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Silva Lopes defende congelamento e redução de salários

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Silva Lopes defende congelamento e redução de salários Empty Silva Lopes defende congelamento e redução de salários

Mensagem por baladi Qua Mar 04, 2009 12:21 pm

O ex-ministro das Finanças, José Silva Lopes, defendeu hoje o congelamento dos salários da generalidade dos portugueses e uma redução dos salários mais elevados, como uma medida de combate à crise.

O economista acredita que o desemprego pode chegar aos 10% em 2009

"Quem vai pagar de forma mais dolorosa esta crise são os desempregados, julgo que o resto da população deveria também fazer alguns sacrifícios para suavizar esta situação. Sou, por isso, a favor de um congelamento de salários dos portugueses, e de alguma redução nos salários lá em cima", afimou o ex-governador do Banco de Portugal, na Associação Industrial Portuguesa, onde foi condecorado com uma medalha de ouro.

O economista diz-se muito preocupado com o agravamento da actual crise, nomeadamente com o crescimento do desemprego, que admite possa chegar aos 10% em 2009, e considera que este é um daqueles momentos em que é necessário aplicar medidas e políticas "não ortodoxas" com as que referiu em relação aos salários.

Mais do que o efeito que poderá ter ao nível da distribuição da riqueza, o congelamento dos salários ou mesmo a sua redução será sobretudo um sinal de solidariedade, salienta Silva Lopes que defende um aumento significativa da tributação mais alta dos dividendos, uma limitação das deduções em sede de IRS às pessoas de rendimentos mais elevados e a criação de um escalão de IRS mais alto para os mais ricos. "Se as coisas não correrem bem, haverá um agravamento das desigualdades e vamos ter problemas sociais gravíssimos", alertou.

O economista defendeu ainda a necessidade de criação de um instrumento de análise da eficácia da despesa pública, como existe em alguns países, porque defende nem todo o investimento público é bom e deve ser bem pensado, sobretudo numa altura como esta, em que a capacidade de endividamento externo do país poderá ficar mais debilitada. "Tenho dúvidas sobre se a construção de uma terceira travessia do Tejo é um investimento prioritário. E se devemos estar a esgotar nele parte da nossa capacidade de endividamento", questiona.

Silva Lopes admite que 2010 continuará a ser um ano de crescimento económico negativo para a economia portuguesa, e considera que a recuperação dependerá muito do comportamento dos agentes económicos. "Espero que os empresários tenham confiança e mantenham o tal animal spirit", concluiu.


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