Ocidente vê Jordânia como modelo para o Oriente Médio
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Ocidente vê Jordânia como modelo para o Oriente Médio
Ocidente vê Jordânia como modelo para o Oriente Médio
Reino é 'acrobata' entre o Iraque e o conflito israelo-palestino.
G1 está na Jordânia para acompanhar a visita do Papa Bento XVI.
....Daniel Buarque *
Do G1, em Amã
De um lado, o Iraque, devastado por seis anos de uma guerra
contra a maior potência militar do planeta, vivendo sob
constantes ataques terroristas. Do outro, o interminável
conflito entre Israel e os palestinos na Cisjordânia e na Faixa
de Gaza. Acima e abaixo, países mais combativos e polêmicos,
como Síria e Arábia Saudita.
Em meio ao caos político do Oriente Médio, a Jordânia é vista
pelo Ocidente como um modelo a ser seguido pelas outras nações
da região: mais modernizada, menos violenta e seguindo os
interesses dos Estados Unidos e da Europa. O G1
chegou à capital do país, Amã, nesta quarta-feira (6) para
acompanhar a visita do Papa Bento XVI ao Oriente Médio e
desvendar a política, a economia e as curiosidades do Reino
Hashemita da Jordânia.
“A Jordânia tem sido uma ilha de tranquilidade na
região. Desde os anos 1970, os dois reis que lideraram o país
navegaram numa relação internacional sem conflitos, defendendo
seus interesses sem brigar nem mesmo com Israel”, disse ao
G1 o historiador Yehuda Lukacs, diretor do
Centro de Educação Global da Universidade George Mason, nos EUA.
Vista noturna de Amã, capital da Jordânia. (Foto: Divulgação)
A Jordânia é um dos únicos países da região a manter relações
pacíficas e próximas com Israel, contra quem esteve em ação em
sua última guerra, em 1967. Além disso, o último grande ataque
terrorista no país aconteceu há quatro anos, e deixou cerca de
60 mortos.
Foi este perfil, e a vontade de oficializar a boa
relação, que fizeram com que o Rei Abdullah II fosse o primeiro
convidado da região para se encontrar com o presidente
norte-americano Barack Obama depois da sua posse, em janeiro. Os
dois se reuniram em Washington em abril, discutiram as relações
entre EUA e toda a região e pressionaram Israel e palestinos a
darem continuidade ao processo de paz que tenta estabelecer dois
Estados na região.
Equilibrista
Autor de “Israel, Jordan and the peace process” (Israel, Jordânia
e o processo de paz), em que analisa as relações entre o país
judeu e seu vizinho mais moderado, Lukacs alega que o Rei
Hussein, principal líder da história jordaniana recente, manteve
relações pacíficas com o governo israelense “por debaixo da
mesa” antes mesmo de os dois países assinaram acordos de paz.
Essa relação específica, segundo ele, demonstra o tipo de
moderação política da Jordânia, descrita como “pragmática” por
livros, enciclopédias e até mesmo pelo arquivo de informações
públicas da CIA.
“A Jordânia é como um acrobata em uma corda bamba,
tentando equilibrar diferentes forças e interesses”, disse. O
país fazia isso desde a Guerra Fria, quando não se alinhava
oficialmente nem com a União Soviética nem com os Estados
Unidos, e faz atualmente mantendo boas relações com nações mais
radicais da região (e permitindo que grupos radicais como o
Hamas tenham representação em seu território) e com Israel e os
países ocidentais.
Apesar de ser uma monarquia com o poder
centralizado, a Jordânia tem sido elogiada internacionalmente
por um processo de abertura política e econômica desde o governo
do Rei Hussein. “Este é o modelo a ser implementado em outros
países da região, nações modernizadas, mais abertas política e
economicamente, evitando conflitos internacionais e tentando
acertar acordos de paz”, disse Lukacs.
Leia também: Para o Brasil, país é 'fiel da
balança' no Oriente Médio
G1 na Jordânia
Foram mais de 24 horas em trânsito para chegar de São Paulo a
Amã.
Depois de pegar, na segunda-feira (4) à
noite, um voo de 12 horas até Frankfurt, foi preciso esperar
mais 6 horas para entrar em outro avião, e chegar à capital do
país quatro horas depois, já madrugada de quarta-feira pelo
horário do Oriente Médio (6 horas a mais que Brasília).
Chegando ao país, a primeira parada foi a região
do Mar Morto. Quatro grandes hotéis recebem turistas que buscam
as propriedades curativas das águas salgadas dele, que fica na
fronteira com Israel. Chega-se à região depois de pegar uma
estrada de cerca de 50 km, quase inteiramente em descida, já que
o Mar Morto fica a mais de 400 metros abaixo do nível do mar.
