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Ainda os professores

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Mensagem por O dedo na ferida Qua Nov 12, 2008 4:12 pm

Obama e a avaliação do desempenho dos professores


"Há só uma coisa. Em troca de melhores salários os professores têm de ser mais responsabilizados pelo seu desempenho - e os distritos escolares devem dispor dos meios para se livrarem dos professores incompetentes. Até agora os sindicatos de professores têm resistido à ideia de indexar os salários ao desempenho..."

Barack Obama, A Audácia da Esperança
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Mensagem por O dedo na ferida Qua Nov 12, 2008 4:17 pm

Comentário clandestino

Começo por esclarecer que sou professor há mais de 22 anos.
Adianto também que não me reconheço nestas manifestações, nem na histeria manifestada pelos meus colegas.


Não é politicamente correcto dizê-lo, mas o que se passa é que a qualidade pedagógica e humana da maioria dos professores é muito, muito baixa. A maioria dos meus colegas formou-se com notas anormalmente fracas, acabaram para vir para o ensino apenas aqueles que não encontraram melhor alternativa de emprego. A maioria não são professores, são funcionários do Ministério da Educação, e que como parte do seu contrato de trabalho têm de aturar miúdos durante umas quantas horas por semana. As 'bestas' como alguns se lhes referem dentro da sala de professores, para gáudio geral.

Estão 100.000 professores na rua? Ou 100.000 funcionários que apenas vêm os seus privilégios ameaçados? 100.000 parasitas do Estado que apenas querem direitos, mas recusam quaisquer deveres, quaisquer obrigações de prestar contas à sociedade que lhes dá de comer?

O que mais me angustia é que há um erro de princípio na reforma da educação: ela não se fará com os professores (como é politicamente correcto dizer) porque estes não o são. Apenas se fará com OUTROS professores; dignos dessa profissão e cujo nome foi usurpado.

Escusado será dizer que não me atrevo a manifestar publicamente o meu desacordo perante os meus colegas na escola. Uma maioria esmagadora, ameaçadora, mesquinha e incapaz de discutir com quem discorda, apenas insultar. Estou refém dos meus colegas, tal como os pais dos alunos e todos aqueles que querem ver o seu país evoluir baseado no esforço e no mérito;

Estamos todos reféns porque hão-de vir paralisações e suspensões de aulas. Hão-de arranjar maneira de parar as aulas para pressionar os pais, mas sem greves, pois essas lhes afectam o vencimento que querem garantido no final dos 14 meses. Os alunos são as primeiras vítimas porque eles não têm, nem terão, quaisquer escrúpulos em os sacrificar à manutenção das suas mordomias, aos interesses políticos de terceiros. Quando ouvi o Manuel Alegre (em quem votei), dizer as barbaridades que hoje disse sobre a Ministra percebi o quanto esta é uma luta política de que os meus medíocres 'colegas' são meros peões.

Continue Senhora Ministra, continue, que não lhe faltem as forças, é o que todos os professores dignos desse nome, mas que têm de permanecer calados, clandestinos dentro das suas próprias escolas, lhe imploram.

Comentário de professor-na-clandestinidade (11/11/2008 - 23:43h)

publicado por Sofia Loureiro dos Santos
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Mensagem por O dedo na ferida Sex Nov 14, 2008 2:50 am

Alguns comentários aos professores do DE

Leandro Coutinho (L_Coutinhofr@Yahoo.fr)
A ministra deverá levar um "piparote" diz a distinta articulista... Se assim for, é mau.. Manuel Alegre e outros dados ás alegrias das ruas, acham que a esquerda no poder só pode praticar uma "bondade" permanente.. Mais e mais e mais.. mais subsídios, mais "ajudas".. mais "tolerância".. mais "apoio" a coitadinhos.. (absurdos como a troca de seringas nas prisões, o pagamento integral pelo Estado das cirurgias para troca de sexo, a permissividade das leis para crimes repetidos, as "casinhas da Camara", as reformas douradas para membros do establishment do centrão que se revezam nas empresas paraestatais, etc..) Tudo vai chocando a opinião pública, mas não se ouve o tal NÃO, da parte dos Alegres.. Esses, confundem Estado Previdência (ou social) com o estado de desperdicio existente. Se sai uma multidão á rua, dá-se logo razão á mesma.. É fácil, dá milhares de votos fáceis.. Não se questiona se essa gente está acostumada a práticas deletérias (para a educação dos alunos, para o erário público e para um melhor futuro) que têm de ser mudadas.. Quando algo está mal e é preciso mudar, tem de haver coragem de ir contra os instalados.. Os professores do secundário acomodaram-se a fácil percurso que não tem paralelo em nenhuma outra carreira da administração pública (e da actividade privada).. Mudar hábitos é difícil ("old habits are hard to die" - dizem os anglosaxónicos) mas é imperativo.. (os demagogos das forças políticas á direita do PS que também corroboram a "luta dos professores", esquecem e calam o que se passou na Inglaterra de Tatcher para levar avante as reformas que eles tomam como exemplo.. O braço de ferro entre Tatcher e os mineiros liderados por Arthur Scargill fez História nas "lutas" e manifestações de rua do R.U.. mas as explorações mineiras subsidiadas e poluentes acabaram mesmo.. Lembram-se?.. Que a ineficiência que grassa nas escolas secundárias possa também ser erradicada por acção firme)

LL
Este é o momento em que tudo se ganha ou perde. Os professores já perderam a razão, a face e a vergonha. A ministra pode perder o cargo. E para isso basta-lhe recuar. Os professores andaram dois anos a discutir o modelo (o que em Portugal é considerado um prazo "normal") para algo que se fazia em dois meses pela simples comparação dos modelos de avaliação de outros países. Com pompa e circustância assinaram-se os entendimentos. Depois com o aproximar da avaliação começaram as dores de barriga... Troca-tintas, os professores deram o dito pelo não dito e fugiram das reuniões institucionais com o ministério (bom sinal, ainda há uma réstia de verginha na cara...). Alternativas, não apresentam! Críticas, muitas das quais não se devem ter lembrado duante as negociações (não devem ter estudado a matéria...). A ministra tem que perceber a fraca fraqueza dos professores: cem mil a defender o seu umbiguinho, a borrifarem-se para a qualidade de ensino e fugir à palavra data, não têm força nenhuma. A ministra que pergunte aos restantes nove milhões e novecentos mil!
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