ESPERAR 4 MESES POR UMA OPERACAO ONCOLOGICA?

SAFA-TE..............[color:0d2f=#666]Declarações em cerimónia na Universidade do Porto
Ministra da Saúde reconhece que é "muito tempo" espera de "quatro meses" para cirurgia oncológica
10.12.2008 - 14h48 Lusa
A ministra da saúde, Ana Jorge, admitiu hoje ser "muito tempo" os "quatro meses" que os doentes oncológicos têm de esperar por uma cirurgia e salientou que "progressivamente" esse tempo de espera tem sido reduzido.

Ana Jorge, que comentava o facto de as listas de espera para cirurgia terem registado a entrada de 22 mil casos de doentes com cancro nos primeiros seis meses deste ano, salientou que mais importante do que saber o número de utentes que se encontra nas listas, é "saber de quanto tempo é essa espera".

Falando à margem da cerimónia de divulgação do Programa Doutoral em Medicina e Oncologia Molecular, iniciativa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a ministra disse que "progressivamente os tempos de espera têm sido reduzidos".

Segundo referiu, de acordo com os últimos dados recolhidos, a mediana do tempo de espera por uma intervenção cirúrgica é de "quatro meses" para os doentes oncológicos.

"É muito, obviamente reconheço, mas há uns meses atrás era de seis meses e temos vindo progressivamente a reduzir esse tempo de espera, é isso que temos vindo a conseguir", sustentou.

Ana Jorge lembrou que as listas de espera oncológicas e todas as outras estão a ser acompanhadas pelo sistema de gestão dos utentes inscritos para cirurgia (SIGIC).

"Quanto melhor é um sistema informático e melhor funciona mais capacidade temos de conhecer a realidade e este número significa que registamos melhor", sublinhou a governante.

A notícia de que nos primeiros seis meses de 2008 integraram a lista de inscritos para cirurgia 22 mil doentes com cancro, mais 3000 do que no mesmo período de 2007, foi hoje avançada pelo "Diário de Notícias", que cita o coordenador do SIGIC, Pedro Gomes.

Segundo o mesmo responsável, a espera provável caiu de 51 para 38 dias, o que significa que ainda há muitos doentes a serem operados para lá do tempo recomendado de quatro semanas.