os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
A União entre malta do mesmo sexo a que junto a pedofilia ( na Roma antiga era banal ) e ate ia mais longe esbarra na quantidade de abortos que a sociedade tinha que gramar e... veio a santa madre dita católica e mandou parar o bailareco ...e só mais tarde o pessoal foi esculpido ka pila e as mulheres virgentadas
Quanto a dois ou Duas dormirem agarradinhos ao deficit da questão aí e se são adultos bye bye
Mas eu explico melhor
Um cego tem no seu cão guia o seu melhor amigo e o "estado garante-lhe um casamento com as regalias que a sociedade lhes confere
Ora dois ou duas que compartilhem tudo teem o mesmíssimo direito que ..,.
A minha " aversão neste esquema é o titulo pomposo de casamento que me perturba os timpanos já que os miolos associam logo uma gaja de véu branquinho e ele de smoking a garantir fidelidade mesmo que uma Vamp se lhe enrole nos pensamentos ...( se calhar o mal é mesmo meu...paciencia ...
but ainda nem é por aqui que ...
É mais do lado oposto dos gays quererem vir para a praça publica fazer espetáculo e nos querer meter nos miolos que eles sim é que ELES são os Normais
Aí estamos conversados e ate percebo a raiva do Cavaco encavacado
Tenho uma posição "moral " parecida com a do Miguel Sousa Tavares onde a adopçao por casais do mesmo sexo nao sabem nem podem avaliar a posição da criança ou nos traumas que mais tarde tenha que enfrentar
Quanto a dois ou Duas dormirem agarradinhos ao deficit da questão aí e se são adultos bye bye
Mas eu explico melhor
Um cego tem no seu cão guia o seu melhor amigo e o "estado garante-lhe um casamento com as regalias que a sociedade lhes confere
Ora dois ou duas que compartilhem tudo teem o mesmíssimo direito que ..,.
A minha " aversão neste esquema é o titulo pomposo de casamento que me perturba os timpanos já que os miolos associam logo uma gaja de véu branquinho e ele de smoking a garantir fidelidade mesmo que uma Vamp se lhe enrole nos pensamentos ...( se calhar o mal é mesmo meu...paciencia ...
but ainda nem é por aqui que ...
É mais do lado oposto dos gays quererem vir para a praça publica fazer espetáculo e nos querer meter nos miolos que eles sim é que ELES são os Normais
Aí estamos conversados e ate percebo a raiva do Cavaco encavacado
Última edição por Vitor mango em Qua Jan 27, 2016 1:42 am, editado 1 vez(es)
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Re: os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
Na minha especialidade de genética "Florestal " entendo que a capacidade de alguem nascer com os gestos amaneirados e a vozinha fininha não é mais que uma "gracinha " da natureza " para avisar que por alí não ha perigo para a continuação da espécie
E para naõ haver duvida mete no macho o Coice e os cornos para o baile
Aviso que nas árvores tambem, ha aberrações (? ) de maricagem
Portanto se o amigo é gay nada de pânico
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Re: os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
pois para os mais sensíveis vai foto de família
- Bibam os noibos carago
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Re: os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
aviso que nao li ---mas leia leia e depois leia de novo
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A missionária evangélica Lanna Holder ficou conhecida mundialmente por testemunhar que havia sido curada da homossexualidade. Deu palestras e promoveu o que seria a cura da homossexualidade em igrejas dos quatro cantos do mundo. Lanna acaba de protagonizar um episódio que abalou as estruturas evangélicas.
Ela se apaixonou por uma cantora gospel de renome nos Estados Unidos e se uniu à ela. A notícia de que ela voltou a ser homossexual (como se isso fosse possível) abalou as estruturas de muitas igrejas que ouviram (e acreditaram) em seu primeiro testemunho de cura da homossexualidade. Junta com sua namorada, Lanna inaugurou em São Paulo a Comunidade Cidade de Refúgio, primeira denominação religiosa dirigida por um casal de lésbicas no Brasil. Hoje a missionária reconhece que nunca deixou de sentir atração sexual por mulheres e critica a postura das igrejas que, segundo ela, pregam uma libertação que não existe. Mesmo disposta a não falar mais de sua vida pessoal, já que se diz alvo de represálias de várias instituições evangélicas, ela aceitou receber a reportagem em seu escritório. Na ocasião, falou sobre a mentira em que viveu por anos devido à intolerância religiosa.
