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Mensagem por Kllüx Ter Jun 30, 2009 11:12 am

UE: Sector dividido em Portugal quanto ao fim da normalização para alguns frutos e legumes



O fim da normalização para alguns frutos e legumes, em vigor a partir de quarta-feira na União Europeia, divide as organizações do sector agrícola em Portugal, com a CNA a elogiar a medida e a CAP a questionar o seu impacto.

"Não consigo vislumbrar que isto tenha um grande impacto no preço ao consumidor nem na forma como se faz a compra e venda destes produtos", afirmou o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em declarações à agência Lusa.

Luís Mira entende que a decisão da Comissão Europeia de eliminar as regras comuns de calibragem para produtos como os pepinos, repolhos, damascos, alcachofras, espargos, abacates ou beringelas não irá, como afirmado pela comissária europeia da Agricultura, permitir uma diminuição dos preços ao consumidor.

"Acho que é uma medida para agradar ao público em geral, mas que não tem nenhum efeito prático", sustentou.

Segundo salientou, o fim das regras de calibragem - imposta há largos anos nos Estados-membros - não abrange, desde logo, a totalidade das frutas e produtos hortícolas, mas 26 produtos que representam apenas 25 por cento do valor do mercado.

"Os de maior consumo continuam a ser normalizados", disse, referindo-se à manutenção das normas para 10 outros produtos, representativos de 75 por cento do mercado: as maçãs, citrinos, kiwis, alfaces, pêssegos e nectarinas, peras, morangos, pimentos-doces, uvas de mesa e tomates.

Adicionalmente, para Luís Mira, a maioria dos compradores - com destaque para as grandes superfícies - "não irão comprar produtos que não sejam normalizados, ou teriam que ver, caixa por caixa, o que estão a adquirir".

"A normalização é uma forma de comprar e vender sabendo o que se está a comprar e vender e os compradores de maior dimensão vão a continuar a querer produtos normalizados", sustentou.

Conforme recordou o secretário-geral da CAP, a imposição das regras de normalização, há vários anos, "obrigou as empresas a ter máquinas de calibragem, normalização e ensacamento". Investimentos que, frisa, "agora que estão feitos não se vão deitar fora".

Armando Carvalho, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), encara, contudo, a decisão como positiva e defende que deveria ser alargada "a todos os frutos e produtos hortícolas".

"Esta foi uma das boa medidas que a Comissão tomou", disse, salientando que "a qualidade dos produtos não se mede pela calibragem e normalização" e defendendo "tudo o que seja feito para facilitar a comercialização dos produtos, desde que dentro de parâmetros de qualidade".

"A normalização foi uma das medidas tomadas para dificultar a produção e favorecer o comércio e as grandes superfícies. Não vem melhorar qualitativamente o produto", acrescentou.

Armando Carvalho admite, contudo, que "a medida, por si só, não deverá permitir descer os preços" ao consumidor.

Contactado pela Lusa, o presidente da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Horto - Fruticultores (Fenafrutas, associada da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas - Confagri) vê aspectos positivos e negativos na medida da Comissão, mas alerta que Portugal "tem que se adaptar às novas regras".

"Com a normalização criaram-se hábitos de produção para determinados calibres que agora podem ser postos em causa", afirmou Rogério Martinho, admitindo que "pode voltar-se ao salve-se quem puder" e por em risco a qualidade.

Para este responsável, quem poderá sair a ganhar são "as frutas qualificadas, porque obedecem a regras específicas que têm de ser cumpridas", e as grandes superfícies, que comprarão mais barato os produtos de menor calibre, mas não o reflectirão no preço final ao consumidor, aumentando antes a margem de lucro.

Já o agricultor, segundo Rogério Martinho, apenas beneficiará na medida em que alguns calibres de fruta até agora só vendidos à indústria "a preços muito baixos" passarão a ser admitidos no mercado e melhor remunerados.
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Mensagem por Kllüx Ter Jun 30, 2009 11:17 am

UE: Novas regras para venda de frutas e legumes abrem o mercado para "pepinos curvos" e "cenouras nodosas"



O fim da obrigação de calibragem de 26 frutas e legumes, que quarta-feira entra em vigor, foi aprovado a 12 de Novembro passado pelos Estados-membros da União Europeia e permite a venda destes produtos independentemente do seu tamanho e forma.

"Esta decisão marca o início de uma nova era para os pepinos curvos e as cenouras nodosas. Trata-se de um exemplo concreto dos nossos esforços para eliminar burocracia desnecessária", afirmou, na altura, a comissária europeia responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Mariann Fischer-Boel justificou, então, as novas regras com a conjuntura económica de "preços elevados dos produtos alimentares e de dificuldade económicas generalizadas", considerando que "não tem qualquer sentido eliminar produtos de perfeita qualidade apenas porque têm uma forma errada."

Apontando a iniciativa como "um exemplo concreto de corte da burocracia desnecessária", a comissária disse "não ser preciso regular estas situações a nível comunitário" e considerou "muito melhor deixá-lo aos operadores do mercado".

O fim da normalização abrange 26 frutos e legumes - os alperces, alcachofras, espargos, beringelas, abacates, feijões, couves de bruxelas, cenouras, couves-flores, cerejas, 'courgettes', pepinos, cogumelos de cultura, alho, avelãs com casca, repolho, alhos franceses, melões, cebolas, ervilhas, ameixas, aipos, espinafre, melões e endívia - que, contudo, representam apenas 25 por cento do mercado.

As regras mantêm-se para outras 10 categorias - maçãs, citrinos, kiwis, alfaces, pêssegos e nectarinas, peras, morangos, pimentos doces, uvas e tomates - representativas de 75 por cento do valor do mercado.

No entanto, mesmo os frutos e legumes destas categorias que não cumpram as regras normalizadoras podem ser comercializados nos Estados-membros, desde que sejam devidamente rotulados para se distinguirem dos restantes.

Quando foi introduzida, há já largos anos, a normalização das frutas e legumes comercializados na União Europeia foi mal recebida pelo sector em Portugal.

Segundo recorda o presidente da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Horto - Fruticultores (Fenafrutas, associada da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas - Confagri), a medida "custou bastante" aos produtores portugueses, implicando investimentos consideráveis na aquisição de máquinas de calibragem e etiquetagem e mudanças ao nível das embalagens e métodos de trabalho.

Contudo, destacou Rogério Martinho, tal acabou por ser "um factor de modernização do sector e de aumento da qualidade dos produtos", criando "hábitos de produção para determinados calibres".

A decisão de voltar agora acabar com a normalização para alguns produtos gerou uma acesa discussão entre os representantes dos vários governos da União Europeia, tendo mesmo a maioria (16 países) votado contra a proposta de Bruxelas, enquanto nove se manifestaram a favor e dois, um deles Portugal, se abstiveram.

A proposta acabaria por passar porque os opositores não atingiram a maioria qualificada necessária para a chumbar.


PS: Kom os "pepinos curvos" e as "cenouras nodosas" fika a paneleiragem toda kontenti......Jeje®️†rakinas o Peskador Laughing Laughing Laughing
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