Recuperação económica - Portugal, país atípico
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RONALDO ALMEIDA
Viriato
6 participantes
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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Recuperação económica - Portugal, país atípico
Deve ser o único país do mundo, a cair a "pique", (manuela "dixit") que pertence aos únicos 4 dos 27 que saíram da recessão técnica e que tem a bolsa há quase 15 dias a subir significamente. Como seria se estivesse a subir a pique???
Viriato- Pontos : 16657
Portugal, país atípico II
Portugal deverá ser o único país do mundo a cair a pique (Manuela "dixit") onde...
Actividade económica acelera recuperação em Julho
Pedro Duarte
A instituição liderada por Vítor Constâncio nota que o consumo registou a primeira leitura positiva desde Novembro do ano passado.
A actividade económica nacional registou no mês passado uma melhoria mais acentuada. O indicador coincidente mensal para a evolução da actividade, divulgado hoje pelo Banco de Portugal, melhorou para os -2,2, contra os -2,6 registados em Junho.
Em Junho, a leitura do indicador da actividade económica havia sido de -2,6, depois de se ter mantido entre -3 e -2,9 nos três meses anteriores.
A mesma fonte adianta que o consumo privado apresentou uma leitura positiva de 0,1 no mês em análise, a primeira acima de zero que é verificada desde Novembro de 2008. Desde Maio que este indicador havia dado sinais de melhoria, depois de ter registado em Abril a leitura mais baixa nos -1,1.
O consumo privado, relembre-se, tinha caído 3,7% em termos homólogos no primeiro trimestre.
Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que a actividade económica em Portugal registou uma quebra "menos intensa" no segundo trimestre do ano.
Actividade económica acelera recuperação em Julho
Pedro Duarte
A instituição liderada por Vítor Constâncio nota que o consumo registou a primeira leitura positiva desde Novembro do ano passado.
A actividade económica nacional registou no mês passado uma melhoria mais acentuada. O indicador coincidente mensal para a evolução da actividade, divulgado hoje pelo Banco de Portugal, melhorou para os -2,2, contra os -2,6 registados em Junho.
Em Junho, a leitura do indicador da actividade económica havia sido de -2,6, depois de se ter mantido entre -3 e -2,9 nos três meses anteriores.
A mesma fonte adianta que o consumo privado apresentou uma leitura positiva de 0,1 no mês em análise, a primeira acima de zero que é verificada desde Novembro de 2008. Desde Maio que este indicador havia dado sinais de melhoria, depois de ter registado em Abril a leitura mais baixa nos -1,1.
O consumo privado, relembre-se, tinha caído 3,7% em termos homólogos no primeiro trimestre.
Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que a actividade económica em Portugal registou uma quebra "menos intensa" no segundo trimestre do ano.
Viriato- Pontos : 16657
Que chatice, senhor Ronaldo...
Empresas cancelam ‘lay-off’ com retoma da economia
Ana Maria Gonçalves e Filipe Alves - DE
A ligeira subida do Produto Interno Bruto no segundo trimestre (0,3%) já está a ter reflexos na actividade das empresas. A comprová-lo, o facto de várias unidades industriais terem decidido suspender, ou mesmo cancelar, os períodos de ‘lay-off' que tinham posto em prática nos últimos meses, na fase mais profunda da recessão.
Entre as empresas que nas últimas semanas cancelaram ou suspenderam os períodos de ‘lay-off' encontram-se a Repsol, a Sival Plásticos, a têxtil Leoni, a Lusosider e a própria Qimonda de Vila do Conde - embora, neste último caso, apenas de forma parcial. A medida envolve no total mais de 1150 trabalhadores.
As empresas contactadas pelo Económico, na sua maioria pertencentes ao sector industrial, explicam este novo cenário com a melhoria dos respectivos mercados, e o consequente aumento das encomendas. "Não tivemos outra solução que não fosse reduzir a produção face à quebra de encomendas, mas, entretanto, o mercado espevitou, tivemos mais vendas e isso, naturalmente, levou-nos a terminar o ‘lay-off' e a voltar ao normal", disse Pedro Faria, responsável da Sival Plásticos.
Ana Maria Gonçalves e Filipe Alves - DE
A ligeira subida do Produto Interno Bruto no segundo trimestre (0,3%) já está a ter reflexos na actividade das empresas. A comprová-lo, o facto de várias unidades industriais terem decidido suspender, ou mesmo cancelar, os períodos de ‘lay-off' que tinham posto em prática nos últimos meses, na fase mais profunda da recessão.
Entre as empresas que nas últimas semanas cancelaram ou suspenderam os períodos de ‘lay-off' encontram-se a Repsol, a Sival Plásticos, a têxtil Leoni, a Lusosider e a própria Qimonda de Vila do Conde - embora, neste último caso, apenas de forma parcial. A medida envolve no total mais de 1150 trabalhadores.
As empresas contactadas pelo Económico, na sua maioria pertencentes ao sector industrial, explicam este novo cenário com a melhoria dos respectivos mercados, e o consequente aumento das encomendas. "Não tivemos outra solução que não fosse reduzir a produção face à quebra de encomendas, mas, entretanto, o mercado espevitou, tivemos mais vendas e isso, naturalmente, levou-nos a terminar o ‘lay-off' e a voltar ao normal", disse Pedro Faria, responsável da Sival Plásticos.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
Viriato escreveu:Empresas cancelam ‘lay-off’ com retoma da economia
Ana Maria Gonçalves e Filipe Alves - DE
A ligeira subida do Produto Interno Bruto no segundo trimestre (0,3%) já está a ter reflexos na actividade das empresas. A comprová-lo, o facto de várias unidades industriais terem decidido suspender, ou mesmo cancelar, os períodos de ‘lay-off' que tinham posto em prática nos últimos meses, na fase mais profunda da recessão.
Entre as empresas que nas últimas semanas cancelaram ou suspenderam os períodos de ‘lay-off' encontram-se a Repsol, a Sival Plásticos, a têxtil Leoni, a Lusosider e a própria Qimonda de Vila do Conde - embora, neste último caso, apenas de forma parcial. A medida envolve no total mais de 1150 trabalhadores.
As empresas contactadas pelo Económico, na sua maioria pertencentes ao sector industrial, explicam este novo cenário com a melhoria dos respectivos mercados, e o consequente aumento das encomendas. "Não tivemos outra solução que não fosse reduzir a produção face à quebra de encomendas, mas, entretanto, o mercado espevitou, tivemos mais vendas e isso, naturalmente, levou-nos a terminar o ‘lay-off' e a voltar ao normal", disse Pedro Faria, responsável da Sival Plásticos.
QUE MARAVILHA. E tudo isso GRACAS ao EXTRAORDINARIO PM e ao PS!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
Até á data a quem queria que se devesse?? A D. Manuela, ainda que ao colo do PR?? É que o governo cavaquista, já todo reinstalado na AR (fiquei com a sensação de que Dias Loureiro e Oliveira e Costa foram muito maltratados nas listas) ainda não tomaram posse nem decisões!!!
Viriato- Pontos : 16657
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
Viriato escreveu:Até á data a quem queria que se devesse?? A D. Manuela, ainda que ao colo do PR?? É que o governo cavaquista, já todo reinstalado na AR (fiquei com a sensação de que Dias Loureiro e Oliveira e Costa foram muito maltratados nas listas) ainda não tomaram posse nem decisões!!!
CARO VIRIATO, se voce pensa que a melhora de .3% SE DEVE A socrates...............................
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
PORTUGAL e como um PEIXINHO PEQUENINHO que anda a MERCE da MARE! Com as ONDAS.
