Exército norte-americano pede desculpa por carta enviada a famílias de soldados mortos 08.01.2009 -

Exército norte-americano pede desculpa por carta enviada a famílias de soldados mortos
08.01.2009 - 16h59 Jorge Marmelo
O exército norte-americano foi ontem obrigado a pedir desculpa às famílias de sete mil soldados mortos em combate no Iraque e no Afeganistão, às quais tinha escrito, no final de Dezembro, uma carta informando-as sobre instituições de apoio a que poderiam recorrer em caso de necessidade. O propósito era louvável, mas foi seriamente prejudicado pelo facto de todas as cartas terem sido endereçadas a “John Doe”, começando invariavelmente pela frase “Dear John Doe”.

O responsável pelo departamento de recursos humanos do exército, general George W. Casey, fez já seguir uma segunda carta para os familiares, explicando que o erro se deveu ao facto de o envio da carta ter sido encomendado a uma empresa externa, atribuindo o lapso a “um erro de impressão”. As cartas deviam ter sido automaticamente endereçadas para as moradas dos familiares dos soldados mortos em combate, com os nomes destes, mas acabaram por seguir com um nome pré-definido (John Doe) e que devia ter desaparecido na impressão.

No pedido formal de desculpas, citado pela agência Associated Press, Casey alude ao facto de o seu pai ter também falecido na guerra do Vietname, acrescentando que o exército é “extremamente sensível” ao luto e à dor das famílias. Na carta de ontem, que também foi publicada no site da instituição, o vice-chefe do Estado-maior do Exército, Reuben Jones, diz que “não existem palavras adequadas para pedir desculpa por este erro e para corrigir a dor que pode ter causado”.

Um porta-voz do exército, também citado pela Associated Press, acrescentou que a informação relativa às instituições de apoio às famílias estava correcta e que, por isso, a intenção original da carta não se perdeu totalmente.