Independentemente do futuro desfecho do processo contra José Sócrates

por **Vitor mango** Ter Jun 09, 2015 10:44 am

Lurdes Feio

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Independentemente do futuro desfecho do processo contra José Sócrates - e aqui, sou absolutamente neutra, limito-me a aguardar as provas de culpa ou inocência -, acho espantoso o modo como está a ser classificada a decisão do ex-PM de recusar a prisão domiciliária com vigilância electrónica! "Provocação" contra o Ministério Público foi o termo utilizado, ainda há pouco, por um pivô de um canal televisivo. Mas, afinal, é ou não legal e legítimo que um detido sem culpa formada recuse essa medida de coacção? Por que raio o exercício desse direito constitui uma provocação? Não basta a Jutiça ter poderes para manter preventivamente aprisionado (até agora) por seis meses, sem acusação formal, um cidadão até ao momento "presumivelmente inocente até prova em contrário", também querem exigir-lhe que prescinda dos seus direitos para não incomodar o MP e/ou o juiz de instrução? Nem de propósito, tinham acabado de noticiar que outro julgamento de contornos político-administrativos (Ana Manso) resultou no veredicto de inocente da arguida.

Com esta percentagem de suspeitos mandados em liberdade ao fim de meses ou anos de inquéritos, acho, isso sim, uma provocação que as entidades judiciais continuem a fazer tanto alarido público para tão magros resultados.

Das duas uma: ou investigam mal e deixam impunes muitos criminosos ou andam a perseguir muita gente sem motivo concreto. E espero que ninguém considere isto uma provocação da minha parte.

por **Joao Ruiz** Ter Jun 09, 2015 5:30 pm

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Mas qual investigação, qual quê?

Trata-se de José Sócrates, que ousou, no seu 1ª governo, afrontar alguns poderosos, entre os quais os senhores juízes. E a vingança, é um prato, que se deve servir frio!

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Re: Independentemente do futuro desfecho do processo contra José Sócrates