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
RONALDO ALMEIDA escreveu:Viriato escreveu:Até á data a quem queria que se devesse?? A D. Manuela, ainda que ao colo do PR?? É que o governo cavaquista, já todo reinstalado na AR (fiquei com a sensação de que Dias Loureiro e Oliveira e Costa foram muito maltratados nas listas) ainda não tomaram posse nem decisões!!!
CARO VIRIATO, se voce pensa que a melhora de .3% SE DEVE A socrates...............................
Deve-se a quem? Á D. Manuela e o seu aliado Cavaco??
Viriato- Pontos : 16657
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
deve-se ao ESTRANGEIRO. Depois de uma QUEDA DE 4%, uma recuperacao de .3% E IRRISORIA, eu ate diria RISIVEL para virem lancar foguetes!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
RONALDO ALMEIDA escreveu:deve-se ao ESTRANGEIRO. Depois de uma QUEDA DE 4%, uma recuperacao de .3% E IRRISORIA, eu ate diria RISIVEL para virem lancar foguetes!
Mas é claro que Portugal depende do estrangeiro. Temos uma economia aberta e dependente. Podia-se dizer que a culpa da nosso mau desempenho económico é do estrangeiro que deixou de importar. Se se consegue arranjar novos mercados, se se consegue aguentar algumas exportações, o mérito é do estrangeiro?? Quando as coisas correm mal, a culpa é do Sócrates, quando melhoram é do estrangeiro. para pató já cá temos a D. Manuela. Não precisamos de papagaios. Ora, como costuma dizer, vá primeiro plantar batatas já que é o seu grau de aferição...
galiza é o noso melhor clente
Galiza quer sedr Portuguesa
os bascos naom querem ser espanhois os cataloes falar castelhano so se lhes torcerem os tomates
Viriato- Pontos : 16657
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
isso mesmo , dependente da europa E EM especial DA espanha! E POR ISSO se esses ridiculos .35 de que tanto propagandeiam , esse numero MEDIOCRE, que nao chega a 1/10 dos 4% perdidos. SE DEVE A UMA RECUPERACAO da FRANCA e ALEMANHA. NADA a ver com o SOCRATES.
por favor nao desista! MAS NAO ATRIBUA A socrates, QUE ANDA perdido , a deriva!
por favor nao desista! MAS NAO ATRIBUA A socrates, QUE ANDA perdido , a deriva!
Última edição por RONALDO ALMEIDA em Sáb Ago 22, 2009 12:05 pm, editado 2 vez(es)
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
RONALDO ALMEIDA escreveu:isso mesmo , dependente da europa E EM especial DA espanha! E POR ISSO se esses ridiculos .35 de que tanto propagandeiam , esse numero MEDIOCRE, que nao chega a 1/10 dos 45 perdidos. SE DEVE A UMA RECUPERACAO da FRANCA e ALEMANHA. NADA a ver com o SOCRATES.
Não consigo ser mais explícito. Pecado meu. Desisto...
Viriato- Pontos : 16657
A crise acabou??
1. Ouvi MFL. Também me impingem constantemente Paulo Portas. AJJ grunhiu e dançou. Jerónimo já lhe conhecemos de cor os argumentos. Todos falam no desemprego que José Sócrates despoletou. Do défice existente. De... de... Nenhum referiu a palavra crise. Que o nosso décit está abaixo da média europeia. Que o desemprego atinge quase 20% em Espanha 12% na Irlanda e UK e aí por diante. Então pergunto. Já acabou a crise? Ou todos esses profissionais da política desconhecem a sua existência??
2. MFL recusa uma verificação das contas do estado, caso vença, por falta de confiança no BP. Esqueceu-se de uma coisa insignificante. Quando Durão Barroso tomou posse foi ao BP que recorreu para esse fim. E, curiosamente sabem quem eram o Presidente do BP e o ministro das finanças?? Victor Constâncio e Manuela Ferreira Leite. E essa, heim...
2. MFL recusa uma verificação das contas do estado, caso vença, por falta de confiança no BP. Esqueceu-se de uma coisa insignificante. Quando Durão Barroso tomou posse foi ao BP que recorreu para esse fim. E, curiosamente sabem quem eram o Presidente do BP e o ministro das finanças?? Victor Constâncio e Manuela Ferreira Leite. E essa, heim...
Viriato- Pontos : 16657
Todos os indicadores de clima económico melhoram
.
Todos os indicadores de clima económico melhoram
Hoje
O indicador de clima económico "voltou a aumentar em Agosto, regressando a um nível próximo do que apresentou em Novembro de 2008", refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.
Durante este mês, diz o INE, "os indicadores de confiança apresentaram um andamento positivo em todos os sectores, com excepção da Construção e Obras Públicas, em que se observou um agravamento ligeiro".
Assim, o indicador de confiança dos Consumidores portugueses "intensificou o movimento ascendente iniciado em Abril, após ter registado em Março o mínimo histórico da série".
O Indicador de Clima Económico, que junta a Indústria, Construção, Comércio e Serviços, mantém o movimento de recuperação, estando ligeiramente abaixo dos -1 em Agosto, depois de ter atingido o mínimo em Abril, com -3 pontos.
Analisando mais de perto o Inquérito Qualitativo de Conjuntura aos Consumidores, verifica-se que, "em Agosto, o indicador de confiança dos Consumidore reforçou o movimento ascendente iniciado em Abril, apresentando o valor mais elevado desde o final de 2007", refere o INE. Em Março, aliás, "este indicador tinha atingido o mínimo da série iniciada em Junho de 1986".
A melhoria na confiança dos consumidores nos últimos quatro meses, de acordo com o órgão oficial das estatísticas em Portugal, resulta do "contributo positivo de todas as componentes". Assim, depois de em Março ter chegado aos -51, este indicador começou a recuperar para os -34,3. Em Julho estava nos -39,3 e em Junho tinha estado nos -43,5.
O INE sublinha ainda, no que diz respeito à confiança dos consumidores, que "o andamento observado em todas as componentes nos últimos meses foi iniciado após ter sido registado o valor mais desfavorável da série respectiva".
MBA
DN
Todos os indicadores de clima económico melhoram
Hoje
O indicador de clima económico "voltou a aumentar em Agosto, regressando a um nível próximo do que apresentou em Novembro de 2008", refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.
Durante este mês, diz o INE, "os indicadores de confiança apresentaram um andamento positivo em todos os sectores, com excepção da Construção e Obras Públicas, em que se observou um agravamento ligeiro".
Assim, o indicador de confiança dos Consumidores portugueses "intensificou o movimento ascendente iniciado em Abril, após ter registado em Março o mínimo histórico da série".
O Indicador de Clima Económico, que junta a Indústria, Construção, Comércio e Serviços, mantém o movimento de recuperação, estando ligeiramente abaixo dos -1 em Agosto, depois de ter atingido o mínimo em Abril, com -3 pontos.
Analisando mais de perto o Inquérito Qualitativo de Conjuntura aos Consumidores, verifica-se que, "em Agosto, o indicador de confiança dos Consumidore reforçou o movimento ascendente iniciado em Abril, apresentando o valor mais elevado desde o final de 2007", refere o INE. Em Março, aliás, "este indicador tinha atingido o mínimo da série iniciada em Junho de 1986".
A melhoria na confiança dos consumidores nos últimos quatro meses, de acordo com o órgão oficial das estatísticas em Portugal, resulta do "contributo positivo de todas as componentes". Assim, depois de em Março ter chegado aos -51, este indicador começou a recuperar para os -34,3. Em Julho estava nos -39,3 e em Junho tinha estado nos -43,5.
