel Manso
O socialista Marcos Perestrello considerou de “irresponsáveis” as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que fez revelações sobre cidadãos a lutar pelo Estado Islâmico.
O ministro, em declarações à Rádio Renascença, afirmou que alguns desses portugueses querem regressar ao país, admitindo que isso será um problema.
“Considero essas declarações irresponsáveis”, afirmou ao PÚBLICO o deputado socialista Marcos Perestrello, optando por não fazer não declarações face à gravidade da situação.
“No caso português já há dois ou três, sobretudo raparigas, que se deixaram encantar pelo entusiasmo dos noivos ou por um espírito de aventura, que agora estão a querer voltar. [No total] Há 12 ou 15 [portugueses no Estado Islâmico], não sabemos exactamente bem, mas é um número muito reduzido”, disse Rui Machete, numa entrevista à Rádio Renascença, em Nova Iorque.
Questionado sobre se essas jovens precisam de autorização para reentrar em Portugal, o ministro respondeu: “Tal como não tiveram autorização para sair, também não pedem autorização para voltar.”
E admitiu que isso é um “problema”: “Esse é um dos problemas que temos e é um problema que não podemos ignorar, porque não podemos deixar que as pessoas voltem sem fiscalização. Neste momento, em Portugal, esse problema não se põe com nenhuma acuidade, porque o número é ainda muito restrito."
Em relação à participação no combate ao Estado Islâmico, Rui Machete reafirmou a solidariedade portuguesa, nomeadamente ao nível político e humanitário. “Do ponto de vista militar, nós temos mantido a posição de que não estamos em condições de dar um apoio militar numa área tão longínqua.”
Ana Gomes defende apoio ao regresso
Já a eurodeputada socialista Ana Gomes não crítica Rui Machete por falar no problema. Crítica, isso sim, por “revelar que não ter uma estratégia para ajudar essas pessoas a voltar”.
A antiga diplomata defende que os cidadãos europeus ou outros que aderiram ao Estado Islâmico “têm de ser tratados como terroristas, que se juntaram a um bando de terroristas”, e que, se regressarem aos seus países, têm de ser julgados por eventuais crimes que tenham cometido.
Acrescenta porém que, se desejam voltar, “têm de ser ajudados, o que não impede que sejam julgados”. Até porque “podem ser uma ajuda a combater o problema”, quer ao nível de informações que possuem e que podem ser úteis aos serviços secretos quer ao nível da desconstrução do discurso de recrutamento dos jihadistas.
“Nesta matéria não se pode colocar a cabeça na areia como muitas vezes acontece. Tem de se delinear uma estratégia a nível europeu”, afirma.
E essa estratégia passa, em primeiro lugar, “por atacar as condições que levam as pessoas a aderir ao Estado Islâmico e que passam “pelo desemprego, o desencantamento e a falta de condições dos jovens” nos seus países.
Luciano Alvarez
23/10/2014 - 01:34
Ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que há portugueses que querem desertar das forças jihadistas. Ana Gomes crítica falta de estratégia.
Rui Machete Miguel Manso
O socialista Marcos Perestrello considerou de “irresponsáveis” as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que fez revelações sobre cidadãos a lutar pelo Estado Islâmico.
O ministro, em declarações à Rádio Renascença, afirmou que alguns desses portugueses querem regressar ao país, admitindo que isso será um problema.
“Considero essas declarações irresponsáveis”, afirmou ao PÚBLICO o deputado socialista Marcos Perestrello, optando por não fazer não declarações face à gravidade da situação.
“No caso português já há dois ou três, sobretudo raparigas, que se deixaram encantar pelo entusiasmo dos noivos ou por um espírito de aventura, que agora estão a querer voltar. [No total] Há 12 ou 15 [portugueses no Estado Islâmico], não sabemos exactamente bem, mas é um número muito reduzido”, disse Rui Machete, numa entrevista à Rádio Renascença, em Nova Iorque.
Questionado sobre se essas jovens precisam de autorização para reentrar em Portugal, o ministro respondeu: “Tal como não tiveram autorização para sair, também não pedem autorização para voltar.”
E admitiu que isso é um “problema”: “Esse é um dos problemas que temos e é um problema que não podemos ignorar, porque não podemos deixar que as pessoas voltem sem fiscalização. Neste momento, em Portugal, esse problema não se põe com nenhuma acuidade, porque o número é ainda muito restrito."
Em relação à participação no combate ao Estado Islâmico, Rui Machete reafirmou a solidariedade portuguesa, nomeadamente ao nível político e humanitário. “Do ponto de vista militar, nós temos mantido a posição de que não estamos em condições de dar um apoio militar numa área tão longínqua.”
Ana Gomes defende apoio ao regresso
Já a eurodeputada socialista Ana Gomes não crítica Rui Machete por falar no problema. Crítica, isso sim, por “revelar que não ter uma estratégia para ajudar essas pessoas a voltar”.
A antiga diplomata defende que os cidadãos europeus ou outros que aderiram ao Estado Islâmico “têm de ser tratados como terroristas, que se juntaram a um bando de terroristas”, e que, se regressarem aos seus países, têm de ser julgados por eventuais crimes que tenham cometido.
Acrescenta porém que, se desejam voltar, “têm de ser ajudados, o que não impede que sejam julgados”. Até porque “podem ser uma ajuda a combater o problema”, quer ao nível de informações que possuem e que podem ser úteis aos serviços secretos quer ao nível da desconstrução do discurso de recrutamento dos jihadistas.
“Nesta matéria não se pode colocar a cabeça na areia como muitas vezes acontece. Tem de se delinear uma estratégia a nível europeu”, afirma.
E essa estratégia passa, em primeiro lugar, “por atacar as condições que levam as pessoas a aderir ao Estado Islâmico e que passam “pelo desemprego, o desencantamento e a falta de condições dos jovens” nos seus países.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Machete está cada vez mais gágá!
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