Antes você afirmava que a homossexualidade era possessão demoníaca e hoje se arrepende da visão que tinha. O que te fez mudar de opinião?
Quanto me converti, fui ensinada que a homossexualidade era uma maldição, então expunha para os fiéis da maneira que eu havia aprendido. Milhares de pessoas me procuravam para saber como eu havia deixado de ser lésbica e no fundo sabia que continuava gostando de mulheres. Eu professava aquela mentira na esperança de que um dia ela pudesse se tornar verdade na minha vida. Realmente lutei porque acreditava que iria mudar. Com o passar dos anos percebi que toda a teoria que eu pregava não surtia efeito em mim e muito menos nas multidões que se apoiavam na minha suposta cura. Resolvi deixar toda aquela vida falsa e mergulhei no estudo da teologia inclusiva, que considera a homossexualidade uma orientação, algo natural, sem nenhuma condenação de Deus.
Existem muitos gays mal resolvidos dentro das igrejas?
As igrejas evangélicas estão cheias de homossexuais tentando se curar em vão e por isso estão ficando doentes. O sucesso que eu fiz no passado se deve justamente ao grande número de gays evangélicos que se identificavam e se apoiavam no meu testemunho. Durante os cultos eles me procuravam deseseperados para dizer que estavam sofrendo e sendo discriminadas dentro da própria igreja e que precisavam de uma transformação. Atualmente recebo jovens traumatizados que foram expulsos de denominações evangélicas durante as reuniões porque eram afeminados.
O que você diria para as pessoas perderam anos de duas vidas acreditando nas coisas que você falava?
Eu olho para a minha história, para todas as coisas que eu dizia e lamento pelas pessoas que até se suicidaram, pessoas que geraram em seus corações uma expectativa de mudarem sua sexualidade e não conseguiram. Gente que achava que Deus me amava mais do que elas porque eu dizia que tinha sido liberta e não era verdade. Eu criei feridas no coração das pessoas e alimentei falsas expectativas. Tanta gente que, por minha causa, lutaram dentro das igrejas para deixarem de ser gays e não obteram exito. Peço perdão à todas essas pessoas. A igreja precisa acordar para esse erro que está comprometendo a vida de tanta gente.
Contantemente os evangélicos te atacam no meios de comunicação. Como você reage?
Eles sempre lançam pedras e me chamam de mentirosa. Eles não enxergam que eu deixei o vício das drogas, do cigarro e do álcool. O que Deus pôde transformar na minha vida ele transformou, a única coisa que continuou igual foi a minha sexualidade, que é algo intrínseco em mim e não pode ser mudado. Isso não é uma escolha, mas sim uma orientação. Quem escolheria sofrer e ter um bando de crente hipócrita lançando na cara da gente que somos uma maldição? Ninguém no mundo escolhe sofrer.
Qual recado você daria para aquelas pessoas que ainda estão tentando ser curadas?
Eu tenho 49 anos e a maior parte da minha vida, assim como a de tantos evangélicos, foi jogada fora. Fiquei dentro de um armário porque se eu assumisse quem realmente era não poderia pregar, ser missionária, e muito menos considerada crente. Tive que omitir e esconder a minha sexualidade, proferindo que havia sendo curada, para conseguir continuar exercendo o meu ministério. Isso não vale a pena, cansei disso.
Qual é a proposta da Comunidade Cidade de Refúgio?
Deus não faz acepção de pessoas. Essa nova igreja foi criada para desmistificar a postura equivocada dos cristãos e para receber aqueles que querem viver com Deus, mas que não são aceitos por sua condição sexual. Praticamente todos os membros que recebemos, são pessoas rejeitadas por igrejas evangélicas. Aqui os casais gays poderam viver em paz, pregar, cantar e exercer seus dons diante de Deus. Aqui podemos reconhecer que somos gays, somos cristãos e somos felizes. Nos sentimos completamente amados e aceitos por Deus.