O INE sublinha ainda, no que diz respeito à confiança dos consumidores, que "o andamento observado em todas as componentes nos últimos meses foi iniciado após ter sido registado o valor mais desfavorável da série respectiva".
MBA
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Sinais de melhoria do clima económico não vão abrandar esforço do Governo, garante ministro
Sinais de melhoria do clima económico não vão abrandar esforço do Governo, garante ministro
29 AGO 09 às 18:31
O ministro da Economia e da Inovação disse, este sábado em Paços de Ferreira, que «os sinais de alguma melhoria no estado de confiança e do clima económico» não podem abrandar o esforço do Governo para vencer as dificuldades que afectam a economia e as famílias.
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1347890
- Teixeira dos Santos, ministro da Economia, defende a continuidade das medidas levadas a cabo pelo Governo
«A crise ainda não acabou. Por isso, temos de continuar a trabalhar e estar atentos, desenvolvendo os nossos melhores esforços para vencer esta situação», afirmou o ministro à margem da inauguração de mais uma edição da Capital do Móvel.
Questionado a propósito do fim da crise, Teixeira dos Santos afirmou, parafraseando o primeiro-ministro: «Estamos no princípio do fim».
«O Estado tem de continuar com os seus apoios às empresas e às famílias, procurando dinamizar a actividade económica e fomentar o investimento privado, levando a cabo investimentos públicos e apoiando o emprego», defendeu.
Teixeira dos Santos sublinhou que «esse esforço tem de continuar para que a economia possa de facto manter o sentido positivo de recuperação».
TSF
29 AGO 09 às 18:31
O ministro da Economia e da Inovação disse, este sábado em Paços de Ferreira, que «os sinais de alguma melhoria no estado de confiança e do clima económico» não podem abrandar o esforço do Governo para vencer as dificuldades que afectam a economia e as famílias.
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1347890
- Teixeira dos Santos, ministro da Economia, defende a continuidade das medidas levadas a cabo pelo Governo
«A crise ainda não acabou. Por isso, temos de continuar a trabalhar e estar atentos, desenvolvendo os nossos melhores esforços para vencer esta situação», afirmou o ministro à margem da inauguração de mais uma edição da Capital do Móvel.
Questionado a propósito do fim da crise, Teixeira dos Santos afirmou, parafraseando o primeiro-ministro: «Estamos no princípio do fim».
«O Estado tem de continuar com os seus apoios às empresas e às famílias, procurando dinamizar a actividade económica e fomentar o investimento privado, levando a cabo investimentos públicos e apoiando o emprego», defendeu.
Teixeira dos Santos sublinhou que «esse esforço tem de continuar para que a economia possa de facto manter o sentido positivo de recuperação».
TSF
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Um novo paradigma: sim ou não?
Um novo paradigma: sim ou não?
por Mário Soares
1. Há sinais incontestáveis de que a crise global está a abrandar, tanto em Portugal como noutros países da Europa e no mundo em geral. Mas não quer isso dizer, quanto a mim, que tenhamos batido no fundo e que já estejamos em franca recuperação. Não estamos. O desemprego continua a crescer e o crédito, pelo menos para a maioria, continua a ser difícil de obter, da parte dos bancos. O deficit a crescer...
A verdade é que não se procedeu ainda a uma análise crítica, séria e transparente, para o público em geral, do porquê da crise e das suas consequências a médio prazo. Sabemos que houve grandes empresas - e "respeitáveis" bancos - que faliram ou estiveram à porta da falência, que houve grandes especuladores que, inesperadamente, entraram em colapso e arrastaram com eles empresas e pessoas que neles confiaram. Foi o caso paradigmático de Madoff, na América, que já está julgado, condenado e na prisão, por longos anos, e de outros pequenos Madoffs portugueses, grandes à nossa escala, que não estão presos, apesar de alguns serem arguidos. Ninguém poderá dizer se o virão a estar alguma vez... Sabe--se alguma coisa da "operação furacão", tão publicitada há já tantos meses, por aqueles que a investigam? Ou dos casos tão simbólicos do BPN e do BPP?
Ou seja: está-se a procurar esquecer a crise, sem averiguar os seus fundamentos, para a perceber, nas suas causas e a poder vir a ultrapassar, bem como todas as suas nefastas consequências.
De resto, é importante que se diga que não é só em Portugal que tal acontece. Em vários países da União Europeia, no Reino Unido, em França, na Alemanha, em Itália, para só citar os maiores, está-se a procurar fazer o mesmo, pensando que se pode ultrapassar a crise, com meras medidas circunstanciais, digamos, de emergência (aliás ainda não integralmente explicadas) sem necessidade de ir às suas causas ou ignorando-as propositadamente. Ora, não pode.
Barack Obama, no momento da posse, disse que era preciso criar um "novo paradigma" político. É o que tem estado a fazer, com muita coragem, tanto no plano interno como externo. Com dificuldades óbvias que vêm dos sectores mais reaccionários da sociedade americana.
Contudo, na União Europeia, não se quer pensar assim. Os dirigentes mais responsáveis - com óbvias excepções - continuam a pensar que tudo pode ficar na mesma, favorecendo os muito ricos e abandonando à sua sorte as classes médias e, sobretudo, os pobres, os socialmente excluídos e os desempregados. Com o risco de fomentar grandes convulsões...
2. Vem isto a propósito do Programa de Governo do PSD, apresentado na última quinta-feira pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite. Não se pode dizer, em linguagem popular, que "a montanha pariu um rato". Não. A Dr.ª Ferreira Leite tinha prevenido que "quem espere grandes novidades será defraudado, porque não vai estar lá nada que não tenha já dito". É verdade. Então para que foi o espectáculo e todo o relambório mediático ocorrido, simbolicamente, no "Átrio do Futuro"? Realmente não houve novidades nem ideias novas. Só mais do mesmo. Como se não estivéssemos a viver a maior crise de sempre. No "Átrio do Futuro", não se ouviu um só pensamento estratégico quanto ao futuro, para sairmos da crise. Quer-se um exemplo? O grito de alma de "menos Estado", tão do agrado de George W. Bush e de Dick Cheney, quando agora são os banqueiros e os grandes empresários que têm andado de chapéu na mão a reclamar o auxílio do Estado, indo ao ponto de pedirem a nacionalização de bancos e empresas, para salvar os seus patrimónios...
A conclusão que se tira é que este PSD, liderado por Manuela Ferreira Leite, parece não ter aprendido nada com a crise. Não percebeu que é preciso outro modelo de desenvolvimento, mais social, mais ambiental, com a economia e as finanças mais controladas pelo Estado e com regras éticas, que acabem com as especulações criminosas, com os off-shores, com as negociatas e as roubalheiras.
Para tanto é preciso um Estado forte, prestigiado, progressista e responsável, É, por isso, muito estranho que, sendo Ferreira Leite de profissão economista, não tenha avançado com qualquer ideia para vencer a crise e para a construção de um novo modelo estratégico, de modo a fazer frente ao mundo novo que está a nascer.
Por outro lado, o Programa lançou várias piscadelas de olho à Esquerda Radical e aos meios sindicais para, oportunistamente, tentar caçar votos descontentes: os professores, como se os sindicalistas fossem parvos e não conhecessem a Dr.ª Manuela do tempo de ministra da Educação; os magistrados, parecendo desconhecer que os prazos processuais já existem e não se cumprem (não há aliás uma palavra sobre como se podem vir a cumprir); os polícias; os médicos e os enfermeiros; etc. Uma vontade política incontida de tentar criar, em proveito do PSD, uma "Federação de descontentes", como lhe chamou o ministro Santos Silva.
