"Marines" deixam de poder usar as redes sociais
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"Marines" deixam de poder usar as redes sociais
05.08.2009 - 11h10 Susana Almeida Ribeiro
A partir de agora, nenhum “marine” norte-americano está autorizado a usar as redes sociais a partir dos computadores da corporação. Nem Facebook, nem MySpace, nem Hi5, nem Twitter. Nada. De acordo com um anúncio tornado público anteontem, a corporação de fuzileiros navais norte-americanos, a US Marine, teme as brechas de segurança abertas com este tipo de práticas dos seus membros. Contactado pelo PÚBLICO, o Exército português indicou que até ao momento ainda não equacionou uma medida semelhante e garante que os operacionais estão sensibilizados para este tipo de problemas.
“A própria natureza das redes sociais cria uma grande janela de ataque e exploração, dá a conhecer informação desnecessária aos adversários e proporciona um veículo fácil para fugas de informação que põe em perigo a segurança operacional, a segurança das comunicações e todo o pessoal”, indicaram os fuzileiros navais norte-americanos em comunicado, pondo um “selo oficial” a uma prática oficiosa que já impedia o acesso a este tipo de sites.
Esta proibição só se aplica quando os “marines” usam o equipamento e as redes de trabalho. Na sua vida privada, os soldados poderão usar livremente as redes sociais a partir dos seus computadores privados.
Esta medida é a resposta a uma advertência emitida no mês passado pelo U.S. Strategic Command que advertiu os restantes ramos do exército que estava a considerar a hipótese de proibir todas as páginas da chamada Web 2.0 (a Internet da comunicação por excelência, dos blogues e das redes sociais) em todo o Departamento de Defesa norte-americano por questões de segurança.
Os “marines” já tinham expressado a sua preocupação acerca deste tema há vários meses. Na actual era de blogues e redes sociais, toda a gente pode ser responsável por falhas na segurança, indicava um artigo publicado em Fevereiro na página ‘web’ dos fuzileiros navais. Isto fica especialmente claro quando os “marines” colocam online informações como a base onde estão estacionados, qual a sua unidade e quais os destacamentos vindouros, indicou recentemente o chefe antiterrorista da base norte-americana em Iwakuni (Japão). “Qualquer informação que os membros do serviço ponham online, acidentalmente ou inconscientemente, pode terminar nas mãos erradas”, disse.
Na verdade, organizações terroristas com a Al-Qaeda, utilizam a Internet como principal meio para obter informações, advertem os responsáveis. A facilidade com que as redes sociais põem à disposição de qualquer pessoa informações delicadas veio à baila no mês passado, quando a mulher do novo chefe dos serviços secretos britânicos colocou no seu perfil do Facebook fotografias dos seus filhos, bem como os seus planos de férias e a sua morada.
Exército português ciente do problema
Contactado pelo PÚBLICO, o porta-voz do Exército tenente-coronel Perdigão indicou que apesar de alguns conteúdos online estarem bloqueados nas máquinas do Exército, as redes sociais não o estão. “Não estão bloqueadas, porque queremos dar aos operacionais a hipótese de comunicarem com as famílias, e se isso implica mandarem fotografias via Facebook, Hi5 ou Twitter, então é importante disponibilizarmos esses serviços”, indicou o tenente-coronel.
Questionado acerca do facto de isso poder representar brechas na segurança, o tenente-coronel Perdigão indicou que “até ao momento, em 15 anos de missões, nunca houve nenhum caso [de falhas graves na segurança]” e que, por outro lado, os operacionais estão sensibilizados para o facto de não poderem partilhar publicamente informações sensíveis, tendo “acções de formação e palestras” neste sentido.
O responsável militar indicou ainda que o Exército está apostado em entrar na chamada “guerra da informação” (information warfare), estando a adquirir há já vários meses software e material tecnológico que permita a este ramo das Forças Armadas impedir ataques informáticos contra o seu sistema, bem como a captação de material sensível.
A partir de agora, nenhum “marine” norte-americano está autorizado a usar as redes sociais a partir dos computadores da corporação. Nem Facebook, nem MySpace, nem Hi5, nem Twitter. Nada. De acordo com um anúncio tornado público anteontem, a corporação de fuzileiros navais norte-americanos, a US Marine, teme as brechas de segurança abertas com este tipo de práticas dos seus membros. Contactado pelo PÚBLICO, o Exército português indicou que até ao momento ainda não equacionou uma medida semelhante e garante que os operacionais estão sensibilizados para este tipo de problemas.
“A própria natureza das redes sociais cria uma grande janela de ataque e exploração, dá a conhecer informação desnecessária aos adversários e proporciona um veículo fácil para fugas de informação que põe em perigo a segurança operacional, a segurança das comunicações e todo o pessoal”, indicaram os fuzileiros navais norte-americanos em comunicado, pondo um “selo oficial” a uma prática oficiosa que já impedia o acesso a este tipo de sites.
Esta proibição só se aplica quando os “marines” usam o equipamento e as redes de trabalho. Na sua vida privada, os soldados poderão usar livremente as redes sociais a partir dos seus computadores privados.
Esta medida é a resposta a uma advertência emitida no mês passado pelo U.S. Strategic Command que advertiu os restantes ramos do exército que estava a considerar a hipótese de proibir todas as páginas da chamada Web 2.0 (a Internet da comunicação por excelência, dos blogues e das redes sociais) em todo o Departamento de Defesa norte-americano por questões de segurança.
Os “marines” já tinham expressado a sua preocupação acerca deste tema há vários meses. Na actual era de blogues e redes sociais, toda a gente pode ser responsável por falhas na segurança, indicava um artigo publicado em Fevereiro na página ‘web’ dos fuzileiros navais. Isto fica especialmente claro quando os “marines” colocam online informações como a base onde estão estacionados, qual a sua unidade e quais os destacamentos vindouros, indicou recentemente o chefe antiterrorista da base norte-americana em Iwakuni (Japão). “Qualquer informação que os membros do serviço ponham online, acidentalmente ou inconscientemente, pode terminar nas mãos erradas”, disse.
Na verdade, organizações terroristas com a Al-Qaeda, utilizam a Internet como principal meio para obter informações, advertem os responsáveis. A facilidade com que as redes sociais põem à disposição de qualquer pessoa informações delicadas veio à baila no mês passado, quando a mulher do novo chefe dos serviços secretos britânicos colocou no seu perfil do Facebook fotografias dos seus filhos, bem como os seus planos de férias e a sua morada.
Exército português ciente do problema
Contactado pelo PÚBLICO, o porta-voz do Exército tenente-coronel Perdigão indicou que apesar de alguns conteúdos online estarem bloqueados nas máquinas do Exército, as redes sociais não o estão. “Não estão bloqueadas, porque queremos dar aos operacionais a hipótese de comunicarem com as famílias, e se isso implica mandarem fotografias via Facebook, Hi5 ou Twitter, então é importante disponibilizarmos esses serviços”, indicou o tenente-coronel.
Questionado acerca do facto de isso poder representar brechas na segurança, o tenente-coronel Perdigão indicou que “até ao momento, em 15 anos de missões, nunca houve nenhum caso [de falhas graves na segurança]” e que, por outro lado, os operacionais estão sensibilizados para o facto de não poderem partilhar publicamente informações sensíveis, tendo “acções de formação e palestras” neste sentido.
O responsável militar indicou ainda que o Exército está apostado em entrar na chamada “guerra da informação” (information warfare), estando a adquirir há já vários meses software e material tecnológico que permita a este ramo das Forças Armadas impedir ataques informáticos contra o seu sistema, bem como a captação de material sensível.
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