Você passou por algum tipo de ritual de libertação?
Todos que você possa imaginar. Fiz intensas sessões de regressão e cura interior, me entreguei para todas essas propostas, mas obviamente nada fez com que eu deixasse de ser lésbica.
Como é a sua atual relação com a igreja evangélica e com a sua família que pertence à denominações tradicionais?
Hoje não tenho nenhuma proximidade com os evangélicos e eles não aceitam minha atual condição. Todas as igrejas que no passado me convidavam para pregar não se comunicam mais comigo. Qualquer tipo de aliança foi quebrada porque eles consideram a homossexualidade possessão, maldição hereditária e algumas até mesmo doença. Eles não concordam com a visão que passei a seguir e são completamente opostos ao que estou pregando atualmente. A minha família tem a mesma postura, precisei me desligar deles para viver esse novo ministério.
Você se tornou uma das celebridades mais rentáveis do meio gospel. Qual foi o destino dos produtos comercializados com o seu nome?
É inevitável que as vendas diminuam. Aqueles que compravam não compram mais. Como o preconceito da igreja evangélica continua cada vez maior, a primeira atitude deles foi retirar todos os produtos com meu nome de suas livrarias.
Como você conheceu sua atual companheira?
Conheci a cantora e pastora Rosania Rocha em Bonton, nos Estados Unidos, na Assenbléia de Deus, igreja onde congregávamos. Nós éramos muito conhecidas entre o evangélicos e começamos a nos encontrar em viagens para pregar e cantar, foi quando iniciou o envolvimento. Na época contamos para a liderança da igreja com o objetivo de nos separármos. Eles reagiram da pior maneira possível, trouxeram o assunto à público e fomos humilhadas por evagélicos no Brasil e nos Estados Unidos. Depois dessa situação, resolvemos nos separar de nossos maridos e nos unir.
Fonte: Mix Brasil
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Missionária Lanna Holder critica os “crentes hipócritas” e afirma que diferente do que as igrejas pregam, não existe cura para gays
por Lourival soldado cristão em 5th Setembro 2011, 1:28 pmExpandir esta imagem
A missionária evangélica Lanna Holder ficou conhecida mundialmente por testemunhar que havia sido curada da homossexualidade. Deu palestras e promoveu o que seria a cura da homossexualidade em igrejas dos quatro cantos do mundo. Lanna acaba de protagonizar um episódio que abalou as estruturas evangélicas.
Ela se apaixonou por uma cantora gospel de renome nos Estados Unidos e se uniu à ela. A notícia de que ela voltou a ser homossexual (como se isso fosse possível) abalou as estruturas de muitas igrejas que ouviram (e acreditaram) em seu primeiro testemunho de cura da homossexualidade. Junta com sua namorada, Lanna inaugurou em São Paulo a Comunidade Cidade de Refúgio, primeira denominação religiosa dirigida por um casal de lésbicas no Brasil. Hoje a missionária reconhece que nunca deixou de sentir atração sexual por mulheres e critica a postura das igrejas que, segundo ela, pregam uma libertação que não existe. Mesmo disposta a não falar mais de sua vida pessoal, já que se diz alvo de represálias de várias instituições evangélicas, ela aceitou receber a reportagem em seu escritório. Na ocasião, falou sobre a mentira em que viveu por anos devido à intolerância religiosa.
Antes você afirmava que a homossexualidade era possessão demoníaca e hoje se arrepende da visão que tinha. O que te fez mudar de opinião?
Quanto me converti, fui ensinada que a homossexualidade era uma maldição, então expunha para os fiéis da maneira que eu havia aprendido. Milhares de pessoas me procuravam para saber como eu havia deixado de ser lésbica e no fundo sabia que continuava gostando de mulheres. Eu professava aquela mentira na esperança de que um dia ela pudesse se tornar verdade na minha vida. Realmente lutei porque acreditava que iria mudar. Com o passar dos anos percebi que toda a teoria que eu pregava não surtia efeito em mim e muito menos nas multidões que se apoiavam na minha suposta cura. Resolvi deixar toda aquela vida falsa e mergulhei no estudo da teologia inclusiva, que considera a homossexualidade uma orientação, algo natural, sem nenhuma condenação de Deus.
