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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Seg Dez 15, 2008 9:16 am

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Alegre já admite alternativa para ir a votos


JOÃO PEDRO HENRIQUES
Esquerdas. O fórum Democracia e Serviços Públicos reuniu-se ontem. Manuel Alegre disse que o objectivo é definir uma nova "alternativa de poder" à esquerda, com uma "nova base programática" que até pode "ir a votos". Uma alternativa que, no seu entender, não se pode fazer sem eleitores e simpatizantes do PS

Deputado do PS quer "uma nova esperança e uma nova alternativa"

As portas para a formação de um novo partido à esquerda estão completamente escancaradas. Foi Manuel Alegre quem disso tratou, ontem, no discurso com que encerrou, em Lisboa, o Fórum Democracia e Serviços Públicos, segundo episódio do chamado Fórum das Esquerdas" (o primeiro foi em 3 de Junho passado, com um comício no Teatro da Trindade).

No discurso, o deputado socialista foi o mais claro que podia ser: "A reconfiguração da esquerda implica a capacidade e a vontade de construir uma perspectiva alternativa de poder." E embora "talvez aqui as convergências sejam mais difíceis de construir", há que ter uma "nova coragem", a "coragem de virar a página e construir uma nova esperança e uma nova alternativa". É preciso, disse, quebrar um "novo tabu": aquele em de um lado está uma esquerda [a do PS] que quando é Governo "deixa de ser praticante"; e, do outro, outra esquerda [a do PCP e a do Bloco de Esquerda] "que se acantona no contrapoder".

Um novo partido? Alegre foi insistentemente questionado pelos jornalistas. Depois de dizer que o fórum de ontem é para continuar tendo em vista uma "nova base programática", reconheceu que essa nova base programática é para ser escrutinada pelos cidadãos eleitoralmente. "É para ir a votos. Não sou eu que defendo a insurreição. Já defendi, em tempos, mas agora não", afirmou, acrescentando: "Tudo é permitido porque tudo é permitido por lei." Seja como for, manteve as opções em aberto, afirmando que não lhe "cabe dizer a forma" como se organizará essa "nova esperança e nova alternativa": "Não vou decretar um partido."

Para já, "mudamos, discutindo" e resumir todo o debate em curso à possibilidade de uma cisão no PS "é um estereótipo". Porque "o PS até pode mudar". Aliás, fez questão de dizer no discurso, "com toda a franqueza e fraternidade", que "a reconfiguração da esquerda não se fará sem o concurso de eleitores, simpatizantes do Partido Socialista", dirigindo-se directamente aos militantes descontentes com a governação: "É para eles que vai neste momento o meu pensamento e a minha fidelidade de militante socialista."

Aparentemente, os "avanços" de Manuel Alegre sobre a possibilidade da criação de uma nova formação partidária não caíram muito bem no seu outro parceiro na organização do fórum de ontem, o Bloco de Esquerda. "A construção de uma alternativa não é a criação de um novo partido, mas sim não nos comprometermos com a política que defende as grandes fortunas", disse Francisco Louçã, líder do partido, aos jornalistas, após a sessão de encerramento. Já antes tinha afirmado: "Não viemos aqui discutir a formação de um novo partido."

Ana Drago, deputada, e representante do BE na sessão de encerramento, passou ao lado do assunto. Limitou-se a dizer que os participantes na iniciativa estiveram - ontem como no comício do Teatro da Trindade - a "refazer a geografia do debate político à esquerda". "Para nós é um capital de esperança", acrescentou, afirmando um único "compromisso de mudança" face ao estado do País: "Não podemos, não queremos continuar a viver assim." Maria do Rosário Gama, professora, militante do PS, presidente do conselho executivo da escola secundária Infanta D. Maria (Coimbra), foi a primeira oradora do encerramento do fórum. Num discurso fortemente crítico para a ministra da Educação, exclamou, a certa altura, lendo partes do programa eleitoral do PS para a educação prometendo melhorar a "auto-estima" dos professores: "Só dá vontade de rir." E a audiência - a Aula Magna estava dois terços preenchida - riu-se.
RONALDO ALMEIDA
RONALDO ALMEIDA

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