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Burlão preso pela PJ queria ajudar Sampaio

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Mensagem por Vitor mango Sáb Jun 28, 2008 2:50 pm

Burlão preso pela PJ queria ajudar Sampaio
Duo queria instalar uma fábrica de aviões para conseguir financiamentos
00h00m
carlos varela

A ideia era a criação de uma empresa aeronáutica e o lançamento de outros projectos em Portugal. O ponta de lança era o representante belga de um pretenso príncipe, da terra de Drácula, que agora foi preso, pela PJ, por burla e branqueamento.

A operação policial teve como designação "Sonho de Príncipe" e pôs fim a vários anos de operação do duo, em Portugal, em que várias autarquias, empresários, bancos e mesmo a comunicação social foram sucessivamente enganados por projectos que afinal não tinham qualquer consistência. O burlão chegou a oferecer ajuda, por carta, a Jorge Sampaio, quando ele era ainda presidente da República. A ideia era apoiar no combate à seca e em investimentos no país. O truque visava ganhar confiança para conseguir créditos junto da banca e de empresários para sustentar projectos inexistentes ou sem qualquer consistência.

Os primeiros passos foram dados em Ponte de Sor, onde vivia Christian B. D., belga que se tornou representante de um seu conterrâneo, Tristan G., que se apresentava como príncipe herdeiro da Transilvânia, a região da Roménia de onde é oriundo o conde Drácula. O alegado príncipe, através do representante, dizia-se herdeiro de uma fortuna colossal.

E foi em Ponte de Sor que nasceu a ideia da fábrica de aviões. Daí, os dois homens foram para Arraiolos e, depois, para Évora, onde que o projecto ganhou mais visibilidade.

Já, entretanto, tinha nascido a empresa Falcon Wings e o alegado príncipe e o seu representante chegaram a acordo com a Câmara Municipal de Évora para a instalação da fábrica, que produziria, inclusive, uma aeronave de combate a incêndios.

"Não temos dúvidas quanto à rentabilidade do investimento, no que diz respeito à construção do avião de combate a incêndios e de grande eficiência", disse, em 2006, Tristan G., citado pela comunicação social. Então, tinha sido assinado um contrato em que a edilidade cedia um terreno de mais de 2800 metros quadrados, por um prazo de 15 anos, para a instalação da fábrica.

A Câmara só teve dúvidas quando viu que os contentores que seriam os escritórios da firma tinham sido levados pelo fornecedor por falta de pagamento. O passo seguinte foi a denúncia do contrato. Ontem, o presidente da edilidade, José Ernesto Oliveira, afirmou, ao JN, que a autarquia "não perdeu nem um centavo".

Do Alentejo, o duo passou para a Covilhã, mais uma vez esgrimindo com o projecto da fábrica de aviões. Porém, desta vez, o projecto foi vez chumbado pela autarquia, assim como pela Universidade da Beira Interior, chamada a pronunciar-se, segundo fonte da autarquia adiantou ao JN.

E foi na Covilhã que Christian D. acabou por ser preso pela Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica. Quanto ao "príncipe" está fora do país, mas as investigações prosseguem por parte da Judiciária.
Vitor mango
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