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Mensagem por BUFFA General Aladeen Dom Ago 23, 2009 3:45 pm

O prazer que faz doer


Em Portugal, há festas sado-maso todos os meses. E também há dominadoras e submissos profissionais, que recebem clientes que pagam para ser humilhados, espancados ou para humilharem e espancarem. Entrámos no universo onde o prazer e a dor se (con)fundem.

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Queimaduras com cera de vela, açoitamentos com chicote são práticas comuns no BDSM. "Os meus clientes são pessoas perfeitamente normais", garante Lady M

Foi o brilho dos olhos da amiga que tornaram aquele mergulho irreversível. A amiga era dominatrix, Lady M não era ainda Lady M. Na altura, quando a porta se abriu e viu um homem amarrado, fugiu. Teve medo. Mas, depois, aquele brilho no olhar fascinava-a. Não o conseguia esquecer. Começou por ajudar a amiga dominadora, começou a gostar. Como estava desempregada, uniu o útil ao agradável, e foi ficando, aprendendo, e descobrindo que gostava daquela sensação de domínio, de poder sobre um outro. Descobriu como isso podia ser terrivelmente excitante. "Percebi que era aquilo que me faltava para me completar", conta. Isto aconteceu há seis anos - o seu primeiro contacto com o universo BDSM (Bondage Dominação Sadismo Masoquismo). Hoje, aos 29 anos, Lady M é dominadora profissional. Vive exclusivamente dos homens e mulheres que a procuram para sessões de dominação - e não se queixa. Não são tão poucos como se imagina os submissos dispostos a pagar uma média de 200 euros por uma hora passada a levar chicotadas, a lamberem botas, ou ficarem presos à mercê de outra pessoa que dispõe delas, na totalidade. E por que raio haverá pessoas que pagam para ser humilhadas ou estimuladas com choques eléctricos? Porque, para eles, o kick, é dar o controlo total a outro. E entregarem-se.

"Quem me procura é normalmente da classe média-alta", principia a dominatrix. "Pessoas com cargos de chefia, que precisam de uma hora de descompressão." Quase como se marcassem uma massagem. "Se é saudável o que aqui se pratica? Não sei, faz-nos bem... Ficamos ambos mais calmos..." Há todo o tipo de clientes: "Mais homens que mulheres, alguns casais, de todas as idades - dos 20 aos 80 e muitos, embora a maioria ande pelos quarentas, até por questões de poder económico. Há casais que vêm porque o marido quer que eu humilhe a mulher, homens casados cujas mulheres não sonham que eles gostam de ser dominados... Para a maioria, isto é uma bolha na vida deles. Têm uma vida perfeitamente normal, depois vêm aqui, em regra uma vez por semana, e descarregam." Há políticos, pessoas em cargos de poder e figuras públicas a requisitar sessões - mas o segredo é a alma deste negócio.

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Os dois submissos dominados: ele na jaula, ela na cruz de Santo André, à espera do chicote

Lady M tem regras. "Por exemplo, não domino quando não estou inspirada." Há dias em que não lhe apetece dominar - mas são poucos. Com clientes novos, tem uma conversa antes da sessão, para saber as suas fantasias e os seus limites - e depois ausenta-se, para planear o decurso daquela hora. "Dentro do mundo BDSM, pratico tudo. Considero-me uma dominadora hard - há outras mais soft, em Lisboa. Faço tudo: needle play (espetar agulhas), spanking (açoitar com chicotes), CBT (Cock and Ball Torture - Tortura do Pénis e dos Testículos), mumificação (enrolar o submisso em papel-filme, ficando completamente imobilizado, sendo a dominadora a controlar a sua respiração). Isso é uma coisa que me dá imenso prazer, excita-me imenso." Mas, atenção: quando Lady M diz que faz tudo, tudo não inclui sexo - pelo menos, não na interpretação tradicional. Não há penetração. Há manipulação sexual, mas não há coito. Na verdade, nestas sessões, o sexo está na cabeça de cada um.

