Jornais consideram adaptação às novas regras questão não prioritária
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Jornais consideram adaptação às novas regras questão não prioritária
Jornais consideram adaptação às novas regras questão não prioritária
A maioria dos directores dos jornais portugueses considera que a adaptação ao novo acordo ortográfico, que entrou em vigor no Brasil no primeiro dia de 2009, não é uma questão prioritária, mas há quem já tenha metas traçadas
Apesar de referir que o caminho a seguir na adaptação ao novo acordo ortográfico é uma preocupação sua, António Costa admitiu à Lusa que essa «não é uma questão prioritária nesta altura».
Opinião que é partilhada pelo director do Público, José Manuel Fernandes.
«Neste momento esse tema não é prioritário e não temos planos nem datas» , disse o director do Público.
Também no semanário Expresso ainda não há data marcada para a mudança.
O director do título, Henrique Monteiro, acredita que a adaptação deverá ser feita a nível do grupo Impresa, e não só do Expresso, o que passará por «acordos com os restantes directores das publicações».
No desportivo O Jogo, o tema já começou a ser «discutido», mas ainda não há conclusões até porque no jornal há agora «outras prioridades», de acordo com o director do jornal, Manuel Tavares.
O Correio da Manhã já tem uma «estratégia traçada», mas Octávio Ribeiro, director do título escusou-se a adiantar mais pormenores.
«Anunciaremos [a estratégia] aos nossos leitores, a 19 de Março, dia em que faremos 30 anos» , adiantou.
Entre os poucos títulos que já adoptaram as novas regras, conta-se o desportivo Record onde desde 1 de Janeiro já é possível ler algumas notícias que respeitam o novo acordo ortográfico.
No primeiro dia do ano, a mudança foi referida no editorial do jornal. Desde então, todos os dias é publicado numa das últimas páginas um pequeno texto destinado «a quem estranha».
«Record atualiza-se - Estamos já a aplicar o Novo Acordo Ortográfico. Dada a complexidade da mudança, durante alguns meses utilizaremos nas nossas colunas a ortografia nova e a antiga, para o que pedimos a compreensão dos leitores» , pode ler-se no jornal.
Também o mais antigo jornal de Coimbra, O Despertar, adoptou no início do ano o novo acordo ortográfico.
Em Portugal, o segundo protocolo do Acordo Ortográfico, cuja ratificação era essencial para a sua entrada em vigor, foi aprovado no Parlamento em Maio e promulgado pelo Presidente da República em Julho.
O Acordo Ortográfico foi aprovado em Dezembro de 1990 por representantes de Portugal, Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, porque Timor-Leste só aderiu em 2004, após a independência face à Indonésia.
Para vigorar, o acordo tem de estar ratificado por um mínimo de três dos oito países, o que foi alcançado em 2006 com São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil, seguidos de Portugal.
Lusa / SOL
A maioria dos directores dos jornais portugueses considera que a adaptação ao novo acordo ortográfico, que entrou em vigor no Brasil no primeiro dia de 2009, não é uma questão prioritária, mas há quem já tenha metas traçadas
Apesar de referir que o caminho a seguir na adaptação ao novo acordo ortográfico é uma preocupação sua, António Costa admitiu à Lusa que essa «não é uma questão prioritária nesta altura».
Opinião que é partilhada pelo director do Público, José Manuel Fernandes.
«Neste momento esse tema não é prioritário e não temos planos nem datas» , disse o director do Público.
Também no semanário Expresso ainda não há data marcada para a mudança.
O director do título, Henrique Monteiro, acredita que a adaptação deverá ser feita a nível do grupo Impresa, e não só do Expresso, o que passará por «acordos com os restantes directores das publicações».
No desportivo O Jogo, o tema já começou a ser «discutido», mas ainda não há conclusões até porque no jornal há agora «outras prioridades», de acordo com o director do jornal, Manuel Tavares.
O Correio da Manhã já tem uma «estratégia traçada», mas Octávio Ribeiro, director do título escusou-se a adiantar mais pormenores.
«Anunciaremos [a estratégia] aos nossos leitores, a 19 de Março, dia em que faremos 30 anos» , adiantou.
Entre os poucos títulos que já adoptaram as novas regras, conta-se o desportivo Record onde desde 1 de Janeiro já é possível ler algumas notícias que respeitam o novo acordo ortográfico.
No primeiro dia do ano, a mudança foi referida no editorial do jornal. Desde então, todos os dias é publicado numa das últimas páginas um pequeno texto destinado «a quem estranha».
«Record atualiza-se - Estamos já a aplicar o Novo Acordo Ortográfico. Dada a complexidade da mudança, durante alguns meses utilizaremos nas nossas colunas a ortografia nova e a antiga, para o que pedimos a compreensão dos leitores» , pode ler-se no jornal.
Também o mais antigo jornal de Coimbra, O Despertar, adoptou no início do ano o novo acordo ortográfico.
Em Portugal, o segundo protocolo do Acordo Ortográfico, cuja ratificação era essencial para a sua entrada em vigor, foi aprovado no Parlamento em Maio e promulgado pelo Presidente da República em Julho.
O Acordo Ortográfico foi aprovado em Dezembro de 1990 por representantes de Portugal, Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, porque Timor-Leste só aderiu em 2004, após a independência face à Indonésia.
Para vigorar, o acordo tem de estar ratificado por um mínimo de três dos oito países, o que foi alcançado em 2006 com São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil, seguidos de Portugal.
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