O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
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O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
O homem certo?
15 November 08 12:00 AM
Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal.
Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
Também ninguém discute a sua competência: há 30 anos que se diz que é um dos melhores economistas do país.
O seu problema é talvez ser bom de mais.
É não querer de forma nenhuma errar – e por isso levar o estudo dos problemas ao limite, esquecendo-se por vezes da acção.
É vacilar – porque há sempre alguma coisa para analisar melhor, um aspecto que não foi suficientemente explorado, um ângulo que falta observar.
Com este conjunto de qualidades e defeitos, Vítor Constâncio será um bom piloto quando o tempo está calmo; mas pode tornar-se um problema em época de tempestades.
Com ele no comando, existe sempre o risco de se adiar uma decisão quando se impunha agir, de haver uma hesitação quando era necessário actuar.
No caso do BPN, a indecisão (ou passividade) do governador do Banco de Portugal pode custar muitos milhões de euros ao Estado e prejuízos incalculáveis aos accionistas.
É hoje claro que durante anos houve sinais mais do que suficientes para o banco central intervir – e tinha meios para isso.
Mas o caso do BPN fragilizou Constâncio de outro modo.
Na conferência de imprensa em que foi anunciada a nacionalização do banco, ele surgiu numa posição inexplicavelmente subalterna em relação ao ministro das Finanças, chegando a pedir-lhe autorização para dar explicações sobre determinado assunto.
«Não sei se o senhor ministro acha pertinente...», disse a certa altura, hesitante, olhando para Teixeira dos Santos.
E três dias mais tarde, à saída do Parlamento, José Sócrates colocá-lo-ia numa situação delicada ao dizer qualquer coisa como: «Agora é tempo de punir o infractor e não de discutir o regulador».
Ou seja: era o primeiro--ministro quem decidia se era tempo ou não de Constâncio ser avaliado, se a sua permanência no cargo deveria ou não ser discutida, se o seu lugar estaria ou não em causa.
Resulta claro que a atitude que Vítor Constâncio assumiu na conferência de imprensa, por um lado, e o modo como Sócrates o defendeu, por outro, colocaram-no numa posição pública de debilidade e dependência em relação ao Governo.
Ora isto é inaceitável.
O governador do Banco de Portugal – como o procurador-geral da República, por exemplo – não pode depender de ninguém, pela simples razão de que é uma entidade a quem compete, entre outras coisas, avalizar actos do Governo.
Como acontece em todo o mundo civilizado, o governador do banco central é alguém que está simbolicamente acima e não abaixo do Governo.
Um governador colado ao Governo (ou até refém do Governo) é alguém que não pode cumprir cabalmente a sua missão – e cujos actos ficam, por isso, sob suspeita.
Quando amanhã Constâncio vier, por exemplo, certificar o défice público, muitas pessoas terão tendência para torcer o nariz e duvidar.
Relativamente à pergunta que encima esta crónica, a resposta a dar não pode deixar de ser esta: há dois anos, quando o sistema financeiro estava calmo e Vítor Constâncio tinha uma imagem de indiscutível isenção, ninguém se atreveria a dizer que ele não era o ‘homem certo’ à frente do Banco de Portugal.
Hoje, em plena tempestade – e tendo-se instalado a ideia de que entre Constâncio e o Governo existe uma relação cúmplice –, deixou de ser esse homem.
Com as suas hesitações, com a sua reduzida propensão para a acção, com a imagem de estar encostado a Sócrates e ao ministro das Finanças, Vítor Constâncio não transmite ao sistema a confiança que este tempo de crise exige do governador do banco central.
15 November 08 12:00 AM
Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal.
Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
Também ninguém discute a sua competência: há 30 anos que se diz que é um dos melhores economistas do país.
O seu problema é talvez ser bom de mais.
É não querer de forma nenhuma errar – e por isso levar o estudo dos problemas ao limite, esquecendo-se por vezes da acção.
É vacilar – porque há sempre alguma coisa para analisar melhor, um aspecto que não foi suficientemente explorado, um ângulo que falta observar.
Com este conjunto de qualidades e defeitos, Vítor Constâncio será um bom piloto quando o tempo está calmo; mas pode tornar-se um problema em época de tempestades.
Com ele no comando, existe sempre o risco de se adiar uma decisão quando se impunha agir, de haver uma hesitação quando era necessário actuar.
No caso do BPN, a indecisão (ou passividade) do governador do Banco de Portugal pode custar muitos milhões de euros ao Estado e prejuízos incalculáveis aos accionistas.
É hoje claro que durante anos houve sinais mais do que suficientes para o banco central intervir – e tinha meios para isso.
Mas o caso do BPN fragilizou Constâncio de outro modo.