Lady M abre-nos a porta do seu estúdio, num bairro da periferia de Lisboa. É uma mulher portentosa, enorme nas suas botas brancas de verniz até ao joelho, de salto agulha quilométrico, e 90 quilos. Tem quase 1,80 metros nesta indumentária, um longo vestido negro de cabedal, que a faz parecer uma rainha gótica, deslizante entre celas do seu castelo. O decote generoso, de onde o peito transborda, uma máscara de olhos pontiaguda como as orelhas de um gato, luvas pretas de verniz, unhas da mesma cor, e meias de rede completam o visual. O cabelo, comprido, é negro e liso. A cara é bonita, a voz doce. No entanto, é fácil imaginá-la no papel de dominatrix. E não seria preciso imaginar muito, porque a sessão estava prestes a começar.

O estúdio é um apartamento normal com várias divisões, onde a sala foi adaptada para acolher as sessões. Os estores estão integralmente corridos, o espaço mergulhado à luz de inúmeras velas. Há uma antiga mesa de operações, da II Guerra Mundial, convertida em mesa ginecológica, cheia de fivelas para amarrar braços e pernas, que serve para sevícias sexuais (fiesting: estimulação anal ou vaginal, com pesos, molas, estímulos eléctricos...). Ao lado, uma cruz de Santo André - uma cruz de madeira onde se acorrentam os submissos. Ao canto, uma jaula, para aplicar castigos. Central, ainda, é o trono, onde se senta a rainha (ou dominatrix); há um guincho eléctrico a pender do tecto, onde se suspendem as pessoas; uma sanita portátil, para 'chuva dourada' ou 'beijo negro', nomes bonitos para práticas que envolvem excrementos. Uma série de vibradores e outros instrumentos mais ou menos misteriosos completam a decoração do espaço, que conta dezenas de chicotes na parede, cordas, algemas e fotografias de exibições públicas, em mostras em Portugal e no estrangeiro. Noutra mesa, uma fileira de máscaras em látex ou borracha lembra as máscaras de gás. Ouve-se música em fundo, mas não é distintiva.

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A dominadora com uma máscara

Os submissos entram devidamente trajados. A mulher vem de french maid (criada francesa), avental por cima de uma mini-saia a revelar o rabo, sapatos de salto fino, fivelas de cabedal apertadas nos tornozelos e nos punhos, com ganchos que chocalham, ao andar. Ao pescoço, a obrigatória coleira, prova de submissão. "Sou eu que escolho a indumentária dos submissos, de acordo com a sua personalidade", explica Lady M. "No caso desta, ela não gosta de servir, por isso é bom, para a humilhar." O homem vem de máscara integral, por onde espreitam apenas olhos e boca, se o fecho éclair quiser. Traz também um harness (conjunto de tiras de cabedal que se unem no peito, num orifício ao qual está atada a coleira), tanga de cabedal preto, botas de cabedal e meias de rede até ao joelho.

A dominatrix senta-se no trono e os submissos ajoelham-se aos seus pés, "cabeça baixa, mãos atrás das costas". "Começamos pela adoração dos pés", decide Lady M. "Lambe-me as botas. Com força, até eu sentir a língua", ordena, veemente. "Têm que ficar bem engraxadas!" O escravo obedece. A seguir, enfia-lhe os dedos na boca e manda-o lamber-lhe a luva. Depois, mete-lhe o salto da bota, enorme, na boca. Ele lambe, obediente. Então, Lady M manda o submisso abrir a boca e deixa o seu cuspo escorrer para dentro da boca dele. O escravo não solta um som. "Não pode", garante ela. A única coisa que ele pode dizer, durante a sessão, é a safeword previamente combinada, se quiser que a dominadora pare. Neste caso, a palavra é stop. "Não", não chega.