Existem muitos gays mal resolvidos dentro das igrejas?
As igrejas evangélicas estão cheias de homossexuais tentando se curar em vão e por isso estão ficando doentes. O sucesso que eu fiz no passado se deve justamente ao grande número de gays evangélicos que se identificavam e se apoiavam no meu testemunho. Durante os cultos eles me procuravam deseseperados para dizer que estavam sofrendo e sendo discriminadas dentro da própria igreja e que precisavam de uma transformação. Atualmente recebo jovens traumatizados que foram expulsos de denominações evangélicas durante as reuniões porque eram afeminados.
O que você diria para as pessoas perderam anos de duas vidas acreditando nas coisas que você falava?
Eu olho para a minha história, para todas as coisas que eu dizia e lamento pelas pessoas que até se suicidaram, pessoas que geraram em seus corações uma expectativa de mudarem sua sexualidade e não conseguiram. Gente que achava que Deus me amava mais do que elas porque eu dizia que tinha sido liberta e não era verdade. Eu criei feridas no coração das pessoas e alimentei falsas expectativas. Tanta gente que, por minha causa, lutaram dentro das igrejas para deixarem de ser gays e não obteram exito. Peço perdão à todas essas pessoas. A igreja precisa acordar para esse erro que está comprometendo a vida de tanta gente.
Contantemente os evangélicos te atacam no meios de comunicação. Como você reage?
Eles sempre lançam pedras e me chamam de mentirosa. Eles não enxergam que eu deixei o vício das drogas, do cigarro e do álcool. O que Deus pôde transformar na minha vida ele transformou, a única coisa que continuou igual foi a minha sexualidade, que é algo intrínseco em mim e não pode ser mudado. Isso não é uma escolha, mas sim uma orientação. Quem escolheria sofrer e ter um bando de crente hipócrita lançando na cara da gente que somos uma maldição? Ninguém no mundo escolhe sofrer.
Qual recado você daria para aquelas pessoas que ainda estão tentando ser curadas?
Eu tenho 49 anos e a maior parte da minha vida, assim como a de tantos evangélicos, foi jogada fora. Fiquei dentro de um armário porque se eu assumisse quem realmente era não poderia pregar, ser missionária, e muito menos considerada crente. Tive que omitir e esconder a minha sexualidade, proferindo que havia sendo curada, para conseguir continuar exercendo o meu ministério. Isso não vale a pena, cansei disso.
Qual é a proposta da Comunidade Cidade de Refúgio?
Deus não faz acepção de pessoas. Essa nova igreja foi criada para desmistificar a postura equivocada dos cristãos e para receber aqueles que querem viver com Deus, mas que não são aceitos por sua condição sexual. Praticamente todos os membros que recebemos, são pessoas rejeitadas por igrejas evangélicas. Aqui os casais gays poderam viver em paz, pregar, cantar e exercer seus dons diante de Deus. Aqui podemos reconhecer que somos gays, somos cristãos e somos felizes. Nos sentimos completamente amados e aceitos por Deus.
Você passou por algum tipo de ritual de libertação?
Todos que você possa imaginar. Fiz intensas sessões de regressão e cura interior, me entreguei para todas essas propostas, mas obviamente nada fez com que eu deixasse de ser lésbica.
Como é a sua atual relação com a igreja evangélica e com a sua família que pertence à denominações tradicionais?
Hoje não tenho nenhuma proximidade com os evangélicos e eles não aceitam minha atual condição. Todas as igrejas que no passado me convidavam para pregar não se comunicam mais comigo. Qualquer tipo de aliança foi quebrada porque eles consideram a homossexualidade possessão, maldição hereditária e algumas até mesmo doença. Eles não concordam com a visão que passei a seguir e são completamente opostos ao que estou pregando atualmente. A minha família tem a mesma postura, precisei me desligar deles para viver esse novo ministério.
Você se tornou uma das celebridades mais rentáveis do meio gospel. Qual foi o destino dos produtos comercializados com o seu nome?
É inevitável que as vendas diminuam. Aqueles que compravam não compram mais. Como o preconceito da igreja evangélica continua cada vez maior, a primeira atitude deles foi retirar todos os produtos com meu nome de suas livrarias.
