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Historias de Economia...

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Mensagem por Viriato Dom Fev 22, 2009 5:56 am

Querido Economista

21/02/09 00:01 | Tim Hartford - DE


Tenho um namorado excepcional. Estamos juntos há cinco anos, temos um filho e pretendemos ter mais. Tenho um bom emprego que gostaria de manter e um salário que não é nada mau.

O meu namorado ganha um pouco mais do que eu e temos uma vida desafogada. Estamos ambos nos trinta e poucos, mas tenho medo que, quando tivermos três filhos e ao fim de dez anos depois a viver comigo, ele fuja com uma mulher mais nova. Acha que devia casar com ele? C.M., França


Cara C.M.
Os economistas analisaram alguns dados relativos ao "speed dating" e aos namoros pela Internet e as suas conclusões foram ao encontro daquilo que todos já sabíamos: os homens gostam de mulheres novas e as mulheres gostaram de homens ricos. No seu caso, não compreendo porquê tanto nervosismo.

Li várias vezes a sua carta e continuo sem perceber se o risco de deserção do seu namorado é motivo suficiente para se querer casar ou para não o fazer. Tanto faz: a teoria do jogo, uma teoria que os economistas gostam de aplicar para melhor compreenderem a forma como as pessoas racionais interagem entre si, pode ser aqui muito útil. Tem três opções: deixá-lo já; ficarem juntos mas não casarem; ou casarem já. Daqui a dez anos, das duas uma: ele fica consigo ou foge com a ‘baby-sitter'.

Deixá-lo seria uma opção estranha: já têm um filho em comum, têm um bom relacionamento e deixá-lo em nada alterará a lógica e a psicologia da evolução que, por mais desagradável que lhe possa parecer, a colocará sempre em crescente desvantagem face às mulheres mais novas à medida que for envelhecendo. Continuar a viver com o seu namorado parece ser o mais sensato, se bem que, se ele fugir terá menos poder negocial se não forem casados. Casar com ele parece ser a melhor solução: a existência deste tipo de contrato entre duas pessoas, na maioria das jurisdições, leva as pessoas a evitarem determinados tipos de comportamento. Provavelmente não vai conseguir impedir que ele a deixe um dia, mas pode fazer sempre com que isso lhe saia bem caro caso decida fazê-lo.


Parece que já estou a ouvir os sinos da igreja a anunciar a boda?!

Exclusivo Financial Times

Tradução de Carlos Tomé Sousa
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Historias de Economia... Empty Re: Historias de Economia...

Mensagem por Viriato Dom Fev 22, 2009 5:57 am

Nova lei da sobrevivência: fazer mais e vestir melhor

21/02/09 00:01 | Lucy Kellaway - DE

No Verão passado tive o prazer de jantar, em Roma, com um grupo de gestores de seguros italianos e britânicos. A ordem dos temas debatidos foi aleatória - do estado do tempo (quente) à economia (que cada vez arrefece mais) - até ao momento em que alguém lançou o tema das meias.

De repente, o serão ganhou vida. Os elementos do sexo masculino recuaram nas cadeiras e começaram a arregaçar as calças para exibirem as peúgas. Os britânicos traziam meias curtas, uns dois centímetros acima do tornozelo e deixam a descoberto boa porção de perna branca e esquálida, os italianos calçavam elegantes meias de seda até ao joelho. O olhar de uns e outros era de total horror e incompreensão.

Um destes dias, estava eu a ler um blogue quando me veio à memória este episódio. O autor do blogue, crítico de moda, tecia conselhos sobre o que os homens devem vestir no dia em que forem despedidos. "A roupa que usar nesse dia deve transparecer imagem de profissionalismo e empregabilidade, embora também transmitir um toque de confiança e a certeza de que a saída se vai traduzir numa mudança para melhor. O ideal é escolher um fato de tons sóbrios e uma camisa de cor forte".

O conselho seduziu-me, tal como a escrita, pelo seu mau gosto. Mas não se pode dizer o mesmo da maioria das pessoas que se deu ao trabalho de reagir colocando ‘posts' no blogue, e a quem os conselhos indignaram. E fizeram-no com sobranceria, acusando o autor de se focalizar em aspectos acessórios e inúteis quando o mundo atravessa momentos difíceis.

Estes leitores não perceberam o espírito da coisa. É nos momentos mais difíceis que os aspectos acessórios ganham mais relevo. As opções de vestuário dos gestores são tudo menos assunto trivial. Espreitar as meias de alguém pode revelar a sua nacionalidade; e analisar a indumentária dar pistas sobre o ramo de negócio e o estado da economia. As recessões têm o condão de nos pôr mais giros, de nos levar a caprichar no que vestimos. Não é só no "Dia D" (de despedimento) que fica bem vestir fato sóbrio.

Na semana passada assisti a uma conferência para gestores de Recursos Humanos (RH) em Londres. Todos usavam fato e gravata, mas lembro-me que há dois anos todos vestiam de forma mais casual. Os gestores de RH estão na linha da frente do mercado de emprego, ou seja, estão em cima do acontecimento, estão ‘in'. E se eles acham que os fatos estão ‘in' é porque estão, ponto final.