Lady M acende um cigarro e 'lembra-se' que não tem cinzeiros à mão... Será 'forçada', portanto, a apagar o cigarro na língua do submisso... Ordena-lhe que ponha a língua de fora, despeja-lhe cinza, e depois, apaga o cigarro... O escravo geme de dor, transpira - mas não pede para parar. A dominadora prende-o então pelos pulsos ao guincho eléctrico preso no tecto e eleva-o, até ele ficar todo esticado. "Afasta as pernas", sentencia. Começa por lhe morder os mamilos, com força - muita força. Ele geme, ligeiramente. Seguem-se as molas. "Aceito as mais fortes", diz o submisso. A dominadora ri, perversamente. Lady M coloca-lhe as molas nos mamilos e depois passa-lhe uma 'roda da dor' (espécie de roda dentada com picos metálicos) no peito, na barriga, nos genitais. Ele não solta um ai.

A dominadora passa às velas. Lentamente, deixa os pingos de cera escorrerem-lhe peito abaixo, barriga... Ele arrepia-se, contrai-se. Um brilho atravessa-lhe então o olhar e exclama: "Vamos fazer fogo-de-artifício...!" Pega num tufo de pêlos do peito do submisso... e pega-lhe fogo, com a vela. "Cheira a carne de porco!", solta, rindo-se com gozo. Repete várias vezes. Ele não diz "pára", nem "não", nem "stop". Ele está a gostar. Lady M vira-o, baixa-lhe a tanga, leva o braço atrás para tomar balanço... e apaga-lhe a vela no rabo. Ele solta um som. Não chega a ser um 'ai'.

Intervalo. Cinco minutos mais tarde, os submissos voltam a ajoelhar diante da rainha. Segue-se um bocadinho de trampling (pisar uma pessoa). Ela começa por espetar o salto da bota nas costas do submisso, com força. Depois, ordena-lhe que se deite, de barriga para cima, e repete a façanha no mamilo. Desta vez ele queixa-se. Mas queixa-se muito mais quando ela lhe diz para esticar os braços para trás e lhe pisa as mãos, uma a uma, com a bota. São mais de 90 quilos... As atenções da dominadora voltam-se agora para a submissa. Prende o homem na jaula e dedica-se a dar uns 'mimos' à mulher. Prende-a à cruz de Santo André, levanta-lhe a saia, e começa a açoitá-la, com um chicote (spanking). Usa um flogger, um chicote em cabedal com uma série de terminações. O chicote estala no rabo da submissa. Lady M puxa-o atrás e bate com força. Mais tarde, a submissa confessar-nos-á que a cruz é o "objecto favorito" dela. "Adoro que me amarrem, que me puxem o cabelo, que me ponham cera quente... O que mais me dói são as molas nos mamilos", conta. Casada, esconde do marido esta faceta da sua sexualidade.

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Prendendo uma mola no mamilo, um dos mimos de uma sessão de dominação

Choque de realidade. Ver os submissos entrarem na sala, no fim da sessão, vestidos com a roupa do dia-a-dia, é levar um "banho de realidade". Por baixo daquelas personagens sem vontade, que acatavam todo o tipo de maus tratos, há agora gente de aparência perfeitamente 'normal', pese embora o relativismo da palavra. Jmslave, o nome do escravo de Lady M, vive com ela há dois anos. É um homem de 53 anos, empresário, vestido de camisa às riscas e calças de fato, igual a milhares de homens portugueses. "Saí de um casamento 'baunilha' (termo para os relacionamentos convencionais, que caem na rotina) de 26 anos, para viver com ela", conta. Para ele, sexualidade e BDSM confundem-se desde sempre. "Hoje sei dar nome àquilo que muito novo não conseguia explicar - como o facto de me sentir excitado quando via alguém amarrado num filme, ou de sentir prazer ao provocar dor nos genitais..." A sua primeira experiência sexual nos papéis de submissão/dominação aconteceu aos 18 anos. "Depois, seguiu-se um período de culpabilização, em que queria perceber por que fazia aquilo às pessoas, por que retirava prazer daquilo..." Por fim, rendeu-se.

