AS CEDÊNCIAS A CAMERON
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AS CEDÊNCIAS A CAMERON
António Russo Dias
7 h ·
AS CEDÊNCIAS A CAMERON
Mais um passo na (des)construção europeia.
Há alguma ironia no facto de aqueles que aceitam o abastardamento da UE e os sucessivos recuos que a empurram para um triste (e porventura violento) fim serem, de uma forma geral, os que acusam quem com isso se preocupa de ser "contra a Europa" e de outros feios pecados.
A juntar à crise do Euro, ao recrudescer dos nacionalismos, do racismo e da xenofobia, ao aumento do poder discricionário e exorbitante da eurocracia não-eleita, ao estertor de Schengen e de liberdade de movimento de pessoas, ao aumento vertiginoso da desconfiança popular, assistimos agora a mais uma prova prática do que já todos sabíamos: as regras não se aplicam aos poderosos.
O compromisso a que chegaram, ontem em Bruxelas, os governos da UE, é apresentado envoltos numa roupagem de ambiguidades que mal disfarça a machadada suficientemente grave para que Cameron possa "cantar vitória" e tentar, com ele, convencer a (já) maioria de cidadãos que pretendem abandonar a UE.
Por muita maquilhagem com que tentem disfarçar os factos, os dirigentes não vão poder convencer quem quer que seja que não estamos perante mais etapa do constante e progressivo desmantelamento daquilo foi sendo pacientemente construído durante sessenta anos.
Uma"never a closer union".
L F Salgado Matos, no seu blog "O Economista Português" sintetiza.
"O Reino Unido ameaçou sair da União Europeia (UE) conseguiu uma vitória quase total nas suas exigências. Defendeu os seus interesses e ganhou. Os eurocéticos duvidam, consideram a vitória mais aparente do que real. Mas o Reino Unido conseguiu que fosse reconhecido que não se lhe aplica o princípio federal da «ever closer union», um slogan copiado da Constituição federal dos Estados Unidos, ganhou direito de intervir na Eurozona, ganhou o direito de nunca ter que entrar no Euro, de nunca ter que participar em nenhum resgate, e bem assim de discriminar as prestações sociais aos novos imigrantes dos outros países da UE ou de sozinho invocar o mecanismo de salvaguarda contra uma decisão do conselho europeu."
Derrota total da "Europa".
7 h ·
AS CEDÊNCIAS A CAMERON
Mais um passo na (des)construção europeia.
Há alguma ironia no facto de aqueles que aceitam o abastardamento da UE e os sucessivos recuos que a empurram para um triste (e porventura violento) fim serem, de uma forma geral, os que acusam quem com isso se preocupa de ser "contra a Europa" e de outros feios pecados.
A juntar à crise do Euro, ao recrudescer dos nacionalismos, do racismo e da xenofobia, ao aumento do poder discricionário e exorbitante da eurocracia não-eleita, ao estertor de Schengen e de liberdade de movimento de pessoas, ao aumento vertiginoso da desconfiança popular, assistimos agora a mais uma prova prática do que já todos sabíamos: as regras não se aplicam aos poderosos.
O compromisso a que chegaram, ontem em Bruxelas, os governos da UE, é apresentado envoltos numa roupagem de ambiguidades que mal disfarça a machadada suficientemente grave para que Cameron possa "cantar vitória" e tentar, com ele, convencer a (já) maioria de cidadãos que pretendem abandonar a UE.
Por muita maquilhagem com que tentem disfarçar os factos, os dirigentes não vão poder convencer quem quer que seja que não estamos perante mais etapa do constante e progressivo desmantelamento daquilo foi sendo pacientemente construído durante sessenta anos.
Uma"never a closer union".
L F Salgado Matos, no seu blog "O Economista Português" sintetiza.
"O Reino Unido ameaçou sair da União Europeia (UE) conseguiu uma vitória quase total nas suas exigências. Defendeu os seus interesses e ganhou. Os eurocéticos duvidam, consideram a vitória mais aparente do que real. Mas o Reino Unido conseguiu que fosse reconhecido que não se lhe aplica o princípio federal da «ever closer union», um slogan copiado da Constituição federal dos Estados Unidos, ganhou direito de intervir na Eurozona, ganhou o direito de nunca ter que entrar no Euro, de nunca ter que participar em nenhum resgate, e bem assim de discriminar as prestações sociais aos novos imigrantes dos outros países da UE ou de sozinho invocar o mecanismo de salvaguarda contra uma decisão do conselho europeu."
Derrota total da "Europa".
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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