* O repórter Daniel Buarque viajou a convite do Jordan
Tourism Board
Vista do Mar Morto, na Jordânia. (Foto: Daniel Buarque/G1)
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Reino é 'acrobata' entre o Iraque e o conflito israelo-palestino.
G1 está na Jordânia para acompanhar a visita do Papa Bento XVI.
....Daniel Buarque *
Do G1, em Amã
De um lado, o Iraque, devastado por seis anos de uma guerra
contra a maior potência militar do planeta, vivendo sob
constantes ataques terroristas. Do outro, o interminável
conflito entre Israel e os palestinos na Cisjordânia e na Faixa
de Gaza. Acima e abaixo, países mais combativos e polêmicos,
como Síria e Arábia Saudita.
Em meio ao caos político do Oriente Médio, a Jordânia é vista
pelo Ocidente como um modelo a ser seguido pelas outras nações
da região: mais modernizada, menos violenta e seguindo os
interesses dos Estados Unidos e da Europa. O G1
chegou à capital do país, Amã, nesta quarta-feira (6) para
acompanhar a visita do Papa Bento XVI ao Oriente Médio e
desvendar a política, a economia e as curiosidades do Reino
Hashemita da Jordânia.
“A Jordânia tem sido uma ilha de tranquilidade na
região. Desde os anos 1970, os dois reis que lideraram o país
navegaram numa relação internacional sem conflitos, defendendo
seus interesses sem brigar nem mesmo com Israel”, disse ao
G1 o historiador Yehuda Lukacs, diretor do
Centro de Educação Global da Universidade George Mason, nos EUA.
Vista noturna de Amã, capital da Jordânia. (Foto: Divulgação)
A Jordânia é um dos únicos países da região a manter relações
pacíficas e próximas com Israel, contra quem esteve em ação em
sua última guerra, em 1967. Além disso, o último grande ataque
terrorista no país aconteceu há quatro anos, e deixou cerca de
60 mortos.
Foi este perfil, e a vontade de oficializar a boa
relação, que fizeram com que o Rei Abdullah II fosse o primeiro
convidado da região para se encontrar com o presidente
norte-americano Barack Obama depois da sua posse, em janeiro. Os
dois se reuniram em Washington em abril, discutiram as relações
entre EUA e toda a região e pressionaram Israel e palestinos a
darem continuidade ao processo de paz que tenta estabelecer dois
Estados na região.
Equilibrista
Autor de “Israel, Jordan and the peace process” (Israel, Jordânia
e o processo de paz), em que analisa as relações entre o país
judeu e seu vizinho mais moderado, Lukacs alega que o Rei
Hussein, principal líder da história jordaniana recente, manteve
relações pacíficas com o governo israelense “por debaixo da
mesa” antes mesmo de os dois países assinaram acordos de paz.
Essa relação específica, segundo ele, demonstra o tipo de
moderação política da Jordânia, descrita como “pragmática” por
livros, enciclopédias e até mesmo pelo arquivo de informações
públicas da CIA.
“A Jordânia é como um acrobata em uma corda bamba,
tentando equilibrar diferentes forças e interesses”, disse. O
país fazia isso desde a Guerra Fria, quando não se alinhava
oficialmente nem com a União Soviética nem com os Estados
Unidos, e faz atualmente mantendo boas relações com nações mais
radicais da região (e permitindo que grupos radicais como o
Hamas tenham representação em seu território) e com Israel e os
países ocidentais.
Apesar de ser uma monarquia com o poder
centralizado, a Jordânia tem sido elogiada internacionalmente
por um processo de abertura política e econômica desde o governo
do Rei Hussein. “Este é o modelo a ser implementado em outros
países da região, nações modernizadas, mais abertas política e
economicamente, evitando conflitos internacionais e tentando
acertar acordos de paz”, disse Lukacs.
Leia também: Para o Brasil, país é 'fiel da
balança' no Oriente Médio
G1 na Jordânia
Foram mais de 24 horas em trânsito para chegar de São Paulo a
Amã.
Depois de pegar, na segunda-feira (4) à
noite, um voo de 12 horas até Frankfurt, foi preciso esperar
mais 6 horas para entrar em outro avião, e chegar à capital do
país quatro horas depois, já madrugada de quarta-feira pelo
horário do Oriente Médio (6 horas a mais que Brasília).
Chegando ao país, a primeira parada foi a região
do Mar Morto. Quatro grandes hotéis recebem turistas que buscam
as propriedades curativas das águas salgadas dele, que fica na
fronteira com Israel. Chega-se à região depois de pegar uma
estrada de cerca de 50 km, quase inteiramente em descida, já que
o Mar Morto fica a mais de 400 metros abaixo do nível do mar.
* O repórter Daniel Buarque viajou a convite do Jordan
Tourism Board
Vista do Mar Morto, na Jordânia. (Foto: Daniel Buarque/G1)
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