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cronica semanal do Mario Soares no DN

4 participantes

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Mensagem por Vitor mango Ter Abr 14, 2009 2:04 am

Crise, Justiça, Democracia

Hojecronica semanal do Mario Soares no DN Icn_comentarioComentar

1.A crise global, de que os meios de comunicação social todos os dias
nos falam, está longe de ter chegado ao fim. Ainda não batemos no
fundo. Pelo menos na Europa, onde as instituições da União ainda não
foram capazes de delinear uma estratégia conjugada ou convergente de
ataque à crise com a necessária coerência interna. Portugal,
infelizmente, não é excepção. Nem podia ser. A crise veio de fora, não
foi gerada cá dentro. Alguns partidos da oposição parece não o terem
ainda compreendido. As medidas, até agora, tomadas para a combater, em
Portugal e não só, têm sido casuísticas, dispersas, atendendo talvez às
necessidades mais urgentes, não digo o contrário, mas sem obedecerem a
um plano de conjunto, que, pelo menos, tenha sido divulgado, explicado
e compreendido pelos cidadãos. E isso, do meu ponto de vista, deveria
ter sido uma prioridade essencial para trazer a tão necessária
confiança às pessoas, no seu conjunto. Ora estamos longe de a ter,
infelizmente.O desemprego continua a crescer, sem que haja
esperança de abrandamento. Todos os dias sabemos que fecham fábricas e
pequenas e médias empresas, comerciais e industriais. A agricultura,
que poderia ser um recurso, não parece ter arrancado. Por outro lado,
não há informação suficiente que nos dê uma perspectiva de conjunto do
que o Governo está a fazer para valer aos mais necessitados, que
perderam os seus empregos e, às vezes, também, as suas casas. Sabemos
que certos bancos receberam milhões para evitar falências, que sem esse
auxílio seriam inevitáveis e indesejáveis. Mas não conhecemos
suficientemente como foi - ou vai ser - gasto esse dinheiro. E se os
prémios e as remunerações dos gestores continuam a ser milionários.No
sábado passado tivemos a notícia, divulgada pelas televisões, vinda do
Banco de Portugal, de que, já em tempo de crise - o que é inacreditável
-, portugueses individuais e empresas depositaram muitos milhões, não
percebi quantos, nos mesmos "paraísos fiscais" do passado. Era útil que
sobre o assunto possa ser dada à opinião pública, por quem de direito,
uma informação completa e uma lista em detalhe com os nomes desses
oportunistas que não aprenderam nada com a crise e só pensam no
dinheiro...Porque se a crise gera necessariamente desemprego, o
desemprego gera mal-estar social e, a prazo, revoltas. É o que está a
acontecer já em alguns países europeus. E - cuidado! - não é impossível
que aconteça também entre nós. Ora só há uma maneira inteligente de
controlar essas eventuais revoltas: prevê-las, em tempo útil, para as
tentar evitar. Não por meios repressivos, que só seriam
contraproducentes. Mas dialogando com os partidos da oposição - com
sentido de responsabilidade - e com os sindicatos, que estão no
terreno, e com as associações de todo o tipo, que se proponham
enquadrar o descontentamento crescente. Porque senão as revoltas
legítimas dos que se sentem desesperados podem gerar o caos e o caos
leva à violência cega. Trata-se de um círculo vicioso que importa
prever e não deixar que se desenvolva: crise, desemprego, mal-estar
social, violência, caos, aumento da crise, democracia posta em causa...O
diálogo responsável entre o Governo e as forças políticas e sindicais -
não o debate público, mormente em tempo de eleições - é indispensável.
É ao Governo que compete a iniciativa. Não se trata, repito, de obter
dividendos de tipo eleitoral. As eleições são outra questão,
importante, sem dúvida, mas não são elas que vão vencer a crise.
Trata-se de uma prioridade: evitar que a crise degenere em revolta e
violência cega, descredibilizando, ao mesmo tempo, os partidos - todos,
sem excepção - e os sindicatos, das diferentes confederações e, por
essa via, pondo em causa a própria democracia.Escrevo isto,
pensadamente. Não sou pessimista. Considero-me realista e procuro ver
com alguma distância. Alerto, os meus compatriotas, para que pensem
pelas suas cabeças, se mobilizem e, assim, possamos evitar o pior. A
confiança em nós mesmos - e no nosso sistema democrático, que vai
festejar 35 anos - é o que nos cumpre, acima de tudo, salvaguardar.Ninguém