O "look" casual, antes celebrado como sinal de igualitarismo e informalidade, hoje é sinónimo de desleixo, desmazelo. Exemplos? Stephen Hester, presidente do Royal Bank of Scotland, foi fotografado num domingo a sair do edifício do Tesouro em calças de ganga e camisola bege com aplicações de camurça nos ombros. Os clientes manifestaram desagrado. Um chegou ao cúmulo de escrever ao "Financial Times"informando de que Hester calçava chinelos da Marks Spencer idênticos aos que o leitor recebera no Natal. A ditadura da moda abateu-se sobre nós. Agora, parece que todos consideram o "look" informal execrável, ao ponto de muitos pensarem que um homem que veste casual tem fortes probabilidades de adoptar a mesma postura - leviana - quando está a gerir o nosso dinheiro.

O novo conceito de "elegância" nasceu da paranóia. Conheço um homem que saiu a correr do trabalho para comprar umas camisas em Jermyn Street - onde estavam a fazer "mega saldos" - para transmitir ao chefe que gostaria de não ser despedido. Tudo indica que fez um bom investimento: mantém o emprego e diz que o ritual de engomar as camisas tem sido uma excelente forma de recordar o quão importante é o seu trabalho. Além disso, diz, é graças a esse ritual que hoje valoriza mais aquilo que faz.

Aprendi que damos mais valor ao nos sotrabalho quando temos um look elegante. Até fazer 40 anos, o meu estilo era um "não estilo". Isto é, vestia XL e comprava tudo nos saldos do Gap Kids. Não fazia qualquer esforço para parecer elegante. Depois dos 40 passei a combinar calça ou saia e casaco, a usar rímel e baton, saltos altos e brincos de pérola. Esta transformação visa atenuar as mazelas que advêm da idade, mas não só. Já reparei que quando me visto para impressionar raramente obtenho o resultado pretendido, mas consigo dar algum enlevo ao meu ego, o que é um bom começo.

Mais: também descobri que é uma importante terapia para o "eu". Levanta o moral e deixa-nos mais bem dispostos. Uma amiga foi convidada para um cargo de topo e a primeira decisão foi instituir a "Sexta-feira dos Saltos Altos". As primeiras reacções foram positivas e tudo indica que vai ser um êxito entre as colaboradoras. Quando a conjuntura económica é sombria, não há nada melhor do que vestir bem para nos sentirmos mais animados. Para os homens, o código formal facilita a vida. Evita a tortura diária do "levo ou não levo gravata?" e quanto maior for a formalidade mais demarcada fica a fronteira entre vida profissional e pessoal: se gravata significa trabalho, T-shirt é sinónimo de "dolce far niente".

O que mais me entusiasma neste adeus ao casual/informal é o facto de nos estarmos a despedir de um tipo de pensamento, que qualificaria de torpe e vergonhoso. Mas o mais patético foi termos pensado durante tanto tempo que vestir casual estimulava a criatividade. Tenho acompanhado a série ‘Mad Men' por uma razão prosaica: saber que, nos anos 60, um grupo de criativos de Madison Avenue nunca se confrontou com uma crise de criatividade por andarem bem vestidos deixa-me bem disposta.

Para sobrevivermos a esta recessão temos que nos vestir melhor e trabalhar com mais afinco. Temos que ser prudentes. Temos que subir a pulso.

Temos que ganhar experiência. Todos estes "temos" têm uma mensagem comum: é preciso fazer mais e melhor - custe o que custar.

Exclusivo Financial Times
Tradução de Ana Pina
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Historias de Economia... Empty Re: Historias de Economia...

Mensagem por Socialista Trotskista Dom Fev 22, 2009 6:11 am

Oh Viriato isto parece coisa de regras de etiqueta...

Ainda não cheguei a esse ponto.


Só o Adão e a Eva é que viram tudo a descoberto. cheers cheers cheers cheers

Sempre. Para eles não houve primeira vez. Very Happy

Socialista Trotskista

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Historias de Economia... Empty Re: Historias de Economia...

Mensagem por Viriato Dom Fev 22, 2009 6:26 am

Socialista Trotskista escreveu:Oh Viriato isto parece coisa de regras de etiqueta...

Ainda não cheguei a esse ponto.


Só o Adão e a Eva é que viram tudo a descoberto. cheers cheers cheers cheers

Sempre. Para eles não houve primeira vez. Very Happy

Para mim é só humor. Nada mais que humor...
Viriato
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Historias de Economia... Empty Re: Historias de Economia...

Mensagem por Admin Dom Fev 22, 2009 9:44 am

Humor negro
Admin
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Historias de Economia... Empty Re: Historias de Economia...

Mensagem por Viriato Dom Fev 22, 2009 10:46 am

Admin escreveu:Humor negro

Semi-negro. Efecticamente (e reportando-me ao primeiro post) a tendência será essa. A análise economicista, nos sentimentos, será valorizada, subalternizando outros valores que deveriam prevalecer. Mas é a vida, como dizia o engenheiro (o outro).
Viriato
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