A incrível saga da mãe holandesa que foi sozinha resgatar a filha ao Estado Islâmico

A incrível saga da mãe holandesa que foi sozinha resgatar a filha ao Estado Islâmico
18/11/2014, 20:094.945 partilhas
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Ignorando os avisos da polícia, Monique vestiu uma burca, viajou sozinha até Raqqa, a auto-proclamada capital do Estado Islâmico, e conseguiu resgatar a filha, de 19 anos.

Arredores de Raqqa.AFP/Getty Images
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• Catarina Marques Rodrigues
  
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O amor de mãe move montanhas e, neste caso, também vence jihadistas. Da Holanda à Síria, a distância torna-se uma medida muito relativa quando se trata de salvar uma filha. Monique partiu para a cidade de Raqqa com o objetivo de resgatar a filha de 19 anos.
Aos 18, Aicha saiu da Holanda em Fevereiro para casar com Omar Yilmaz, um jihadista holandês que já tinha estado no exército daquele país. Aicha converteu-se ao Estado Islâmico pelo marido. O agora ex-marido ficou na Síria e  já se manifestou no Twitter.”Ela queria vir para casa, mas não conseguia sair de Raqqa sem ajuda”, disse a mãe.
Aicha já tinha pedido ajuda à mãe em outubro. Na altura, a polícia disse à “mãe-coragem” para não fazer nada por ser “demasiado perigoso” e ainda a ameaçou que se fizesse qualquer “tentativa de auxílio” aos extremistas do EI, podia ser sujeita até a “acusações criminais”, conta o Telegraph. “Às vezes temos de fazer o que temos de fazer. Isto é o que eu penso que é correto”, disse à família e amigos antes de partir, avança o mesmo jornal. A imagem da mãe holandesa está a correr os órgãos de comunicação social.
Monique passou à ação. Marcou um encontro com a filha através do Facebook, vestiu uma burca e viajou da Turquia para Raqqa, a auto-proclamada capital do Estado Islâmico. As duas escaparam pela fronteira síria até à Turquia, onde Aicha foi presa por não ter passaporte. Entretanto, o ministério dos Negócios Estrangeiros holandês interveio e, assim, trouxe mãe e filha da Turquia de volta para a Holanda.
“É fenomenal que a mãe tenha conseguido encontrar e trazer a sua filha de volta”, disse Françoise Landerloo, advogada da família, em declarações ao jornal holandês Algemeen Dagblad. Aicha não é caso único. Várias jovens e adolescentes têm-se juntado aos extremistas do Estado Islâmico. Duas austríacas, de 15 e 17 anos, seguiram para a Síria em Abril e uma acabou por morrer, avança a BBC.

Mãe coragem

Jovem resgatada pela mãe ao Estado Islâmico acaba detida


Aicha, uma jovem holandesa de 19 anos, juntou-se ao Estado Islâmico em fevereiro passado, movida pela paixão por Omar Yilmaz, jihadista que defende a causa do grupo radical.

No entanto, a ‘aventura’ terminou agora, depois de a sua mãe, Monique, se ter deslocado sozinha à Síria para a resgatar da célula extremista.

Casada e convertida ao Islão, a jovem acabou por arrepender-se da decisão, tendo contactado a mãe para pedir auxílio.

Sem hesitar, Monique partiu para Ragga e, já com a filha, iniciou a viajem de regresso à Holanda.

Os problemas, contudo, não acabaram aí. Acabadas de aterrar no aeroporto de Schipol, em Amesterdão, mãe e filha foram abordadas pelas autoridades e Aicha acabou detida, estando a aguardar pelas acusações que vai enfrentar.