Mas será que as piscadelas de olho convencem alguém? Quando, ao mesmo tempo, se advoga o enfraquecimento do Estado em matéria de segurança social, de saúde, de educação, de trabalho, de ambiente, para que os privados se possam expandir. Não faz sentido. Com efeito, o Programa eleitoral do PSD foi uma grande frustração, para os que acreditavam que dele podia vir algo de novo. Não veio.
3. Morreu o último da segunda geração dos Kennedy: Edward Kennedy. Não foi Presidente dos Estados Unidos, como o seu irmão John, assassinado em Dallas, nem sequer candidato à Presidência, também assassinado, como seu irmão Robert. Foi apenas senador. Mas um prestigiado e influente senador por Massachusetts, onde existe uma forte comunidade lusíada, radicada há longos anos, e na sua maioria apoiante dos Kennedy...
Ted Kennedy foi o protótipo do senador liberal no sentido político (não económico), isto é: progressista e defensor de grandes causas, como a igualdade entre mulheres e homens, brancos, negros e hispânicos, lutador, anos a fio, em favor do serviço de saúde gratuito para os pobres e os excluídos e dos Direitos Humanos. No plano internacional, manifestou-se contra todas as ditaduras, em especial a de Pinochet, e contra as guerras do Vietname e do Iraque.
Conheci-o quando, em 1970, fui, pela primeira vez, aos Estados Unidos e um amigo português residente em Providence me levou a Washington para o visitar e conhecer. Em Portugal, estávamos na fase aguda das guerras coloniais - que eu denunciei numa conferência no Overseas Press Club - falámos disso e fez-me perguntas sobre o regime, então já, em queda, sob Marcelo Caetano.
A seguir à Revolução dos Cravos, acabava eu de ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, o embaixador americano informou-me que o senador Kennedy queria vir a Portugal e gostava de me visitar. Convidei-o para jantar nas Necessidades (veio acompanhado de uma irmã). Para esse jantar, que foi dos primeiros, oferecidos a um estrangeiro - que me lembre - estiveram Álvaro Cunhal, Otelo, Almeida Santos e outros ministros. No final, em conversa, disse-me que tinha ouvido falar do fado e tinha curiosidade em o ouvir.
Improvisei uma ida a uma conhecida casa de Alfama. Ficaram impressionados. Uma das fadistas disse, por graça, que na nossa mesa estavam figuras que cantavam o fado tão bem como ela. Indicou, para o fado de Coimbra, Almeida Santos, e para o de Lisboa, Otelo. Acabaram ambos a cantar. Eu não, que desafino. Mas Cunhal aceitou cantar, com êxito, Grândola Vila Morena. Quando saímos, Ted Kennedy exclamou: "Fantástico, uma Revolução que canta..."
Encontrei-o depois, várias vezes, na América: sempre interessado por Portugal. Quando a Liga Internacional dos Direitos Humanos me atribuiu o grande prémio, quando visitei, em Boston, a instituição e a biblioteca em memória do seu irmão e quando fizemos um debate, de uma hora, para uma televisão americana, sobre Portugal, América e os portugueses no mundo lusófono.
Edward Kennedy foi uma grande figura de legislador e político das últimas décadas. Foi, como disse Obama, a alma do Partido Democrático: um homem progressista, generoso e bom. E ainda um grande amigo de Portugal. Que o digam os nossos emigrantes...
por Mário Soares
1. Há sinais incontestáveis de que a crise global está a abrandar, tanto em Portugal como noutros países da Europa e no mundo em geral. Mas não quer isso dizer, quanto a mim, que tenhamos batido no fundo e que já estejamos em franca recuperação. Não estamos. O desemprego continua a crescer e o crédito, pelo menos para a maioria, continua a ser difícil de obter, da parte dos bancos. O deficit a crescer...
A verdade é que não se procedeu ainda a uma análise crítica, séria e transparente, para o público em geral, do porquê da crise e das suas consequências a médio prazo. Sabemos que houve grandes empresas - e "respeitáveis" bancos - que faliram ou estiveram à porta da falência, que houve grandes especuladores que, inesperadamente, entraram em colapso e arrastaram com eles empresas e pessoas que neles confiaram. Foi o caso paradigmático de Madoff, na América, que já está julgado, condenado e na prisão, por longos anos, e de outros pequenos Madoffs portugueses, grandes à nossa escala, que não estão presos, apesar de alguns serem arguidos. Ninguém poderá dizer se o virão a estar alguma vez... Sabe--se alguma coisa da "operação furacão", tão publicitada há já tantos meses, por aqueles que a investigam? Ou dos casos tão simbólicos do BPN e do BPP?
Ou seja: está-se a procurar esquecer a crise, sem averiguar os seus fundamentos, para a perceber, nas suas causas e a poder vir a ultrapassar, bem como todas as suas nefastas consequências.
De resto, é importante que se diga que não é só em Portugal que tal acontece. Em vários países da União Europeia, no Reino Unido, em França, na Alemanha, em Itália, para só citar os maiores, está-se a procurar fazer o mesmo, pensando que se pode ultrapassar a crise, com meras medidas circunstanciais, digamos, de emergência (aliás ainda não integralmente explicadas) sem necessidade de ir às suas causas ou ignorando-as propositadamente. Ora, não pode.
Barack Obama, no momento da posse, disse que era preciso criar um "novo paradigma" político. É o que tem estado a fazer, com muita coragem, tanto no plano interno como externo. Com dificuldades óbvias que vêm dos sectores mais reaccionários da sociedade americana.
Contudo, na União Europeia, não se quer pensar assim. Os dirigentes mais responsáveis - com óbvias excepções - continuam a pensar que tudo pode ficar na mesma, favorecendo os muito ricos e abandonando à sua sorte as classes médias e, sobretudo, os pobres, os socialmente excluídos e os desempregados. Com o risco de fomentar grandes convulsões...
2. Vem isto a propósito do Programa de Governo do PSD, apresentado na última quinta-feira pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite. Não se pode dizer, em linguagem popular, que "a montanha pariu um rato". Não. A Dr.ª Ferreira Leite tinha prevenido que "quem espere grandes novidades será defraudado, porque não vai estar lá nada que não tenha já dito". É verdade. Então para que foi o espectáculo e todo o relambório mediático ocorrido, simbolicamente, no "Átrio do Futuro"? Realmente não houve novidades nem ideias novas. Só mais do mesmo. Como se não estivéssemos a viver a maior crise de sempre. No "Átrio do Futuro", não se ouviu um só pensamento estratégico quanto ao futuro, para sairmos da crise. Quer-se um exemplo? O grito de alma de "menos Estado", tão do agrado de George W. Bush e de Dick Cheney, quando agora são os banqueiros e os grandes empresários que têm andado de chapéu na mão a reclamar o auxílio do Estado, indo ao ponto de pedirem a nacionalização de bancos e empresas, para salvar os seus patrimónios...
A conclusão que se tira é que este PSD, liderado por Manuela Ferreira Leite, parece não ter aprendido nada com a crise. Não percebeu que é preciso outro modelo de desenvolvimento, mais social, mais ambiental, com a economia e as finanças mais controladas pelo Estado e com regras éticas, que acabem com as especulações criminosas, com os off-shores, com as negociatas e as roubalheiras.
