Gaza à beira do colapso
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Gaza à beira do colapso
Gaza à beira do colapso
22.05.2015 14h27
Palestinianos jogam voleibol junto à área residencial bombardeada por israelitas, no verão passado
MOHAMMED SALEM/REUTERS
Bernardo Mendonça
A economia de Gaza está à "beira do colapso". O alerta dramático consta do novo relatório do Banco Mundial, divulgado esta sexta-feira, que refere que a taxa de desemprego nesta cidade da Palestina é agora a mais alta do mundo.
O documento lança um apelo a Israel e aos doadores internacionais para que a situação seja ultrapassada através de ajuda humanitária.
Na nota pode ler-se que "os bloqueios, a guerra e a má governação têm estrangulado" a economia da Faixa de Gaza, governada pelo grupo islâmico Hamas. E adianta-se que o PIB de Gaza poderia ser quatro vezes maior se não fossem os conflitos e as restrições por que tem passado nos ultimos anos, incluindo o bloqueio económico que a atinge desde 2007.
Este bloqueio foi imposto por Israel e pelo Egito depois do Hamas tomar violentamente o território das forças leais ao Presidente palestiniano Mahmoud Abbas, que conta com o apoio do Ocidente.
Israel considera que esta medida é necessária para impedir o Hamas de obter armas de guerra e construir infraestruturas militares. Por outro lado, as vozes críticas dizem que esta ação equivale a uma punição coletiva do povo.
Desde que a cidade foi capturada, o Hamas travou três guerras com Israel, incluindo 50 dias de combates no verão passado em que milhares de edifícios de Gaza foram destruídos ou seriamente danificados. Além disso, mais de 2200 palestiniaos, incluindo centenas de civis, foram mortos durante a guerra. Do lado israelita, morfreram 67 soldados e seis civis.
Em consequência destes ataques, a economia de Gaza ficou gravemente atingida, especialmente a agricultura, a construção, a manufatura e sectores de energia.
O Banco Mundial adianta ainda que cerca de 43% dos 1,8 milhões de residentes em Gaza estão desempregados, uma realidade que a coloca como a cidade com mais desemprego do mundo. No caso dos jovens, a falta de emprego atingia mesmo 60% no final do ano passado.
"O mercado atual em Gaza não é capaz de oferecer empregos, o que deixa uma grande parte da população em desespero, particularmente a juventude", denuncia Steen Jorgensen Lau, diretor do Banco Mundial para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. E acrescenta: "O bloqueio permanente e a guerra ocorrida em 2014 têm comprometido a economia de Gaza e a vida da população."
O documento hoje revelado adverte que esta situação "é insustentável" e que a recuperação do território costeiro depende de uma flexibilização do bloqueio e dos países doadores, para que honrem os compromissos assumidos na conferência internacional ocorrida no Cairo, após o fim da guerra do ano passado."
22.05.2015 14h27
Palestinianos jogam voleibol junto à área residencial bombardeada por israelitas, no verão passado
MOHAMMED SALEM/REUTERS
Um alerta do Banco Mundial refere que a taxa de desemprego na cidade de Gaza, na Palestina, é agora a mais alta do mundo.
Bernardo Mendonça
A economia de Gaza está à "beira do colapso". O alerta dramático consta do novo relatório do Banco Mundial, divulgado esta sexta-feira, que refere que a taxa de desemprego nesta cidade da Palestina é agora a mais alta do mundo.
O documento lança um apelo a Israel e aos doadores internacionais para que a situação seja ultrapassada através de ajuda humanitária.
Na nota pode ler-se que "os bloqueios, a guerra e a má governação têm estrangulado" a economia da Faixa de Gaza, governada pelo grupo islâmico Hamas. E adianta-se que o PIB de Gaza poderia ser quatro vezes maior se não fossem os conflitos e as restrições por que tem passado nos ultimos anos, incluindo o bloqueio económico que a atinge desde 2007.
Este bloqueio foi imposto por Israel e pelo Egito depois do Hamas tomar violentamente o território das forças leais ao Presidente palestiniano Mahmoud Abbas, que conta com o apoio do Ocidente.
Israel considera que esta medida é necessária para impedir o Hamas de obter armas de guerra e construir infraestruturas militares. Por outro lado, as vozes críticas dizem que esta ação equivale a uma punição coletiva do povo.
Desde que a cidade foi capturada, o Hamas travou três guerras com Israel, incluindo 50 dias de combates no verão passado em que milhares de edifícios de Gaza foram destruídos ou seriamente danificados. Além disso, mais de 2200 palestiniaos, incluindo centenas de civis, foram mortos durante a guerra. Do lado israelita, morfreram 67 soldados e seis civis.
Em consequência destes ataques, a economia de Gaza ficou gravemente atingida, especialmente a agricultura, a construção, a manufatura e sectores de energia.
O Banco Mundial adianta ainda que cerca de 43% dos 1,8 milhões de residentes em Gaza estão desempregados, uma realidade que a coloca como a cidade com mais desemprego do mundo. No caso dos jovens, a falta de emprego atingia mesmo 60% no final do ano passado.
"O mercado atual em Gaza não é capaz de oferecer empregos, o que deixa uma grande parte da população em desespero, particularmente a juventude", denuncia Steen Jorgensen Lau, diretor do Banco Mundial para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. E acrescenta: "O bloqueio permanente e a guerra ocorrida em 2014 têm comprometido a economia de Gaza e a vida da população."
O documento hoje revelado adverte que esta situação "é insustentável" e que a recuperação do território costeiro depende de uma flexibilização do bloqueio e dos países doadores, para que honrem os compromissos assumidos na conferência internacional ocorrida no Cairo, após o fim da guerra do ano passado."
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