Foi dez anos dominador, até descobrir que queria ser submisso. É aquilo a que se chama um switcher, uma pessoa que experimentou os dois papéis. Garante que ser submisso é muito melhor, "muito mais intenso", "porque tudo se passa na nossa cabeça - e os submissos têm sempre a última palavra". Acredita que demorou tanto tempo a tomar a decisão por associar submissão a perda de masculinidade.

Fala enquanto acaricia o cabelo de Lady M, carinhosamente. Vivem juntos, com o filho dela - o lado 'humano' da personagem. O filho não sabe o que faz a mãe, mas sabe que ela vai "a umas festas estranhas, às vezes", e que faz colecção de chicotes... "Às vezes, ando de chicote no Colombo", conta. Gosta de provocar. "Acredito que as pessoas que praticam SM são perfeitamente normais - apenas têm uma sexualidade diferente. Eu própria tenho uma sexualidade 'normal', e de vez em quando, pratico SM", remata.

"O AKI é uma óptima sex-shop". "Nunca desligamos disto", conta, referindo-se ao universo BDSM. "Mesmo quando vamos na rua, a ver montras, vemos tudo menos a roupa. O AKI, por exemplo, passa a ser uma óptima sex-shop. Ou uma loja de animais. Ou o Decathlon, que vende chicotes de equitação baratos." "Às vezes, se tenho dois submissos que me pedem coisas fraquinhas, a seguir telefono ao meu escravo (com quem vivo) e peço-lhe uma coisa forte." Uma coisa forte pode ser CBT, a tortura dos órgãos genitais, quer com rodas da dor quer com instrumentos cirúrgicos para enfiar na uretra... Essa é uma das coisas preferidas de Jmslave, que traz sempre as iniciais da sua dona (L.M.) gravadas no rabo a lâmina - e que já causaram episódios engraçados, como aquele do médico, no hospital, que lhe pediu para baixar as calças e não disse nada ao ver as marcas em carne viva. Ela entra em transe quando o faz, confessa. O termo técnico é space, quando o êxtase é tal que se perde a noção dos limites e da dor. Isso aconteceu numa festa, há 15 dias, com ele. As chicotadas nas costas eram tão fortes que o sangue jorrava profusamente, e ele sem dizer a safeword. Ela não podia parar - "uma dominadora não pode dar parte de fraca", e ele já noutra dimensão... E não dói? "Eu não gosto da dor," garante ele. "Mas a dor é viciante."

Uma festa diferente. Todos os primeiros sábados de cada mês, de há um ano para cá, Raul e Sofia (nomes fictícios) abrem as portas da sua casa de campo, a 25 quilómetros de Lisboa, para uma festa privada. Ao contrário das Gathering Parties, que acontecem bianualmente e que são abertas ao público em geral, aqui não entra quem quer. Só quem é do meio. "Por ausência de sítio para estar à vontade", desde que o único bar BDSM fechou portas, em Campo de Ourique, o casal, pai de três filhos, decidiu promover um encontro 'interpares', com a lotação máxima de 28. É a única festa organizada a nível nacional. As inscrições fazem-se online, num site, e são filtradas por ordem de chegada. À entrada, pedem-se 25 euros, para pagar as bebidas servidas na festa, que dura das 21h às 4h da madrugada. Nesse mesmo site, aparece toda uma minuta das regras de comportamento da casa - que são muitas... Como as cadeiras estarem reservadas aos dominadores, os fetiches com fezes não serem bem-vindos, ou o sexo só poder ter lugar na cocheira... Dito isto, os anfitriões garantem que, nas 12 festas que já deram, não se lembram de ter visto uma cena de sexo. "Há gente que pede um privado (pedem para ser deixados a sós numa das divisões da casa), mas apesar do sexo ser permitido, nunca assistimos", dizem.