Como você conheceu sua atual companheira?
Conheci a cantora e pastora Rosania Rocha em Bonton, nos Estados Unidos, na Assenbléia de Deus, igreja onde congregávamos. Nós éramos muito conhecidas entre o evangélicos e começamos a nos encontrar em viagens para pregar e cantar, foi quando iniciou o envolvimento. Na época contamos para a liderança da igreja com o objetivo de nos separármos. Eles reagiram da pior maneira possível, trouxeram o assunto à público e fomos humilhadas por evagélicos no Brasil e nos Estados Unidos. Depois dessa situação, resolvemos nos separar de nossos maridos e nos unir.
Fonte: Mix Brasil
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Re: os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
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Re: os temores e tremores do Cavaco encavado com gays e lesbicas
Sobre a adopção gay
João Miguel Tavares
28/01/2016 - 00:05
É uma pena que as crianças portuguesas não tenham associações e deputados a lutar pelos seus direitos.
Tópicos
[list=keywords]
[*]PS
[*]Crianças
[*]Adopção
[*]Co-adopção
[*]questões sociais
[*]família
[/list]
Eu tenho um sonho: que um dia, ao tratarmos de assuntos tão importantes e complexos quanto o aborto ou a adopção de crianças por casais homossexuais, consigamos elevar o debate público dois ou três patamares acima do nível cavernícola. O “nível cavernícola” é simples de detectar: por regra, qualquer posição que considere estas matérias como óbvias e naturalmente evidentes – seja para as acolher de braços abertos, seja para as rejeitar de olhos fechados – tem boas possibilidades de padecer de cavernicolismo. As reacções ao veto de Cavaco do diploma da adopção gay vieram demonstrá-lo mais uma vez.
Seja qual for a nossa posição em relação à adopção de crianças por casais homossexuais, é muito difícil negar razão a Cavaco em dois pontos. Primeiro, quando ele afirma que, “independentemente de um juízo de fundo sobre as soluções legislativas”, seria importante “assegurar que uma alteração tão relevante numa matéria de grande sensibilidade social não entre em vigor sem ser precedida de um amplo e esclarecedor debate público”. Cavaco tem inteira razão: esse debate, de facto, não existiu, o que é tanto mais incompreensível quanto a questão da co-adopção, muito mais restrita e consensual, deu origem a inúmeras polémicas e trocas de argumentos.
Mais grave ainda, porque profundamente desonesto, é o segundo ponto para que Cavaco chama a atenção: a adopção gay não tem a ver com o superior interesse da criança. O diploma combate uma discriminação existente entre casais homossexuais e heterossexuais e esse combate é, sem dúvida, legítimo. Mas é de uma total desonestidade intelectual confundir isso com o direito de os miúdos a serem adoptados. A co-adopção por casais homossexuais é uma luta pelo interesse superior da criança, na medida em que já existem laços afectivos estabelecidos. A adopção por casais homossexuais é uma luta pelos direitos da comunidade LGBT. Não quer dizer que essa luta não seja justa, mas é uma vergonhosa instrumentalização da criança invocar o seu “superior interesse” a propósito desta alteração à lei, como ouvi em Novembro e como voltei a ouvir agora, após o veto presidencial. Se não há falta mas excesso de candidatos à adopção (a não ser para miúdos com graves problemas de saúde), o que é que os direitos das crianças têm a ver com isto?
É uma pena que as crianças portuguesas não tenham associações e deputados a lutar pelos seus direitos com o mesmo empenho que o PS e o Bloco colocaram na luta pelos direitos da comunidade LGBT ao longo dos últimos anos. Eu sou a favor da adopção por casais homossexuais, porque entendo que é no terreno que se deve avaliar cada família e concluir se ela tem, ou não, condições para acolher uma criança. Acredito que num mundo ideal qualquer miúdo deve crescer com uma figura materna e uma figura paterna ao seu lado, mas penso que a dinâmica mimo-autoridade pode ser perfeitamente alcançada dentro de um casal homossexual. Mais do que isso, existem casos terríveis, envolvendo crianças abusadas, em que a figura paterna adquire uma dimensão de tal forma ameaçadora que a criança poderá crescer muito mais feliz e equilibrada num ambiente exclusivamente feminino. O mundo é um lugar complicado e a sua diversidade deve ser vista como uma riqueza, e não como uma ameaça. Mas até por isso, deveríamos estar todos a discutir com argumentos uns bons furos acima do nível cavernícola, jamais utilizando as crianças como armas de arremesso nas lutas de cada um.
