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Is­ra­el: tu­do à di­rei­ta A guerra na Faixa de Gaza provocou dias de incertezas e medo entre os israelenses. O resultado está nas urnas das eleições que aconteceram na semana passada.

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Is­ra­el: tu­do à di­rei­ta  A guerra na Faixa de Gaza provocou dias de incertezas e medo entre os israelenses. O resultado está nas urnas das eleições que aconteceram na semana passada. Empty Is­ra­el: tu­do à di­rei­ta A guerra na Faixa de Gaza provocou dias de incertezas e medo entre os israelenses. O resultado está nas urnas das eleições que aconteceram na semana passada.

Mensagem por Admin Seg Fev 16, 2009 7:27 am

Is­ra­el: tu­do à di­rei­ta

A guerra na Faixa de Gaza provocou dias de incertezas e medo entre os israelenses. O resultado está nas urnas das eleições que aconteceram na semana passada. O país deu uma guinada para a direita que assustou o mundo todo

HERBERT MORAES é correpondente da TV Record em Israel.
É pre­ci­so pa­ci­ên­cia e dis­po­si­ção pa­ra en­ten­der as elei­ções le­gis­la­ti­vas de Is­ra­el. O sis­te­ma elei­to­ral do Es­ta­do Ju­deu é um dos mais com­pli­ca­dos do mun­do. A vi­tó­ria no dia 10 de fe­ve­rei­ro fi­cou com o Ka­di­ma e sua lí­der, Tzi­pi Liv­ni. Se­gun­do os re­sul­ta­dos não de­fi­ni­ti­vos pu­bli­ca­dos na quar­ta-fei­ra de ma­nhã, o par­ti­do cen­tro-di­rei­ta pa­re­ce efe­ti­va­men­te ter ob­ti­do o pri­mei­ro lu­gar, com uma ca­dei­ra a mais do que o Likud de Ben­ja­min Ne­tanya­hu. O Ka­di­ma ga­nhou mas não le­vou. O par­ti­do da di­rei­ta, se­gun­do ana­lis­tas, tem mais con­di­ções de for­mar uma co­a­li­zão com ou­tros par­ti­dos. A vi­ra­da pa­ra a di­rei­ta-ex­tre­mis­ta de Is­ra­el pre­o­cu­pa o mun­do. A co­mu­ni­da­de in­ter­na­ci­o­nal, os EUA, o mun­do ára­be. To­dos es­pe­ram pe­la in­di­ca­ção que o pre­si­den­te Shi­mon Pe­res de­ve fa­zer na se­ma­na que vem, apon­tan­do quem de­ve for­mar o no­vo go­ver­no.

Os nú­me­ros mos­tram que o Likud pas­sou, en­tre 2006 e 2009, de 12 pa­ra 27 lu­ga­res; o par­ti­do de ex­tre­ma-di­rei­ta Is­ra­el, Nos­sa Ca­sa, de Avig­dor Li­e­ber­man, de 11 pa­ra 15; e a Uni­ão Na­ci­o­nal de 9 pa­ra 4. Ou se­ja, no to­tal, es­tas for­ma­ções dão um sal­to de 32 pa­ra 46 de­pu­ta­dos (em 120). É cer­to que mui­tos elei­to­res vo­ta­ram em Li­e­ber­man. Pra­ti­ca­men­te to­da co­mu­ni­da­de rus­sa, que de­fen­de um Es­ta­do lai­co. A ques­tão do ca­sa­men­to ci­vil em Is­ra­el vem sen­do dis­cu­ti­da há anos. Por aqui o ca­sa­men­to só e vá­li­do quan­do acon­te­ce sob as bên­çã­os dos ra­bi­nos. Quem não é ju­deu tem que sa­ir do pa­ís pa­ra ca­sar em ou­tro lu­gar. Mas es­ta nu­an­ce não di­mi­nui ver­da­dei­ra­men­te a im­por­tân­cia da vi­ra­da à di­rei­ta.

Es­te avan­ço cor­res­pon­de, é cla­ro, a mais um re­cuo da es­quer­da — se é que es­ta pa­la­vra tem sen­ti­do quan­do se tra­ta do Par­ti­do Tra­ba­lhis­ta, fal­cão no ex­te­ri­or e ne­o­li­be­ral no in­te­ri­or. Se o mi­nis­tro da De­fe­sa, Ehud Ba­rak, pen­sou que a ofen­si­va que de­sen­ca­de­ou con­tra Ga­za lhe per­mi­ti­ria re­con­quis­tar a po­pu­la­ri­da­de, mais uma vez se en­ga­nou. O seu par­ti­do per­deu en­tre 19 e 13 lu­ga­res. Ao seu la­do, o no­vo Me­retz, que apoi­ou o lan­ça­men­to da ope­ra­ção em Ga­za, fi­cou ape­nas com três de­pu­ta­dos (o an­ti­go ti­nha cinco). Quan­to aos cha­ma­dos par­ti­dos ára­bes (a Fren­te De­mo­crá­ti­ca Had­dash é um mo­vi­men­to ju­dai­co-ára­be), não fo­ram atin­gi­dos pe­la pa­la­vra de or­dem de boi­co­te, ob­ten­do até mais um de­pu­ta­do do que em 2006 (11 con­tra 10).

