China deve ofuscar EUA em cúpula da Apec Michelle Marinho De Lima para a BBC Brasil
2 participantes
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
China deve ofuscar EUA em cúpula da Apec Michelle Marinho De Lima para a BBC Brasil
China deve ofuscar EUA em cúpula da Apec
Michelle Marinho
De Lima para a BBC Brasil
Hu Jintao
Hu Jintao realiza um giro por países da América Latina
O presidente da China, Hu Jintao, desembarca nesta quarta-feira em Lima, no Peru, para participar - e provavelmente ser uma das estrelas – da cúpula dos países membros do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, a (Apec, na sigla em inglês).
A presença do líder chinês deve ofuscar o tradicional protagonismo do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no evento deste fim-de-semana.
De saída da Casa Branca e deixando o país à beira da recessão, Bush tem poucas razões para ser o centro das atenções. Já Jintao representa um país que vem se consolidando como um dos principais mercados mundiais nesses tempos de crise e como um dos maiores parceiros comerciais da América Latina - representada no encontro da Apec por três países: Peru, Chile e México.
Jintao se encontra no meio de um giro pela América Latina, o que sinaliza a importância que a China está dando à região - que foi praticamente abandonada pelos Estados Unidos durante o governo Bush.
Em entrevista à BBC Brasil, o especialista em diplomacia chinesa Octavio Fernández diz que "dentro da lógica dialética chinesa, crise não é só risco, também é oportunidade".
"Historicamente, a América Latina dependeu muito dos Estados Unidos. Mas a crise financeira fez com que o poder que o país tem sobre a América Latina diminua, enquanto o da China cresce. Neste contexto de relativa debilidade americana, a China vê a oportunidade de continuar estreitando laços com países da região”, afirma.
Mas Fernández afirma que o país não vai resgatar nenhuma economia da América Latina. “A China não tem capacidade para isso”, afirma.
Nos últimos quatro anos, o volume de comércio sino-latino-americano e sino-caribenho manteve um crescimento anual de 40%. Em 2007, bateu o recorde histórico de US$ 100 bilhões.
Estimativas dão conta de que, na próxima década, os investimentos chineses na região podem crescer até 20% ao ano.
'Flexível'
Em uma entrevista dada esta semana para o jornal El Comercio do Peru, Hu Jintao, que está realizando um giro pela América, diz que "as relações entre a China e a América Latina e o Caribe nunca foram tão estreitas como agora".
"A região conta com um vasto território, rico em recursos naturais e um enorme potencial de desenvolvimento", diz Jintao, que chega nesta quarta-feira ao Peru, acompanhado por uma comitiva de 500 pessoas, entre funcionários públicos e empresários.
Para o diretor do Instituto Peruano de Economia, Fritz Dubois, a China é importante neste momento porque, mesmo com a crise, vai crescer 8,5%. “O país vai assegurar o crescimento mundial”, afirma. Para o economista, a Índia e o Peru são outros dois países que devem continuar com um bom ritmo de crescimento.
“Em 2007, um terço do crescimento mundial se deve à China. O Peru deve se concentrar no gigante. É muito conveniente ter um acordo com eles”, aconselha o ex-ministro da Economia peruano, Pedro Pablo Kuczynski, tendo em vista que para o ano que vem, o cenário não é dos mais otimistas para os Estados Unidos e Europa.
Tratados
A Apec reúne 21 economias - entre elas, Estados Unidos, China, Japão, Canadá e Coréia do Sul - e é responsável por quase 60% do PIB mundial.
Para Kuczynski, a reunião da Apec é a grande oportunidade que têm Peru, Chile e México – os únicos países latino-americanos que participam -, para concretizar relações comerciais com as principais nações asiáticas.
O empresário Gonzalo Garland concorda: “A melhor região para exportar em meio à crise financeira é a Ásia-Pacífico, porque, apesar de tudo, continua com a tendência do crescimento econômico”.
O Chile e a Austrália já assinaram um Tratado de Livre Comercio (TLC) com a China. Depois de dez meses de negociações, o Peru deve assinar o TLC com o país asiático durante a reunião da Apec.
O impacto será de um aumento de US$ 1 bilhão no PIB peruano. Durante o primeiro ano de vigência do acordo de livre comércio com a China, o Chile também viu o mesmo aumento em seu PIB.