sabe ainda se o dinheiro distribuído - ou prometido - pelo Estado aos
bancos e a algumas grandes empresas - portuguesas e estrangeiras - virá
ou não a ter consequências positivas. Como sucede, de resto, nos outros
países europeus. Se não forem acompanhadas por medidas concretas de
auxílio, que cheguem aos mais necessitados, é certo que a confiança não
se fará sentir. Bem pelo contrário. E quais são esses necessitados? Os
desempregados de pequena e longa duração, os jovens que saem das
universidades e escolas à procura do primeiro emprego e encontram as
portas fechadas, os pequenos comerciantes, industriais e agricultores,
a caminho da falência, os imigrantes que ficaram sem trabalho e os
excluídos sociais, os mais idosos, cujas reformas não chegam para viver
com dignidade e fazem parte da legião imensa da pobreza envergonhada.Todos
os dias nos dizem que as taxas do desemprego e da pobreza sobem. Mas,
dizem-nos, de uma forma abstracta, recorrendo a números totais, à
escala do País. É preciso que se façam inquéritos credíveis sobre o que
se passa nos bairros proble- máticos das grandes cidades, mas também
nas aldeias rurais mais afastadas. O que interessa são as pessoas. Só
com esse conhecimento concreto podemos avaliar das desigualdades
efectivas que se vivem no País e o que deveremos fazer para lhes
melhorar as situações. 2.A Justiça vai mal. Posso mesmo dizer,
sem exagero, muito mal. É talvez, a seguir ao aumento do desemprego
(provocado pela crise), das desigualdades sociais (que aumentaram
sensivelmente, nos últimos anos) e da pobreza, abaixo dos limites
mínimos exigíveis de uma parte considerável da população, o sector da
Justiça é dos que está pior e mais desacreditado. Não porque não haja
bons magistrados judiciais e do Ministério Público e bons polícias, na
Judiciária. Há. E alguns até excelentes. Está fora de causa. Mas
porque, nos últimos anos - por razões de corrupção ou outras -, a
interpenetração entre alguns juízes, agentes do Ministério Público e
polícias, com responsabilidades na Judiciária e certos meios da
comunicação social (jornalistas "especializados", no mau sentido, em
fugas de informação) têm vindo a desacreditar a Justiça, com a questão
do segredo de justiça, particularmente tratando-se de processos que,
por uma razão ou por outra, assumem maior expressão mediática ou
envolvem personalidades políticas, empresariais ou futebolísticas. Os
processos eternizam-se, as fugas de informação vindas dos inquiridores
(Ministério Público ou Polícia Judiciária, donde poderia vir, além
deles?) são mais do que muitas, fazendo-se "julgamentos na praça
pública", de que ninguém está livre, baseados em boatos, rumores ou
falsas informações. Sem que ninguém pareça ter força para pôr termo a
uma situação deletéria, que envenena o País e destrói as instituições
que nos regem.É preciso dizer, basta! No Expresso último, o
jornalista Miguel Sousa Tavares, num artigo notável e corajoso, como é
seu timbre, intitulado "Como fritar um primeiro-ministro em lume
brando" escreve, em síntese: "Desgraçadamente, chegámos a um ponto em
que qualquer pessoa, por mais inocente que esteja, e em especial se for
figura pública, pode ser executada em lume brando na praça pública." E
ainda: "É grave que isto possa suceder com qualquer cidadão; é
gravíssimo que isto possa suceder com o próprio primeiro-ministro, não
por ser José Sócrates, no caso, mas pela saúde pública do regime
democrático."É também por isso que escrevi acima: basta! É uma
situação que desacredita profundamente a Magistratura do Ministério
Público e a Polícia Judiciária, bem como os órgãos da comunicação
social que se façam eco de boatos e "fugas de informação" sem
consistência ou de "campanhas" que tenham por objectivo destruir
adversários políticos. Basta! Repito. São erros que se pagam caro. Se
não há provas, digam-no. Se há, apresentem-nas no tribunal respectivo,
em tempo oportuno. Mas não arrastem os processos meses e meses,
envenenando as populações com as piores suspeitas. É um descrédito para
a Justiça e para o País, com reflexos negativos na própria crise que
atravessamos. Trate-se do caso Freeport ou dos McCann, do Apito
Dourado, da Casa Pia ou dos diversos autarcas com processos pendentes
há anos. Uma vergonha nacional! Ora, como disse há dias: "Já enjoa"... C
Vitor mango
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Mensagem por Vitor mango Ter Abr 14, 2009 2:06 am

Ora só há uma maneira inteligente de
controlar essas eventuais revoltas: prevê-las, em tempo útil, para as
tentar evitar. Não por meios repressivos, que só seriam
contraproducentes. Mas dialogando com os partidos da oposição - com
sentido de responsabilidade - e com os sindicatos, que estão no
terreno, e com as associações de todo o tipo, que se proponham
enquadrar o descontentamento crescente.
Vitor mango
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Mensagem por Viriato Ter Abr 14, 2009 5:09 am

Vitor mango escreveu: No Expresso último, o jornalista Miguel Sousa Tavares, num artigo notável e corajoso, como é seu timbre, intitulado "Como fritar um primeiro-ministro em lume brando" escreve, em síntese: "Desgraçadamente, chegámos a um ponto em que qualquer pessoa, por mais inocente que esteja, e em especial se for
figura pública, pode ser executada em lume brando na praça pública." E ainda: "É grave que isto possa suceder com qualquer cidadão; é gravíssimo que isto possa suceder com o próprio primeiro-ministro, não por ser José Sócrates, no caso, mas pela saúde pública do regime democrático."

É também por isso que escrevi acima: basta! É uma situação que desacredita profundamente a Magistratura do Ministério Público e a Polícia Judiciária, bem como os órgãos da comunicação social que se façam eco de boatos e "fugas de informação" sem consistência ou de "campanhas" que tenham por objectivo destruir adversários políticos. Basta! Repito. São erros que se pagam caro. Se não há provas, digam-no. Se há, apresentem-nas no tribunal respectivo, em tempo oportuno. Mas não arrastem os processos meses e meses, envenenando as populações com as piores suspeitas. É um descrédito para a Justiça e para o País, com reflexos negativos na própria crise que
atravessamos. Trate-se do caso Freeport ou dos McCann, do Apito Dourado, da Casa Pia ou dos diversos autarcas com processos pendentes há anos. Uma vergonha nacional! Ora, como disse há dias: "Já enjoa"... C
Viriato
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Ter Abr 14, 2009 7:21 am

JA ENJOA E A falta de justica EM Portugal EM QUE OS grandes, os politicos ESTAO impunes. JA ENJOA e esta RACA DE LIXO DE POLITICOS que tomaram conta do PAIS ja la vao 35 Anos. Sao sempre os MESMOS. Os TACHOS devem ser muito bons!!!! Ja enjoa a MEDIOCRIDADE. Ja enjoa 20 ANOS em que o PAIS nao cresce. ZERO desde 2001!!!! Uma LASTIMA. E ainda teem LATA de amandar pedras a OUTROS PAISES. Porque nao se veem ao espelho?
RONALDO ALMEIDA
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Mensagem por Socialista Trotskista Qua Abr 15, 2009 7:00 am

RONALDO ALMEIDA escreveu:JA ENJOA E A falta de justica EM Portugal EM QUE OS grandes, os politicos ESTAO impunes. JA ENJOA e esta RACA DE LIXO DE POLITICOS que tomaram conta do PAIS ja la vao 35 Anos. Sao sempre os MESMOS. Os TACHOS devem ser muito bons!!!! Ja enjoa a MEDIOCRIDADE. Ja enjoa 20 ANOS em que o PAIS nao cresce. ZERO desde 2001!!!! Uma LASTIMA. E ainda teem LATA de amandar pedras a OUTROS PAISES. Porque nao se veem ao espelho?

Tou nem aí


Socialista Trotskista

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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Qua Abr 15, 2009 11:15 am

VIDIO DEDICADO AOS POLITICOS PORTUGUESES;

https://www.youtube.com/watch?v=dHpSCHxb780
RONALDO ALMEIDA
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