Para tanto é preciso um Estado forte, prestigiado, progressista e responsável, É, por isso, muito estranho que, sendo Ferreira Leite de profissão economista, não tenha avançado com qualquer ideia para vencer a crise e para a construção de um novo modelo estratégico, de modo a fazer frente ao mundo novo que está a nascer.
Por outro lado, o Programa lançou várias piscadelas de olho à Esquerda Radical e aos meios sindicais para, oportunistamente, tentar caçar votos descontentes: os professores, como se os sindicalistas fossem parvos e não conhecessem a Dr.ª Manuela do tempo de ministra da Educação; os magistrados, parecendo desconhecer que os prazos processuais já existem e não se cumprem (não há aliás uma palavra sobre como se podem vir a cumprir); os polícias; os médicos e os enfermeiros; etc. Uma vontade política incontida de tentar criar, em proveito do PSD, uma "Federação de descontentes", como lhe chamou o ministro Santos Silva.
Mas será que as piscadelas de olho convencem alguém? Quando, ao mesmo tempo, se advoga o enfraquecimento do Estado em matéria de segurança social, de saúde, de educação, de trabalho, de ambiente, para que os privados se possam expandir. Não faz sentido. Com efeito, o Programa eleitoral do PSD foi uma grande frustração, para os que acreditavam que dele podia vir algo de novo. Não veio.
3. Morreu o último da segunda geração dos Kennedy: Edward Kennedy. Não foi Presidente dos Estados Unidos, como o seu irmão John, assassinado em Dallas, nem sequer candidato à Presidência, também assassinado, como seu irmão Robert. Foi apenas senador. Mas um prestigiado e influente senador por Massachusetts, onde existe uma forte comunidade lusíada, radicada há longos anos, e na sua maioria apoiante dos Kennedy...
Ted Kennedy foi o protótipo do senador liberal no sentido político (não económico), isto é: progressista e defensor de grandes causas, como a igualdade entre mulheres e homens, brancos, negros e hispânicos, lutador, anos a fio, em favor do serviço de saúde gratuito para os pobres e os excluídos e dos Direitos Humanos. No plano internacional, manifestou-se contra todas as ditaduras, em especial a de Pinochet, e contra as guerras do Vietname e do Iraque.
Conheci-o quando, em 1970, fui, pela primeira vez, aos Estados Unidos e um amigo português residente em Providence me levou a Washington para o visitar e conhecer. Em Portugal, estávamos na fase aguda das guerras coloniais - que eu denunciei numa conferência no Overseas Press Club - falámos disso e fez-me perguntas sobre o regime, então já, em queda, sob Marcelo Caetano.
A seguir à Revolução dos Cravos, acabava eu de ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, o embaixador americano informou-me que o senador Kennedy queria vir a Portugal e gostava de me visitar. Convidei-o para jantar nas Necessidades (veio acompanhado de uma irmã). Para esse jantar, que foi dos primeiros, oferecidos a um estrangeiro - que me lembre - estiveram Álvaro Cunhal, Otelo, Almeida Santos e outros ministros. No final, em conversa, disse-me que tinha ouvido falar do fado e tinha curiosidade em o ouvir.
Improvisei uma ida a uma conhecida casa de Alfama. Ficaram impressionados. Uma das fadistas disse, por graça, que na nossa mesa estavam figuras que cantavam o fado tão bem como ela. Indicou, para o fado de Coimbra, Almeida Santos, e para o de Lisboa, Otelo. Acabaram ambos a cantar. Eu não, que desafino. Mas Cunhal aceitou cantar, com êxito, Grândola Vila Morena. Quando saímos, Ted Kennedy exclamou: "Fantástico, uma Revolução que canta..."
Encontrei-o depois, várias vezes, na América: sempre interessado por Portugal. Quando a Liga Internacional dos Direitos Humanos me atribuiu o grande prémio, quando visitei, em Boston, a instituição e a biblioteca em memória do seu irmão e quando fizemos um debate, de uma hora, para uma televisão americana, sobre Portugal, América e os portugueses no mundo lusófono.
Edward Kennedy foi uma grande figura de legislador e político das últimas décadas. Foi, como disse Obama, a alma do Partido Democrático: um homem progressista, generoso e bom. E ainda um grande amigo de Portugal. Que o digam os nossos emigrantes...
Viriato- Pontos : 16657
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
A conclusão que se tira é que este PSD, liderado por Manuela Ferreira Leite, parece não ter aprendido nada com a crise. Não percebeu que é preciso outro modelo de desenvolvimento, mais social, mais ambiental, com a economia e as finanças mais controladas pelo Estado e com regras éticas, que acabem com as especulações criminosas, com os off-shores, com as negociatas e as roubalheiras
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
Viriato escreveu:Um novo paradigma: sim ou não?
por Mário Soares
1. Há sinais incontestáveis de que a crise global está a abrandar, tanto em Portugal como noutros países da Europa e no mundo em geral. Mas não quer isso dizer, quanto a mim, que tenhamos batido no fundo e que já estejamos em franca recuperação. Não estamos. O desemprego continua a crescer e o crédito, pelo menos para a maioria, continua a ser difícil de obter, da parte dos bancos. O deficit a crescer...
A verdade é que não se procedeu ainda a uma análise crítica, séria e transparente, para o público em geral, do porquê da crise e das suas consequências a médio prazo. Sabemos que houve grandes empresas - e "respeitáveis" bancos - que faliram ou estiveram à porta da falência, que houve grandes especuladores que, inesperadamente, entraram em colapso e arrastaram com eles empresas e pessoas que neles confiaram. Foi o caso paradigmático de Madoff, na América, que já está julgado, condenado e na prisão, por longos anos, e de outros pequenos Madoffs portugueses, grandes à nossa escala, que não estão presos, apesar de alguns serem arguidos. Ninguém poderá dizer se o virão a estar alguma vez... Sabe--se alguma coisa da "operação furacão", tão publicitada há já tantos meses, por aqueles que a investigam? Ou dos casos tão simbólicos do BPN e do BPP?
Ou seja: está-se a procurar esquecer a crise, sem averiguar os seus fundamentos, para a perceber, nas suas causas e a poder vir a ultrapassar, bem como todas as suas nefastas consequências.
De resto, é importante que se diga que não é só em Portugal que tal acontece. Em vários países da União Europeia, no Reino Unido, em França, na Alemanha, em Itália, para só citar os maiores, está-se a procurar fazer o mesmo, pensando que se pode ultrapassar a crise, com meras medidas circunstanciais, digamos, de emergência (aliás ainda não integralmente explicadas) sem necessidade de ir às suas causas ou ignorando-as propositadamente. Ora, não pode.
Barack Obama, no momento da posse, disse que era preciso criar um "novo paradigma" político. É o que tem estado a fazer, com muita coragem, tanto no plano interno como externo. Com dificuldades óbvias que vêm dos sectores mais reaccionários da sociedade americana.
Contudo, na União Europeia, não se quer pensar assim. Os dirigentes mais responsáveis - com óbvias excepções - continuam a pensar que tudo pode ficar na mesma, favorecendo os muito ricos e abandonando à sua sorte as classes médias e, sobretudo, os pobres, os socialmente excluídos e os desempregados. Com o risco de fomentar grandes convulsões...