João Miguel Tavares
28/01/2016 - 00:05
É uma pena que as crianças portuguesas não tenham associações e deputados a lutar pelos seus direitos.
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Tópicos
[list=keywords]
[*]PS
[*]Crianças
[*]Adopção
[*]Co-adopção
[*]questões sociais
[*]família
[/list]
Eu tenho um sonho: que um dia, ao tratarmos de assuntos tão importantes e complexos quanto o aborto ou a adopção de crianças por casais homossexuais, consigamos elevar o debate público dois ou três patamares acima do nível cavernícola. O “nível cavernícola” é simples de detectar: por regra, qualquer posição que considere estas matérias como óbvias e naturalmente evidentes – seja para as acolher de braços abertos, seja para as rejeitar de olhos fechados – tem boas possibilidades de padecer de cavernicolismo. As reacções ao veto de Cavaco do diploma da adopção gay vieram demonstrá-lo mais uma vez.
Seja qual for a nossa posição em relação à adopção de crianças por casais homossexuais, é muito difícil negar razão a Cavaco em dois pontos. Primeiro, quando ele afirma que, “independentemente de um juízo de fundo sobre as soluções legislativas”, seria importante “assegurar que uma alteração tão relevante numa matéria de grande sensibilidade social não entre em vigor sem ser precedida de um amplo e esclarecedor debate público”. Cavaco tem inteira razão: esse debate, de facto, não existiu, o que é tanto mais incompreensível quanto a questão da co-adopção, muito mais restrita e consensual, deu origem a inúmeras polémicas e trocas de argumentos.
Mais grave ainda, porque profundamente desonesto, é o segundo ponto para que Cavaco chama a atenção: a adopção gay não tem a ver com o superior interesse da criança. O diploma combate uma discriminação existente entre casais homossexuais e heterossexuais e esse combate é, sem dúvida, legítimo. Mas é de uma total desonestidade intelectual confundir isso com o direito de os miúdos a serem adoptados. A co-adopção por casais homossexuais é uma luta pelo interesse superior da criança, na medida em que já existem laços afectivos estabelecidos. A adopção por casais homossexuais é uma luta pelos direitos da comunidade LGBT. Não quer dizer que essa luta não seja justa, mas é uma vergonhosa instrumentalização da criança invocar o seu “superior interesse” a propósito desta alteração à lei, como ouvi em Novembro e como voltei a ouvir agora, após o veto presidencial. Se não há falta mas excesso de candidatos à adopção (a não ser para miúdos com graves problemas de saúde), o que é que os direitos das crianças têm a ver com isto?
É uma pena que as crianças portuguesas não tenham associações e deputados a lutar pelos seus direitos com o mesmo empenho que o PS e o Bloco colocaram na luta pelos direitos da comunidade LGBT ao longo dos últimos anos. Eu sou a favor da adopção por casais homossexuais, porque entendo que é no terreno que se deve avaliar cada família e concluir se ela tem, ou não, condições para acolher uma criança. Acredito que num mundo ideal qualquer miúdo deve crescer com uma figura materna e uma figura paterna ao seu lado, mas penso que a dinâmica mimo-autoridade pode ser perfeitamente alcançada dentro de um casal homossexual. Mais do que isso, existem casos terríveis, envolvendo crianças abusadas, em que a figura paterna adquire uma dimensão de tal forma ameaçadora que a criança poderá crescer muito mais feliz e equilibrada num ambiente exclusivamente feminino. O mundo é um lugar complicado e a sua diversidade deve ser vista como uma riqueza, e não como uma ameaça. Mas até por isso, deveríamos estar todos a discutir com argumentos uns bons furos acima do nível cavernícola, jamais utilizando as crianças como armas de arremesso nas lutas de cada um.
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