Michelle Marinho
De Lima para a BBC Brasil
Hu Jintao
Hu Jintao realiza um giro por países da América Latina
O presidente da China, Hu Jintao, desembarca nesta quarta-feira em Lima, no Peru, para participar - e provavelmente ser uma das estrelas – da cúpula dos países membros do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, a (Apec, na sigla em inglês).
A presença do líder chinês deve ofuscar o tradicional protagonismo do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no evento deste fim-de-semana.
De saída da Casa Branca e deixando o país à beira da recessão, Bush tem poucas razões para ser o centro das atenções. Já Jintao representa um país que vem se consolidando como um dos principais mercados mundiais nesses tempos de crise e como um dos maiores parceiros comerciais da América Latina - representada no encontro da Apec por três países: Peru, Chile e México.
Jintao se encontra no meio de um giro pela América Latina, o que sinaliza a importância que a China está dando à região - que foi praticamente abandonada pelos Estados Unidos durante o governo Bush.
Em entrevista à BBC Brasil, o especialista em diplomacia chinesa Octavio Fernández diz que "dentro da lógica dialética chinesa, crise não é só risco, também é oportunidade".
"Historicamente, a América Latina dependeu muito dos Estados Unidos. Mas a crise financeira fez com que o poder que o país tem sobre a América Latina diminua, enquanto o da China cresce. Neste contexto de relativa debilidade americana, a China vê a oportunidade de continuar estreitando laços com países da região”, afirma.
Mas Fernández afirma que o país não vai resgatar nenhuma economia da América Latina. “A China não tem capacidade para isso”, afirma.
Nos últimos quatro anos, o volume de comércio sino-latino-americano e sino-caribenho manteve um crescimento anual de 40%. Em 2007, bateu o recorde histórico de US$ 100 bilhões.
Estimativas dão conta de que, na próxima década, os investimentos chineses na região podem crescer até 20% ao ano.
'Flexível'
Em uma entrevista dada esta semana para o jornal El Comercio do Peru, Hu Jintao, que está realizando um giro pela América, diz que "as relações entre a China e a América Latina e o Caribe nunca foram tão estreitas como agora".
"A região conta com um vasto território, rico em recursos naturais e um enorme potencial de desenvolvimento", diz Jintao, que chega nesta quarta-feira ao Peru, acompanhado por uma comitiva de 500 pessoas, entre funcionários públicos e empresários.
Para o diretor do Instituto Peruano de Economia, Fritz Dubois, a China é importante neste momento porque, mesmo com a crise, vai crescer 8,5%. “O país vai assegurar o crescimento mundial”, afirma. Para o economista, a Índia e o Peru são outros dois países que devem continuar com um bom ritmo de crescimento.
“Em 2007, um terço do crescimento mundial se deve à China. O Peru deve se concentrar no gigante. É muito conveniente ter um acordo com eles”, aconselha o ex-ministro da Economia peruano, Pedro Pablo Kuczynski, tendo em vista que para o ano que vem, o cenário não é dos mais otimistas para os Estados Unidos e Europa.
Tratados
A Apec reúne 21 economias - entre elas, Estados Unidos, China, Japão, Canadá e Coréia do Sul - e é responsável por quase 60% do PIB mundial.
Para Kuczynski, a reunião da Apec é a grande oportunidade que têm Peru, Chile e México – os únicos países latino-americanos que participam -, para concretizar relações comerciais com as principais nações asiáticas.
O empresário Gonzalo Garland concorda: “A melhor região para exportar em meio à crise financeira é a Ásia-Pacífico, porque, apesar de tudo, continua com a tendência do crescimento econômico”.
O Chile e a Austrália já assinaram um Tratado de Livre Comercio (TLC) com a China. Depois de dez meses de negociações, o Peru deve assinar o TLC com o país asiático durante a reunião da Apec.
O impacto será de um aumento de US$ 1 bilhão no PIB peruano. Durante o primeiro ano de vigência do acordo de livre comércio com a China, o Chile também viu o mesmo aumento em seu PIB.
Vitor mango- Pontos : 117539
Re: China deve ofuscar EUA em cúpula da Apec Michelle Marinho De Lima para a BBC Brasil
JA COMPRARAM a AFRICA e seus DITADORES e agora movem-se para a AMERICA LATINA!!! Precisam de territorio e RECURSOS, MATERIAS PRIMAS e essa a ESTRATEGIA!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos