Cheney pede divulgação de mais memorandos sobre torturas 21.04.2009 - 09h00 Maria João Guimarães O antigo vice-presidente norte-americano Dick Cheney juntou-se ontem à polémica sobre os métodos de interrogatório usados pela agência de espionagem norte-am

Cheney pede divulgação de mais memorandos sobre torturas
21.04.2009 - 09h00 Maria João Guimarães
O antigo vice-presidente norte-americano Dick Cheney juntou-se ontem à polémica sobre os métodos de interrogatório usados pela agência de espionagem norte-americana, quando crescem as pressões sobre Obama para abrir um inquérito sobre o uso de técnicas duras.

A Administração Obama autorizou a publicação de memorandos justificando as práticas do ponto de vista legal, uma decisão que tem sido alvo de críticas. O antigo director da CIA Michael Hayden afirmou que a publicação de detalhes sobre as técnicas dava uma vantagem táctica à Al-Qaeda: “Mesmo que não usemos essas técnicas agora, os nossos inimigos podem começar a preparar-se para elas já” e ter vantagem caso voltem a ser usadas, disse.

Cheney afirma que a divulgação foi um erro especialmente porque não foi acompanhada pela publicação de outros memorandos que mostram que estas técnicas “funcionam”.

“Uma das coisas que acho um pouco preocupantes nesta recente revelação é que são postos cá fora os memorandos legais... mas não os memorandos que mostram o sucesso do esforço”, disse Cheney. “Há relatórios que mostram especificamente o que ganhámos em resultado desta actividade”, garantiu. “Peço formalmente que sejam desclassificados agora.”

Controversa, sim. Mas eficaz?

Há um grande debate sobre se o uso de técnicas como o waterboarding conduz de facto a revelações credíveis. A técnica começou por ser usada como treino nos soldados americanos que poderiam ser capturados pelo inimigo em cenários de guerra, e o seu uso “invertido”, nunca tendo sido testado o seu valor como técnica de interrogatório.

Antigos responsáveis da agência têm afirmado que mais de metade da informação que os EUA conseguiram sobre a Al-Qaeda após o 11 de Setembro veio de dois suspeitos nos quais foi usado waterboarding – o autoproclamado “cérebro” do 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e um “alto operacional da Al-Qaeda”, Abu Zubaydah.

Ontem foi divulgado que afinal a técnica de waterboarding foi usada muito mais do que o que se pensava. Agentes da CIA tê-la-ão aplicado 83 vezes em Zubaydah e 183 em Mohammed.

O uso tão alargado de uma técnica que é geralmente considerada tortura causou novo debate sobre a questão, e o "New York Times" diz hoje que Obama está a ser mais pressionado para abrir uma comissão de inquérito. O Presidente já disse que não o faria. Mas o "Times" diz que poderá ser difícil que o Presidente consiga evitar um inquérito.

Aliás, Obama visitou ontem a sede da CIA em Langley, Virginia, para “levantar o moral” dos agentes e repetir que não vai haver acusações contra quem seguiu ordens para técnicas agora ilegalizadas dos agentes que seguiram de boa fé orientações legais da Administração anterior.

Advogados da Administração Bush poderão ser responsabilizados

Barack Obama está a ser criticado de dois lados: primeiro, por organizações de defesa dos direitos humanos e responsáveis da ONU, que querem comissões de inquérito para que seja mais fácil evitar futuros abusos e atropelos, e por outro lado pelos que consideram que a divulgação dos memorandos dá demasiada informação sobre os métodos usados e enfraquece a CIA na sua missão anti-terrorista e que a publicação deu início a uma bola de neve de mais investigações.

Segundo o "New York Times", a saída que a Administração Obama poderá tomar é a de acusar os responsáveis pela justificação legal desta prática. “Assessores não excluíam sanções legais aos advogados de Bush que desenvolveram a base legal para o uso destas técnicas

O antigo vice-presidente norte-americano Dick Cheney juntou-se ontem à polémica sobre os métodos de interrogatório usados pela agência de espionagem norte-americana, quando crescem as pressões sobre Obama para abrir um inquérito sobre o uso de técnicas duras.

ainda nao li a noticia mas tutti kuanto venha do Chenney eu nao meto os tomates fora do seguiro
Este gajo é um puro nazi
provem-me o contrario e oferteço uma garrafa de moscatel de urtiga