Na conferência de imprensa em que foi anunciada a nacionalização do banco, ele surgiu numa posição inexplicavelmente subalterna em relação ao ministro das Finanças, chegando a pedir-lhe autorização para dar explicações sobre determinado assunto.
«Não sei se o senhor ministro acha pertinente...», disse a certa altura, hesitante, olhando para Teixeira dos Santos.
E três dias mais tarde, à saída do Parlamento, José Sócrates colocá-lo-ia numa situação delicada ao dizer qualquer coisa como: «Agora é tempo de punir o infractor e não de discutir o regulador».
Ou seja: era o primeiro--ministro quem decidia se era tempo ou não de Constâncio ser avaliado, se a sua permanência no cargo deveria ou não ser discutida, se o seu lugar estaria ou não em causa.
Resulta claro que a atitude que Vítor Constâncio assumiu na conferência de imprensa, por um lado, e o modo como Sócrates o defendeu, por outro, colocaram-no numa posição pública de debilidade e dependência em relação ao Governo.
Ora isto é inaceitável.
O governador do Banco de Portugal – como o procurador-geral da República, por exemplo – não pode depender de ninguém, pela simples razão de que é uma entidade a quem compete, entre outras coisas, avalizar actos do Governo.
Como acontece em todo o mundo civilizado, o governador do banco central é alguém que está simbolicamente acima e não abaixo do Governo.
Um governador colado ao Governo (ou até refém do Governo) é alguém que não pode cumprir cabalmente a sua missão – e cujos actos ficam, por isso, sob suspeita.
Quando amanhã Constâncio vier, por exemplo, certificar o défice público, muitas pessoas terão tendência para torcer o nariz e duvidar.
Relativamente à pergunta que encima esta crónica, a resposta a dar não pode deixar de ser esta: há dois anos, quando o sistema financeiro estava calmo e Vítor Constâncio tinha uma imagem de indiscutível isenção, ninguém se atreveria a dizer que ele não era o ‘homem certo’ à frente do Banco de Portugal.
Hoje, em plena tempestade – e tendo-se instalado a ideia de que entre Constâncio e o Governo existe uma relação cúmplice –, deixou de ser esse homem.
Com as suas hesitações, com a sua reduzida propensão para a acção, com a imagem de estar encostado a Sócrates e ao ministro das Finanças, Vítor Constâncio não transmite ao sistema a confiança que este tempo de crise exige do governador do banco central.
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
A minha primeira accao , se fosse POSTO NO PODER EM PORTUGAL, era POR O CONSTANCIO na ALHETA!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
o gajo é porco
Ainda me lembro quando o PS á rasca gritava por ele para assumir o barco do PS e ele cobardolas sempre fez um manguito
Foi o Guterres e o Sampaio que tiveram que arregaçar as mangas
Ainda me lembro quando o PS á rasca gritava por ele para assumir o barco do PS e ele cobardolas sempre fez um manguito
Foi o Guterres e o Sampaio que tiveram que arregaçar as mangas
Vitor mango- Pontos : 117496
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
CONSTANCIO e um LIXO HUMANO!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
Vitor mango escreveu:o gajo é porco
Ainda me lembro quando o PS á rasca gritava por ele para assumir o barco do PS e ele cobardolas sempre fez um manguito
Foi o Guterres e o Sampaio que tiveram que arregaçar as mangas
RONALDO ALMEIDA escreveu:CONSTANCIO e um LIXO HUMANO!!!
Socialista Trotskista- Pontos : 41
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
RONALDO ALMEIDA escreveu:(...) se fosse POSTO NO PODER EM PORTUGAL (...)
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O dedo na ferida- Pontos : 0
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
Olhe QUE O CONTRATAVA COMO MEU ASSESSOR!!!! Porque eu nao gosto de YES MAN!!! E mais tarde ou mais cedo, quando provasse que NAO SOU MEDIOCRE como esse GOVERNO MEDIOCRE, talvez voce me seguisse CEGAMENTE como faz com SOCRATES!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: O homem certo? 15 November 08 12:00 AM Ninguém discute a inteligência do governador do Banco de Portugal. Há 30 anos que ouço dizer que «Constâncio é um crânio».
OLHE QUE POSSO SER AINDA MAIS TEIMOSO QUE SCORATES ,SO QUE,nao ao ponto de desrespeitar o POVO. Mas e um facto que a politica em PORTUGAL e DOENTIA. NINGUEM CONCORDA COM NADA!!! aINDA ONTEM VI, o PROS E CIONTRAS e e impressionante, como qualquer coisa que se faz em PORTUGAL e feito a SACA-ROLHAS!!! TODOS sao PERITOS!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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