Rodrigo Sousa Castro O SEU A SEU DONO POLITICA EUROPEIA E DEVANEIOS CASEIROS

[size=18]
Rodrigo Sousa Castro


O SEU A SEU DONO
POLITICA EUROPEIA E DEVANEIOS CASEIROS
As acusações do governo grego aos governos de direita de Portugal e Espanha são públicas , claras e contundentes.
Sustentadas em factos, declarações e indícios, que todos constatamos, além de verdadeiras são essencialmente clarificadoras e politicamente oportunas.
Na verdade, tanto o governo de Passos Coelho e sobretudo este, como o de Rajoy, dependem do sucesso ou insucesso do programa do governo grego.
O caso português, sendo o mais explicito é também o mais paradigmático.
Perante a titubeante oposição de António Costa amarrado a um passado demasiado próximo e a uma inespectável inabilidade política , Passos Coelho, sem o exemplo grego, poderia almejar a manter-se no poder no próximo Outono.
Todavia, o aparecimento em cena de um programa, o do governo grego, que já furou a couraça da intransigência alemã , implicou um novo discurso politico na Europa e corre o risco ( para Passos Coelho) de ter algum sucesso, por mínimo que seja, coloca a direita portuguesa num beco sem saida.
Tsipras parece querer ir mais longe que uma simples negociação de contabilista sem cash.
No passado dia 25 o presidente cipriota grega assinou em Moscovo um tratado militar que outorga à Rússia comodidades para a sua esquadra no Meditterâneo , nos portos cipriotas.
O recado directo a Downing Street, Eliseu e Berlim , não podia ser mais claro.
A cartada geopolitica está em cima da mesa, e dado que o Syryza se fosse hoje a votos esmagava os adversários, significa que a pode jogar em força..
Provado que seja, que baixar a cerviz e fazer ordeiramente os " trabalhos de casa" que a Dona Merkel ordena, empobrecendo o País . desarticulando a classe média e espalhando a miséria a rodos, é antes de mais uma falta de patriotismo e coragem politica, o governo português ficará apenas com um trunfo, e mesmo assim fraco: o resgaste de parte da divida, mercê de contracção de mais divida, embora ganhando alguns juros pelo caminho.
Convenhamos que é pouco, para quem recebeu a TROIKA com foguetório, preconizou ir para além dela e fez da politica suicida austeritária o seu grande cavalo de batalha.
Costa teria feito melhor se fosse a Atenas em visita de cortesia, do que ter ido a Èvora sobre pressão da direita socrática, ávida de recuperar o que parece ter perdido de forma inexorável.
"O SEU A SEU DONO POLITICA EUROPEIA E DEVANEIOS CASEIROS As acusações do governo grego aos governos de direita de Portugal e Espanha são públicas , claras e contundentes. Sustentadas em factos, declarações e indicios, que todos constatamos, além de verdadeiras são essencialmente clarificadoras e politicamente oportunas. Na verdade, tanto o governo de Passos Coelho e sobretudo este, como o de Rajoy, dependem do sucesso ou insucesso do programa do governo grego. O caso português, sendo o mais explicito é também o mais paradigmático. Perante a titubiante oposição de António Costa amarrado a um passado demasiado próximo e a uma inespectável inabilidade politica , Passos Coelho, sem o exemplo grego, poderia almejar a manter-se no poder no próximo Outono. Todavia, o aparecimento em cena de um programa, o do governo grego, que já furou a couraça da intransigência alemã , implicou um novo discurso politico na Europa e corre o risco ( para Passos Coelho) de ter algum sucesso, por mínimo que seja, coloca a direita portuguesa num beco sem saida. Tsipras parece querer ir mais longe que uma simples negociação de contabilista sem cash. No passado dia 25 o presidente cipriota grega assinou em Moscovo um tratado militar que outorga à Rússia comodidades para a sua esquadra no Meditterâneo , nos portos cipriotas. O recado directo a Downing Street, Eliseu e Berlim , não podia ser mais claro. A cartada geopolitica está em cima da mesa, e dado que o Syryza se fosse hoje a votos esmagava os adversários, significa que a pode jogar em força.. Provado que seja, que baixar a cerviz e fazer ordeiramente os " trabalhos de casa" que a Dona Merkel ordena, empobrecendo o País . desarticulando a classe média e espalhando a miséria a rodos, é antes de mais uma falta de patriotismo e coragem politica, o governo português ficará apenas com um trunfo, e mesmo assim fraco: o resgaste de parte da divida, mercê de contracção de mais divida, embora ganhando alguns juros pelo caminho. Convenhamos que é pouco, para quem recebeu a TROIKA com foguetório, preconizou ir para além dela e fez da politica suicida austeritária o seu grande cavalo de batalha. Costa teria feito melhor se fosse a Atenas em visita de cortesia, do que ter ido a Èvora sobre pressão da direita socrática, ávida de recuperar o que parece ter perdido de forma inexorável."