2. Vem isto a propósito do Programa de Governo do PSD, apresentado na última quinta-feira pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite. Não se pode dizer, em linguagem popular, que "a montanha pariu um rato". Não. A Dr.ª Ferreira Leite tinha prevenido que "quem espere grandes novidades será defraudado, porque não vai estar lá nada que não tenha já dito". É verdade. Então para que foi o espectáculo e todo o relambório mediático ocorrido, simbolicamente, no "Átrio do Futuro"? Realmente não houve novidades nem ideias novas. Só mais do mesmo. Como se não estivéssemos a viver a maior crise de sempre. No "Átrio do Futuro", não se ouviu um só pensamento estratégico quanto ao futuro, para sairmos da crise. Quer-se um exemplo? O grito de alma de "menos Estado", tão do agrado de George W. Bush e de Dick Cheney, quando agora são os banqueiros e os grandes empresários que têm andado de chapéu na mão a reclamar o auxílio do Estado, indo ao ponto de pedirem a nacionalização de bancos e empresas, para salvar os seus patrimónios...
A conclusão que se tira é que este PSD, liderado por Manuela Ferreira Leite, parece não ter aprendido nada com a crise. Não percebeu que é preciso outro modelo de desenvolvimento, mais social, mais ambiental, com a economia e as finanças mais controladas pelo Estado e com regras éticas, que acabem com as especulações criminosas, com os off-shores, com as negociatas e as roubalheiras.
Para tanto é preciso um Estado forte, prestigiado, progressista e responsável, É, por isso, muito estranho que, sendo Ferreira Leite de profissão economista, não tenha avançado com qualquer ideia para vencer a crise e para a construção de um novo modelo estratégico, de modo a fazer frente ao mundo novo que está a nascer.
Por outro lado, o Programa lançou várias piscadelas de olho à Esquerda Radical e aos meios sindicais para, oportunistamente, tentar caçar votos descontentes: os professores, como se os sindicalistas fossem parvos e não conhecessem a Dr.ª Manuela do tempo de ministra da Educação; os magistrados, parecendo desconhecer que os prazos processuais já existem e não se cumprem (não há aliás uma palavra sobre como se podem vir a cumprir); os polícias; os médicos e os enfermeiros; etc. Uma vontade política incontida de tentar criar, em proveito do PSD, uma "Federação de descontentes", como lhe chamou o ministro Santos Silva.
Mas será que as piscadelas de olho convencem alguém? Quando, ao mesmo tempo, se advoga o enfraquecimento do Estado em matéria de segurança social, de saúde, de educação, de trabalho, de ambiente, para que os privados se possam expandir. Não faz sentido. Com efeito, o Programa eleitoral do PSD foi uma grande frustração, para os que acreditavam que dele podia vir algo de novo. Não veio.
3. Morreu o último da segunda geração dos Kennedy: Edward Kennedy. Não foi Presidente dos Estados Unidos, como o seu irmão John, assassinado em Dallas, nem sequer candidato à Presidência, também assassinado, como seu irmão Robert. Foi apenas senador. Mas um prestigiado e influente senador por Massachusetts, onde existe uma forte comunidade lusíada, radicada há longos anos, e na sua maioria apoiante dos Kennedy...
Ted Kennedy foi o protótipo do senador liberal no sentido político (não económico), isto é: progressista e defensor de grandes causas, como a igualdade entre mulheres e homens, brancos, negros e hispânicos, lutador, anos a fio, em favor do serviço de saúde gratuito para os pobres e os excluídos e dos Direitos Humanos. No plano internacional, manifestou-se contra todas as ditaduras, em especial a de Pinochet, e contra as guerras do Vietname e do Iraque.
Conheci-o quando, em 1970, fui, pela primeira vez, aos Estados Unidos e um amigo português residente em Providence me levou a Washington para o visitar e conhecer. Em Portugal, estávamos na fase aguda das guerras coloniais - que eu denunciei numa conferência no Overseas Press Club - falámos disso e fez-me perguntas sobre o regime, então já, em queda, sob Marcelo Caetano.
A seguir à Revolução dos Cravos, acabava eu de ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, o embaixador americano informou-me que o senador Kennedy queria vir a Portugal e gostava de me visitar. Convidei-o para jantar nas Necessidades (veio acompanhado de uma irmã). Para esse jantar, que foi dos primeiros, oferecidos a um estrangeiro - que me lembre - estiveram Álvaro Cunhal, Otelo, Almeida Santos e outros ministros. No final, em conversa, disse-me que tinha ouvido falar do fado e tinha curiosidade em o ouvir.
Improvisei uma ida a uma conhecida casa de Alfama. Ficaram impressionados. Uma das fadistas disse, por graça, que na nossa mesa estavam figuras que cantavam o fado tão bem como ela. Indicou, para o fado de Coimbra, Almeida Santos, e para o de Lisboa, Otelo. Acabaram ambos a cantar. Eu não, que desafino. Mas Cunhal aceitou cantar, com êxito, Grândola Vila Morena. Quando saímos, Ted Kennedy exclamou: "Fantástico, uma Revolução que canta..."
Encontrei-o depois, várias vezes, na América: sempre interessado por Portugal. Quando a Liga Internacional dos Direitos Humanos me atribuiu o grande prémio, quando visitei, em Boston, a instituição e a biblioteca em memória do seu irmão e quando fizemos um debate, de uma hora, para uma televisão americana, sobre Portugal, América e os portugueses no mundo lusófono.
Edward Kennedy foi uma grande figura de legislador e político das últimas décadas. Foi, como disse Obama, a alma do Partido Democrático: um homem progressista, generoso e bom. E ainda um grande amigo de Portugal. Que o digam os nossos emigrantes...
porque TODOS OS MULTI MILIONARIOS COMO KENNEDY E SOARES se armam em esquerdistas?
JOHN ROBERTS- Pontos : 1683
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
porque TODOS OS MULTI MILIONARIOS COMO KENNEDY E SOARES se armam em esquerdistas?
JOHN ROBERTS
Não dei por que se trate aqui de direitistas e esquerdistas!
Onde é que leu isso?
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
João Ruiz escreveu:porque TODOS OS MULTI MILIONARIOS COMO KENNEDY E SOARES se armam em esquerdistas?
JOHN ROBERTS
Não dei por que se trate aqui de direitistas e esquerdistas!
Onde é que leu isso?
ACHO QUE ENTENDEU MUITO BEM!!
JOHN ROBERTS- Pontos : 1683
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
JOHN ROBERTS escreveu:João Ruiz escreveu:porque TODOS OS MULTI MILIONARIOS COMO KENNEDY E SOARES se armam em esquerdistas?
JOHN ROBERTS
Não dei por que se trate aqui de direitistas e esquerdistas!
Onde é que leu isso?
ACHO QUE ENTENDEU MUITO BEM!!
Entender... eu entendo!
Só que continua a fazer comentários, fora do assunto em pauta e isso eu não lhe permitirei aqui. Pode chamar-lhe censura ou outra coisa qualquer, que isso não importa.
Eu chamo-lhe Organização e Bom Ambiente na Mesa!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Recuperação económica - Portugal, país atípico
O Soares deve estar a falar do paradigma de lampedusa!!! Ele sabe do que eu estou a falar (saiu esta à Octávio Machado!!!)...
Quanto ao resto, o Barrack Obama está a limitar, mas muito dificilmente vai deixar de ser, o adiar para melhores dias o estrondoso encarar de perjúrios. Não são as promessas do SNS Universal americano que foram perjuradas... Foi o orçamento para guerras de combate ao inimigo (viet,cold w, golfo1, terrorismo), enquanto se prometia mais economia liberal, o que é um contrasenso, pois não há guerra nenhuma que aguente sem estado, enquanto os beneficiários mais altos são os que influenciam as decisões. O estado é mais do que essencial no apoio a causas fracturantes: guerras onde se disputam recursos importantes (inclusive a liberdade do nosso modo de vida), a investigação&tecnologia e a solidariedade.