Israelense vai às urnas: direita se fortalece e preocupa o mundo
É evi­den­te­men­te de­ma­si­a­do ce­do pa­ra pro­por uma aná­li­se com­ple­ta des­tas ten­dên­cias, sem dú­vi­da ex­pli­ca­das por vá­ri­as ra­zões:

- As elei­ções acon­te­ce­ram sob a som­bra da guer­ra em Ga­za que ha­via ter­mi­na­do du­as se­ma­nas an­tes. Num cli­ma de ma­ni­pu­la­ção da co­mu­ni­ca­ção so­ci­al, a pre­o­cu­pa­ção com a ca­pa­ci­da­de de de­fe­sa de Is­ra­el — sim­bo­li­ca­men­te pos­ta em xe­que pe­los fo­gue­tes do Ha­mas, de­pois dos do He­bol­lah — fez com que as in­qui­e­ta­ções so­bre se­gu­ran­ça pas­sas­sem mui­to à fren­te das ques­tões eco­nô­mi­cas e so­ci­ais. A pro­cu­ra de um ho­mem for­te, de um lí­der, ca­paz de im­por as con­di­ções de Is­ra­el aos ára­bes, fez sem dú­vi­da com que os elei­to­res que se opõem à po­lí­ti­ca ne­o­li­be­ral da di­rei­ta, vo­tas­sem, ape­sar de tu­do, em Ne­tanya­hu ou Li­e­ber­man…

- Con­tu­do, es­te con­sen­so na­ci­o­na­lis­ta ou até be­li­cis­ta, re­for­ça­do pe­lo am­bi­en­te de guer­ra, ex­pli­ca-se tam­bém por um ele­men­to es­tru­tu­ral da po­lí­ti­ca is­ra­e­len­se que se ob­ser­va por aqui há mais de uma dé­ca­da: não há qual­quer for­ça re­pre­sen­ta­ti­va que apre­sen­te uma po­lí­ti­ca al­ter­na­ti­va. A ve­lha pa­la­vra de or­dem "Ein bre­ra" (não te­mos op­ção) foi fa­cil­men­te re­cu­pe­ra­da por to­dos os par­ti­dos — com ex­ce­ção dos par­ti­dos ára­bes e, por ve­zes, o Me­retz —, que res­pon­deram sim, há ou­tra op­ção. Só as vo­zes dos an­ti­co­lo­ni­a­lis­tas, par­ti­cu­lar­men­te iso­la­das, de­fen­dem a pers­pec­ti­va de um Es­ta­do Pa­les­ti­no in­de­pen­den­te, fun­da­do sob re­so­lu­ções das Na­ções Uni­das.

- Úl­ti­mo as­pec­to, que é sem dú­vi­da o mais pre­o­cu­pan­te: a mo­bi­li­za­ção an­ti-ára­be já não vi­sa ape­nas os pa­les­ti­nos da Cis­jor­dâ­nia e da Fai­xa de Ga­za, mas tam­bém, e mais aber­ta­men­te do que nun­ca, os pró­prios ára­bes de Is­ra­el. Li­e­ber­man, quan­do pôs em cau­sa o es­ta­tu­to dos ci­da­dã­os pa­les­ti­nos, foi com efei­to acom­pa­nha­do, em di­fe­ren­tes graus, por Ne­tanya­hu e até por Liv­ni. E es­te enor­me aten­ta­do ao que ha­bi­tu­al­men­te se cha­ma a de­mo­cra­cia is­ra­e­len­se é acom­pa­nha­do por uma ame­a­ça em re­la­ção ao fu­tu­ro: os ára­bes de Is­ra­el. Se a di­rei­ta de Li­e­ber­man se for­ta­le­cer ain­da mais tal­vez acon­te­ça ou­tras ex­pul­sões co­mo as de 1948 e 1967
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Mensagem por Admin Seg Fev 16, 2009 7:28 am

- Úl­ti­mo as­pec­to, que é sem dú­vi­da o mais pre­o­cu­pan­te: a mo­bi­li­za­ção an­ti-ára­be já não vi­sa ape­nas os pa­les­ti­nos da Cis­jor­dâ­nia e da Fai­xa de Ga­za, mas tam­bém, e mais aber­ta­men­te do que nun­ca, os pró­prios ára­bes de Is­ra­el. Li­e­ber­man, quan­do pôs em cau­sa o es­ta­tu­to dos ci­da­dã­os pa­les­ti­nos, foi com efei­to acom­pa­nha­do, em di­fe­ren­tes graus, por Ne­tanya­hu e até por Liv­ni. E es­te enor­me aten­ta­do ao que ha­bi­tu­al­men­te se cha­ma a de­mo­cra­cia is­ra­e­len­se é acom­pa­nha­do por uma ame­a­ça em re­la­ção ao fu­tu­ro: os ára­bes de Is­ra­el. Se a di­rei­ta de Li­e­ber­man se for­ta­le­cer ain­da mais tal­vez acon­te­ça ou­tras ex­pul­sões co­mo as de 1948 e 1967
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Mensagem por Vitor mango Seg Fev 16, 2009 8:14 am

É cer­to que mui­tos elei­to­res vo­ta­ram em Li­e­ber­man. Pra­ti­ca­men­te to­da co­mu­ni­da­de rus­sa, que de­fen­de um Es­ta­do lai­co. A ques­tão do ca­sa­men­to ci­vil em Is­ra­el vem sen­do dis­cu­ti­da há anos. Por aqui o ca­sa­men­to só e vá­li­do quan­do acon­te­ce sob as bên­çã­os dos ra­bi­nos. Quem não é ju­deu tem que sa­ir do pa­ís pa­ra ca­sar em ou­tro lu­gar. Mas es­ta nu­an­ce não di­mi­nui ver­da­dei­ra­men­te a im­por­tân­cia da vi­ra­da à di­rei­ta.


Isto é o absurdo dos absurdos
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