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A CRISE E O TURISMO EM PORTUGAL

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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Ter Dez 30, 2008 10:10 am

Ingleses menos receptivos a viajar face à crise económica interna
Libra aproxima-se da paridade com o euro e afasta turistas britânicos de Portugal
30.12.2008 - 08h40
Por Sérgio Aníbal, Ana Rita Faria
Pedro Cunha (arquivo)

A recessão económica do Reino Unido, acompanhada com o agravamento do desemprego, irá limitar a vinda de turistas britânicos para o Algarve
A libra voltou ontem a registar uma quebra forte face ao euro, tornando cada vez mais provável a chegada à paridade entre as duas moedas durante os próximo dias e acentuando as dificuldades dos operadores turísticos portugueses para atraírem clientes provenientes do Reino Unido.

Ontem, a divisa britânica caiu para um valor próximo de 1,025 euros, um novo mínimo face à moeda única. A perda acumulada desde o início do ano é já de quase 25 por cento.

A travagem brusca da economia britânica e o facto do Banco de Inglaterra (BoE) estar a ser mais rápido a descer taxas que o Banco Central Europeu (BCE) são os principais motivos da descida da libra face ao euro. Não é que na Zona Euro, o cenário seja brilhante, mas a verdade é que no Reino Unido as perspectivas são ainda muito mais sombrias.

As últimas previsões de crescimento económico para 2009 apresentadas pelo Governo britânico apontam para uma taxa situada entre -0,75 e -1,25 por cento. Mas projecções mais recentes, como as do Centre for Economics and Business Research (CEBR) já apontam para uma contracção de 2,9 por cento. Além disso, o BoE, durante este ano, passou a sua taxa de juro de referência de 5,5 para dois por cento, enquanto o BCE passou de 4,25 para 2,5 por cento. Esta diferença torna a libra menos atractiva que o euro para os investidores.

Turismo nacional afectado

Para a economia nacional, a desvalorização da libra estrelina traz consigo consequências negativas para o sector exportador. O Reino Unido é o quarto principal destino de mercadorias portuguesas e, ao nível dos serviços, especialmente do turismo, os britânicos são tradicionalmente clientes com um peso decisivo nos resultados das exportações. Segundo dados do Banco de Portugal, os turistas britânicos foram responsáveis por receitas de 1,5 mil milhões de euros até Outubro, mais de 20 por cento do total de receitas do turismo nacional (6,6 mil milhões).

Com a libra a travar o seu poder de compra fora de portas, são de esperar mudanças importantes nos fluxos turísticos que saiam do Reino Unido. Um estudo recente da associação britânica de agências de viagens e do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país revelou que, no próximo ano, muitos britânicos vão trocar as habituais férias na Europa continental por regiões como a Turquia, México, Egipto, Caraíbas, Islândia ou Dubai. Tudo para escapar ao euro.

Portugal irá fazer também parte da lista negra dos britânicos. Para o presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), José Carlos Pinto Coelho, a quebra da libra "é uma má notícia para um país que tem no Reino Unido o seu principal mercado emissor de turistas".

Os últimos números já mostram sinais de crise. De Janeiro a Outubro, as receitas provenientes dos turistas britânicos caíram 2,2 por cento em relação ao ano anterior. E, sustenta o presidente da CTP, as perspectivas para 2009 são tudo menos optimistas. "Desde Outubro que há quedas de 20 por cento no volume de vendas em Portugal (número de turistas mais quantidade de dinheiro gasto) e não está a abrandar", salienta. Uma das regiões que mais corre o risco de sair a perder é o Algarve.

Segundo o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Elidério Viegas, a quebra no número de turistas britânicos, que detêm a maior fatia do turismo na região, fez já a taxa de ocupação hoteleira cair mais de seis por cento desde o início do ano. As previsões são de agravamento da situação.

"Com a libra fraca e a recessão a atingir o nosso principal mercado emissor, o Algarve começa a perder competitividade para a concorrência directa, situada na bacia do mediterrâneo, e até mesmo para destinos mais distantes", sublinha Elidério Viegas.

A possibilidade de uma recuperação da libra durante o próximo ano não é descartada pelos analistas, mas mesmo isso não deveria evitar uma quebra do número de turistas britânicos a sair do país em 2009.

Ontem, a consultora The Chartered Institute of Personnel and Development (CIPD) publicou um relatório em que prevê o aparecimento de mais 600 mil desempregados no Reino Unido durante o próximo ano. É que a crise profunda que atravessa a economia britânica pode tornar ainda mais difícil a saída de turistas britânicos para fora do país em 2009. Num cenário deste tipo, é difícil evitar a diminuição dos gastos com bens e serviços não essenciais, como as viagens ao estrangeiro.
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Ter Dez 30, 2008 10:13 am

Tráfego aéreo internacional acentua queda em Novembro
30.12.2008 - 11h12
Por AFP
João Henriques (arquivo)

O abrandamento da maioria das grandes economias mundiais está a reflectir-se no sector da aviação
O tráfego aéreo internacional de passageiros sofreu em Novembro uma forte contracção de 4,6 por cento, terminando um período de três meses de quedas consecutivos do mercado da aviação. O transporte de mercadorias foi a área mais afectada pela recessão em que se encontram muitas economias mundiais, registando um trambolhão de 13,5 por cento nesse mês.

Para o director da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês), Giovanni Bisignani, os números do último trimestre do ano serão “muito pesados”, em sintonia com a forte travagem da economia mundial e as perspectivas de manutenção do cenário sombrio na primeira metade do ano seguinte.

Nos dois meses anteriores, em Setembro e Outubro, o sector caiu 2,9 e 1,3 por cento, respectivamente, face a idênticos meses de 2007, lembra ainda o dirigente da IATA, que demonstra a sua perplexidade em relação aos números do transporte aéreo de mercadorias: “Essa baixa de 13,5 por cento do tráfego internacional de mercadorias é traumatizante. Tendo em conta que o transporte aéreo assegura 35 por cento do valor das trocas internacionais, estes números demonstram a rápida queda do comércio mundial e a propagação do impacto do abrandamento económico”, sublinhou ainda Bisignani.
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