...o processo que Pedro Santana Lopes me moveu morreu definitivamente...

por **Vitor mango** Sáb Dez 27, 2014 7:18 am

Daniel Oliveira

Acabei de ser informado que o processo que Pedro Santana Lopes me moveu morreu definitivamente, com a decisão de não pronuncia a transitar em julgado sem que o próprio recorresse. Em Portugal, escrever o que se pensa nos jornais (nunca fui acusado de imputar factos falsos a fosse quem fosse) também é isto: saltar de processo em processo, quase sempre reveladores de uma cultura que vive mal com a crítica, mesmo que nela seja impossível encontrar qualquer indício de difamação ou mentira. Até hoje, fui processado quatro vezes por Alberto João Jardim, uma por Avelino Ferreira Torres, uma por Pedro Santana Lopes e outra por um colunista do Jornal de Angola (está a decorrer). Isto sem contar com os que, ao abrigo do direito de resposta, anunciam com estrondo e publicamente processos judiciais que nunca chegam realmente a existir, como foi o caso de Pedro Soares dos Santos.
O perfil dos queixosos não me deixa ficar mal. Ainda assim, são quase dez anos com termo de identidade e residência, idas à polícia, ao Ministério Público e a tribunais. Uma arma de pressão promovida por uma lei vaga que faz de cada decisão judicial uma roleta russa. Mesmo quando, repito, nos meus escritos os queixosos nunca encontraram ou sequer disseram existir qualquer afirmação factual errada. Foi sempre apenas pela minha opinião que fui julgado. E, tirando um triste episódio (por ter escrito que Jardim era "palhaço"), nunca fui condenado. Na realidade, apesar do trabalho que me deram, quase nunca estes processos chegaram sequer à fase de julgamento. Mas lá que chateiam, chateiam.