Quanto ao resto, o Barrack Obama está a limitar, mas muito dificilmente vai deixar de ser, o adiar para melhores dias o estrondoso encarar de perjúrios. Não são as promessas do SNS Universal americano que foram perjuradas... Foi o orçamento para guerras de combate ao inimigo (viet,cold w, golfo1, terrorismo), enquanto se prometia mais economia liberal, o que é um contrasenso, pois não há guerra nenhuma que aguente sem estado, enquanto os beneficiários mais altos são os que influenciam as decisões. O estado é mais do que essencial no apoio a causas fracturantes: guerras onde se disputam recursos importantes (inclusive a liberdade do nosso modo de vida), a investigação&tecnologia e a solidariedade.
TheNightTrain- Pontos : 1089
Recuperação da economia vai chegar mais depressa do que o esperado
Recuperação da economia vai chegar mais depressa do que o esperado
Hoje às 10:55
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que a recuperação da economia vai chegar mais depressa do que o esperado há alguns meses. Nas previsões intercalares, esta quinta-feira divulgadas, a organização alerta, no entanto, para o risco de recaída que permanece elevado.
Até meados de 2010, a actividade económica deve continuar ainda fraca e por este motivo o relatório adianta que os governos mundiais devem prosseguir com os programas de estímulo das economias, já que o desemprego deve continuar a crescer, pressionando a procura privada.
O PIB para a Zona Euro foi revisto em alta ligeira e deve contrair 3,9 por cento este ano, em vez de 4,8 por cento previstos no final de Junho.
TSF
Hoje às 10:55
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que a recuperação da economia vai chegar mais depressa do que o esperado há alguns meses. Nas previsões intercalares, esta quinta-feira divulgadas, a organização alerta, no entanto, para o risco de recaída que permanece elevado.
Até meados de 2010, a actividade económica deve continuar ainda fraca e por este motivo o relatório adianta que os governos mundiais devem prosseguir com os programas de estímulo das economias, já que o desemprego deve continuar a crescer, pressionando a procura privada.
O PIB para a Zona Euro foi revisto em alta ligeira e deve contrair 3,9 por cento este ano, em vez de 4,8 por cento previstos no final de Junho.
TSF
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Consumo e exportações tiraram economia da recessão
Consumo e exportações tiraram economia da recessão
por DN
Hoje
A economia portuguesa caiu 3,7% no último ano, mas saiu da recessão no segundo trimestre de 2009, ao crescer 0,3% em relação ao trimestre anterior. A derrapagem da actividade económica foi travada pela melhoria dos indicadores do consumo privado e pelas exportações e por uma queda mais acentuada das importações. Os dados do investimento e o emprego são os pontos mais negativos do relatório hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As contas nacionais trimestrais indicam que o auge da crise se verificou no primeiro trimestre deste ano. Nessa altura, a economia portuguesa caiu 4% quando comparada com o mesmo trimestre do ano passado (período homólogo), indicador que melhorou um pouco no trimestre seguinte (3,9%).
Esse alívio deve-se ao facto de a economia ter efectivamente crescido nos meses de Abril, Maio e Junho, em 0,3%. A última vez que a economia portuguesa tinha registado um valor positivo foi exactamente no trimestre homólogo (0,1) – desde aí e até Abril a economia caiu sempre de trimestre para trimestre: -0,5; -1,8 e -1,8.
Procura interna em terreno muito negativo
Foi o investimento o indicador que pior comportamento teve em Abril, Maio e Junho. No total, a procura interna caiu 4,6%, devido a uma queda de 19,4 no investimento, maior que no início do ano (15,7).
A queda da procura interna não foi maior graças às famílias. Em relação ao trimestre homólogo, o consumo privado global caiu um por cento, melhor que nos primeiros meses do ano (-1,5%). O consumo de bens não duradouros e serviços, como por exemplo os alimentos, até cresceu um por cento em relação ao mesmo período do ano passado, acelerando 0,8% em relação ao início deste ano.
Mas, olhando para as tabelas do INE, o que contribuiu mais para o aumento do consumo privado global foi uma menor queda nos bens duradouros, como os automóveis: 15,5, contra 18,5 no trimestre anterior.
Exportações também importantes na melhoria
No seu relatório, o INE realça que “o contributo da procura externa líquida para a
variação homóloga do PIB [Produto Interno Bruto] foi positivo, fixando-se em 1,4 pontos percentuais no 2º trimestre de 2009 (0,1 p.p. no anterior)”.
Apesar de as exportações continuarem em queda, esta foi menor que no trimestre anterior, em termos homólogos: -17,1%, contra -19,3. As importações, pelo contrário, caíram ainda mais: -16,4%, contra -15,4.
A balança de bens e serviços, em percentagem do PIB, também melhorou (-6,2%), tendo valores menos negativos que o trimestre homólogo (-9,3) e que os primeiros meses do ano (-7,. No entanto, o INE avisa que esta melhoria se deve ao comportamento de preços de matérias-primas, como o petróleo e derivados, logo, susceptível de a qualquer momento inverter a tendência de melhoria.
Emprego caiu ainda mais
Apesar de no segundo trimestre do ano a economia ter saído da recessão, os efeitos da crise no emprego acentuaram. De acordo com o INE, “o emprego total para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido de sazonalidade,
diminuiu 2,7% no 2º trimestre de 2009”, quando no trimestre anterior tinha caído 1,6%.
Contando só o emprego por conta de outrem, este teve uma variação de -2%, contra -0,7% nos primeiros meses do ano.
DN
Nota: Para quando, senhor Administrador uma secção só para Economia?????
por DN
Hoje
A economia portuguesa caiu 3,7% no último ano, mas saiu da recessão no segundo trimestre de 2009, ao crescer 0,3% em relação ao trimestre anterior. A derrapagem da actividade económica foi travada pela melhoria dos indicadores do consumo privado e pelas exportações e por uma queda mais acentuada das importações. Os dados do investimento e o emprego são os pontos mais negativos do relatório hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As contas nacionais trimestrais indicam que o auge da crise se verificou no primeiro trimestre deste ano. Nessa altura, a economia portuguesa caiu 4% quando comparada com o mesmo trimestre do ano passado (período homólogo), indicador que melhorou um pouco no trimestre seguinte (3,9%).
Esse alívio deve-se ao facto de a economia ter efectivamente crescido nos meses de Abril, Maio e Junho, em 0,3%. A última vez que a economia portuguesa tinha registado um valor positivo foi exactamente no trimestre homólogo (0,1) – desde aí e até Abril a economia caiu sempre de trimestre para trimestre: -0,5; -1,8 e -1,8.
Procura interna em terreno muito negativo
Foi o investimento o indicador que pior comportamento teve em Abril, Maio e Junho. No total, a procura interna caiu 4,6%, devido a uma queda de 19,4 no investimento, maior que no início do ano (15,7).
A queda da procura interna não foi maior graças às famílias. Em relação ao trimestre homólogo, o consumo privado global caiu um por cento, melhor que nos primeiros meses do ano (-1,5%). O consumo de bens não duradouros e serviços, como por exemplo os alimentos, até cresceu um por cento em relação ao mesmo período do ano passado, acelerando 0,8% em relação ao início deste ano.
Mas, olhando para as tabelas do INE, o que contribuiu mais para o aumento do consumo privado global foi uma menor queda nos bens duradouros, como os automóveis: 15,5, contra 18,5 no trimestre anterior.
Exportações também importantes na melhoria
No seu relatório, o INE realça que “o contributo da procura externa líquida para a
variação homóloga do PIB [Produto Interno Bruto] foi positivo, fixando-se em 1,4 pontos percentuais no 2º trimestre de 2009 (0,1 p.p. no anterior)”.
