esperar mais de 3 meses por uma cirurgia e bom? QUE MEDIOCRIDADE
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esperar mais de 3 meses por uma cirurgia e bom? QUE MEDIOCRIDADE
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Doentes esperam cada vez menos tempo por operações
12.08.2009 - 20h47 Alexandra Campos
O número de pessoas a aguardar por uma cirurgia continua tal como o tempo de espera, que ronda agora os 3,4 meses, mas ainda é impossível saber quanto tempo é que os serviços públicos demoram a marcar as primeiras consultas de especialidade.
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, admitiu ontem que o ministério não está "em condições de apresentar dados" da Consulta a Tempo e Horas, programa que visa combater as listas de espera para as primeiras consultas de especialidade, à semelhança do que é feito há anos com as cirurgias. Mas o programa das consultas "está em pleno desenvolvimento" e no final do ano será possível ter um primeiro relatório, frisou.
Na apresentação dos últimos dados do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) relativos ao primeiro semestre deste ano, Manuel Pizarro destacou que, a este nível, o Governo conseguiu atingir e até suplantar os seus objectivos - que eram os de baixar a mediana [tempo de espera mais provável] nas cirurgias não prioritárias para seis meses e na doença oncológica para 30 dias.
"Operamos mais rapidamente e operamos muito mais doentes. No caso da cirurgia oncológica o aumento é quase para o dobro [de 2005 para o primeiro semestre deste ano]", sintetizou. E a maior parte dos doentes com tumores malignos aguarda agora 27 dias, quando em 2005 esperava 79 dias para ser operado.
Por especialidades, nas cirurgias não prioritárias, os dados mais recentes apontam para medianas do tempo de espera abaixo dos máximos previstos na lei, à excepção da neurocirurgia (6,8 meses), sublinhou o coordenador do SIGIC, o cirurgião Pedro Gomes.
Também o número de inscritos baixou de forma significativa neste período, passando de 248.404 em 2005 para 169.461 no primeiro semestre deste ano. Mas foi no tempo de espera que se verificou a melhoria mais acentuada, com a maior parte dos doentes a aguardar 3,4 meses em Junho deste ano, quando em 2005 esperava 8,6 meses.
Questionado a propósito das primeiras consultas da especialidade, Manuel Pizarro admitiu que o balanço não é tão positivo. A portaria da Consulta a Tempo e Horas - publicada há mais de um ano e em vigor desde o início de 2009 - prevê que as primeiras consultas nos hospitais públicos demorem no máximo entre um mês (as muito prioritárias) e os nove meses. E esta marcação é determinante porque sem as consultas de especialidade os doentes não entram na lista de espera para cirurgia. Nas consultas não foi possível atingir os objectivos, mas o governante sublinha que a situação está hoje "muito melhor"."Há já muitas centenas de milhares de consultas marcadas por este sistema [que liga os centros de saúde aos hospitais]", afirma. No final de 2008, adianta, as primeiras consultas hospitalares suplantaram os 2,6 milhões, representando 27,2 por cento de todas as consultas hospitalares.
Respondendo às críticas da última avaliação efectuada pelo Tribunal de Contas ao sistema de gestão das cirurgias, Pizarro garantiu que até ao final dde Outubro o Hospital da Cruz Vermelha (Lisboa) e o da Prelada (Porto) vão ser integrados no Sigic. E anunciou que a partir de Setembro os utentes deverão poder aceder à sua situação nas listas via Internet.
Notícia substituída às 10h35
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