22-04-2009 8:59:00 Turismo em África também regride Uma turista fotografa durante um passeio na reserva de Masai Mara, a 340 km de Nairobi, a capital do Quénia. As praias de areias brancas, a vida selvagem e o clima tropical da África Oriental estão a perder o seu poder de atracção para os turistas longínquos, que enfrentam a recessão e o desemprego devido à crise financeira global. Fotografia: Antony Njuguna/Reuters.
|
|
|
Sindicatos prevêem dispensa de 2000 trabalhadores Bancos recusaram proposta sindical de não redução de efectivos em 2009 22.04.2009 - 08h00 Por Cristina Ferreira
Gonçalo Português (arquivo) |
|
A banca prevê ispensar cerca de 2000 trabalhadores, dizem os sindicatos | A Associação Portuguesa de Bancos (ABP) abordou, no início do ano e por iniciativa dos sindicatos, a possibilidade de o sector se comprometer a não avançar, em 2009, com redução de efectivos. Em contrapartida, os trabalhadores aceitavam uma solução de contenção salarial. Mas os representantes da banca não aceitaram a ideia, alegando que não podem abdicar de ter uma política de recursos humanos
Segundo responsáveis sindicais, a banca prevê avançar com a dispensa de cerca de 2000 trabalhadores, a maioria dos quais com contratos a termo que terminam.
A sugestão de suspender as dispensas partiu de Delmiro Carreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), e foi referida no quadro da reunião anual do grupo que negoceia a política salarial para 2009, mas acabou por não ser discutida por falta de apoio do patronato. Na sequência, já numa reunião da direcção da APB, a administração do Santander viria a sugerir que a questão fosse debatida, mas o tema não chegou sequer a ser agendado nem configurou uma proposta concreta.
“Quando a crise rebentou, pareceu-me que uma solução razoável seria os bancos não reduzirem os postos de trabalho, designadamente não cessando os contrato a termo, e os trabalhadores aceitariam uma reivindicação mais moderada dos salários”, explicou ao PÚBLICO Delmiro Carreira, que adiantou que esta solução “foi explicada antecipadamente” ao primeiro-ministro, José Sócrates.
O dirigente sindical esclareceu que quem acabou por levar a “hipótese” até à APB, no quadro das negociações do contrato colectivo de trabalho, foi Paulo Alexandre, delegado e dirigente do SBSI. Em declarações ao PÚBLICO, Paulo Alexandre explicou: "Perante a nossa proposta, os representantes dos bancos no grupo negociador disseram logo que não a aceitavam, pois queriam manter inalterada a sua politica de recursos humanos" e não consideravam oportuna a solução.
No encontro de Fevereiro que é referenciado pelo sindicalista estavam presentes, entre outros, o secretário-geral da APB, Mendes Rodrigues, os directores do BES, Pedro Raposo, e do BPI, Tiago Marques, e ainda o administrador do Santander Totta, Carlos Sitima, que é o presidente deste comité negociador.
O sindicalista explicou ainda que, “apesar de o Santander não se ter manifestado favorável à proposta de não redução de efectivos este ano, no final da reunião, Sitima lhe disse que ele, pessoalmente, e o banco, não viam problemas em a aceitar, pois até lhe parecia uma medida interessante, mas alegou que os outros membros do grupo de trabalho não tinham mostrado disponibilidade para a aceitar”.
No âmbito destas negociações, o patronato (abrangido pelo acordo colectivo de trabalho) colocou em cima da mesa uma proposta de aumento salarial de 0,9 por cento que foi recusada pelos sindicatos. Neste momento, as duas partes, bancos e trabalhadores, ainda não chegaram a acordo quanto aos aumentos para este ano. A CGD e o BCP e alguns dos pequenos bancos estrangeiros não integram este grupo negociador, pois possuem acordos de empresa.
Contactado pelo PÚBLICO para confirmar o conteúdo das reuniões, o Santander Totta preferiu não comentar. Do mesmo modo, o BES recusou falar sobre os encontros, alegando o BPI que não se pronunciava sobre os encontros que mantinha na APB.
|
Achou este artigo interessante? |
|
Sim |
|
|
|
|