Apesar de as exportações continuarem em queda, esta foi menor que no trimestre anterior, em termos homólogos: -17,1%, contra -19,3. As importações, pelo contrário, caíram ainda mais: -16,4%, contra -15,4.
A balança de bens e serviços, em percentagem do PIB, também melhorou (-6,2%), tendo valores menos negativos que o trimestre homólogo (-9,3) e que os primeiros meses do ano (-7,. No entanto, o INE avisa que esta melhoria se deve ao comportamento de preços de matérias-primas, como o petróleo e derivados, logo, susceptível de a qualquer momento inverter a tendência de melhoria.
Emprego caiu ainda mais
Apesar de no segundo trimestre do ano a economia ter saído da recessão, os efeitos da crise no emprego acentuaram. De acordo com o INE, “o emprego total para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido de sazonalidade,
diminuiu 2,7% no 2º trimestre de 2009”, quando no trimestre anterior tinha caído 1,6%.
Contando só o emprego por conta de outrem, este teve uma variação de -2%, contra -0,7% nos primeiros meses do ano.
DN
Nota: Para quando, senhor Administrador uma secção só para Economia?????
Joao Ruiz- Pontos : 32035
BCE mantém prognóstico de recuperação gradual
BCE mantém prognóstico de recuperação gradual
por Lusa
Hoje
O Banco Central Europeu (BCE) considerou hoje que a recessão na zona euro começou a diminuir, devendo dar agora azo a uma recuperação gradual.
Segundo o boletim mensal do BCE, existem cada vez mais sinais de estabilização nos 16 países da zona euro, levando o banco central a esperar "um período de estabilização e uma recuperação muito gradual".
O documento reitera as observações feitas na semana passada pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, após o banco ter mantido as taxas de juro no seu nível histórico mais baixo, de um por cento.
A baixa das taxas de juro desde os 4,25 por cento há um ano, suportadas pelas excepcionais medidas de apoio aos mercados financeiros da zona euro não atingiram o máximo possível de resultado, disse o banco, que prevê uma recuperação "desequilibrada".
Segundo o BCE, é urgente os governos tornarem os mercados de trabalho mais flexíveis e exigir "salários adequados" e "efectivos incentivos para o trabalho".
AV.
DN
por Lusa
Hoje
O Banco Central Europeu (BCE) considerou hoje que a recessão na zona euro começou a diminuir, devendo dar agora azo a uma recuperação gradual.
Segundo o boletim mensal do BCE, existem cada vez mais sinais de estabilização nos 16 países da zona euro, levando o banco central a esperar "um período de estabilização e uma recuperação muito gradual".
O documento reitera as observações feitas na semana passada pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, após o banco ter mantido as taxas de juro no seu nível histórico mais baixo, de um por cento.
A baixa das taxas de juro desde os 4,25 por cento há um ano, suportadas pelas excepcionais medidas de apoio aos mercados financeiros da zona euro não atingiram o máximo possível de resultado, disse o banco, que prevê uma recuperação "desequilibrada".
Segundo o BCE, é urgente os governos tornarem os mercados de trabalho mais flexíveis e exigir "salários adequados" e "efectivos incentivos para o trabalho".
AV.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
OCDE: 'sinais claros de recuperação' da economia mundial
OCDE: 'sinais claros de recuperação' da economia mundial
por DN
Hoje
Há “sinais mais fortes de recuperação na maioria” dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), segundo o índice de indicadores compostos avançados sobre as perspectivas económicas. Duas das sete maiores economias mundiais estão já em possível expansão – França e Itália – e a própria Zona Euro está perto desse ponto, mas Portugal ainda está longe.
Este índice da OCDE serve para prever o caminho que seguirão as economias nos meses a seguir. É composto por dez indicadores económicos que cujas mudanças podem indicar alterações no conjunto da economia desse país, explica o site Investopedia.com, da Forbes. O índice tem como base o valor 100 e os países acima estão em expansão ou com o crescimento a desacelerar, enquanto que os que estão abaixo desse índice estão em recessão ou a recuperar de uma queda.
O conjunto dos países da OCDE está ainda abaixo do valor 100, mas o índice já bateu no fundo e encontra-se nesta altura em recuperação, tendo vindo a acelerar cada vez mais (aumento de 1,2 em Maio, 1,4 em Junho e 1,5 em Julho).
A liderança na recuperação das principais economias ou blocos económicos está a ser feita pelos países com o Euro como moeda única. O índice da Zona Euro está em 100,5, com dois dos seus estados-membros já em expansão: a Itália (104, e a França (102,7). Também a União Europeia se destaca o Reino Unido, com o seu índice nos 100,6.
Os EUA (96), a China (99,4), o Japão (94,9), a Índia (98,6) e a Rússia (92, também se encontram em fase de recuperação. Entre as maiores economias só o Brasil ainda não chegou ao ponto de viragem, mas foi dos países que melhor resistiu à crise e tem um índice superior (97,4) ao de outras nações em recuperação. “Os sinais do Brasil, onde um ponto de viragem está a surgir, são também mais encorajadores que nas estatísticas divulgadas no mês passado”, escreve a OCDE.
Portugal também se encontra em recuperação, mas o ponto de viragem da economia lusa teve um dos índices mais baixos (92,4) dos contabilizados pela OCDE e o actual valor (94) está longe de chegar ao ponto em que se pode considerar que Portugal está em expansão económica.
DN
por DN
Hoje
Há “sinais mais fortes de recuperação na maioria” dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), segundo o índice de indicadores compostos avançados sobre as perspectivas económicas. Duas das sete maiores economias mundiais estão já em possível expansão – França e Itália – e a própria Zona Euro está perto desse ponto, mas Portugal ainda está longe.
Este índice da OCDE serve para prever o caminho que seguirão as economias nos meses a seguir. É composto por dez indicadores económicos que cujas mudanças podem indicar alterações no conjunto da economia desse país, explica o site Investopedia.com, da Forbes. O índice tem como base o valor 100 e os países acima estão em expansão ou com o crescimento a desacelerar, enquanto que os que estão abaixo desse índice estão em recessão ou a recuperar de uma queda.
O conjunto dos países da OCDE está ainda abaixo do valor 100, mas o índice já bateu no fundo e encontra-se nesta altura em recuperação, tendo vindo a acelerar cada vez mais (aumento de 1,2 em Maio, 1,4 em Junho e 1,5 em Julho).
A liderança na recuperação das principais economias ou blocos económicos está a ser feita pelos países com o Euro como moeda única. O índice da Zona Euro está em 100,5, com dois dos seus estados-membros já em expansão: a Itália (104, e a França (102,7). Também a União Europeia se destaca o Reino Unido, com o seu índice nos 100,6.
Os EUA (96), a China (99,4), o Japão (94,9), a Índia (98,6) e a Rússia (92, também se encontram em fase de recuperação. Entre as maiores economias só o Brasil ainda não chegou ao ponto de viragem, mas foi dos países que melhor resistiu à crise e tem um índice superior (97,4) ao de outras nações em recuperação. “Os sinais do Brasil, onde um ponto de viragem está a surgir, são também mais encorajadores que nas estatísticas divulgadas no mês passado”, escreve a OCDE.
Portugal também se encontra em recuperação, mas o ponto de viragem da economia lusa teve um dos índices mais baixos (92,4) dos contabilizados pela OCDE e o actual valor (94) está longe de chegar ao ponto em que se pode considerar que Portugal está em expansão económica.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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