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Mensagem por BUFFA General Aladeen Dom Ago 23, 2009 3:45 pm

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Vários objectos de BDSM


"Esta festa é como estar num pub", garante Raul. "Só que, em vez de estar vestido de uma forma baunilha, aqui posso estar como quiser - de látex, de máscara, seminu... Há aparelhos que se podem usar, há música, e as pessoas divertem-se." A casa tem dois pisos. Cá em baixo, a cozinha, uma casa-de-banho e a cocheira, ampla, onde uma cruz de Santo André domina o espaço. Subindo as escadas, chega-se à sala, espaço central da festa, onde abundam os objectos BDSM - todos construídos manualmente por eles. A primeira coisa com que nos deparamos é a jaula, à direita, sob a mezzanine, onde há uma cama e um objecto que parece um aspirador. Mais tarde, explicar-nos-ão que se trata de uma cama em látex, para a prática de breathplay. "Entra-se naquela espécie de saco-cama, liga-se o aspirador, que retira o ar todo, até se ficar com o látex completamente colado à pele", explicam. "Só se respira por um orifício para a boca."

Há ainda uma mesa de operações da II Guerra Mundial, semelhante à de Lady M - "comprada no eBay" -, uma cruz de Santo André, cordas que pendem de uma trave para a prática de shibari (técnica japonesa para amarrar pessoas com cordas), uma 'coisa' (um objecto de encaixe da cabeça e dos braços, que faz lembrar uma guilhotina sem lâmina), uma dúzia de chicotes pendurados na parede, e uma série de fotografias das mamas de Sofia presas com molas (tit press). Num armário fechado a cadeado, com porta em vidro, convivem uma série de objectos dos donos da casa: plugs eléctricos, que dão pequenas descargas, plugs anais em forma de granada, gags (mordaças) para pôr na boca - com bolas ou em versão para cavalo -, pesos para pendurar nos mamilos ou nos lábios vaginais.

O casal garante, no entanto, que "a festa é muito menos hardcore do que se imagina. Fala-se de política, de roupa, de onde se comprou determinado acessório... ela anda atarefada a perguntar quem quer caipirinhas", assegura, referindo-se a Sofia. "Se há pessoas novas, temos a preocupação de as enturmar. E acontece muito, com pessoas que vêm pela primeira vez, encontrarem amigos de infantário, secretárias encontrarem os patrões... Na última festa, veio um submisso que nunca tirou a máscara, que devia ser uma figura pública, de certeza."

Nunca tiveram que expulsar ninguém por ter bebido demais, por ter um comportamento inapropriado, por ser um arruaceiro. "Nunca notei aqui violência", diz Raul. Aliás, uma das máximas pelas quais o BDSM gosta de se reger obedece à sigla SSC: "São, Seguro e Consensual." A consensualidade, de resto, é a base da relação de qualquer dominador e submisso. Não se pense, no entanto, que esta é uma festa "para meninos". Dela consta, por exemplo, um leilão de escravos, em que os submissos preenchem uma ficha onde detalham o seu fetiche, o que gostam de fazer e a sua experiência, e depois são leiloados a dominadores, sob o comando do qual ficam.

"Apaixonei-me pelo dominador". Juntos há sete anos, Raul e Sofia têm cerca de 40 anos e são ambos quadros médios. Ela passa o dia a liderar, no trabalho, e chegada a casa, agradece que decidam por ela. Talvez por isso tenha sido para ela tão natural a posição de submissa. Isso, e o facto de se ter apaixonado... pelo dominador. "Ele disse-me que tinha uma sexualidade diferente, eu aceitei. Mas devo ter mesmo traços de submissa, porque até antes de namorarmos, uma vez ele pediu-me para tirar o sutiã num restaurante e eu tirei." Aliás, mal entrámos na casa, Sofia colocou a coleira, símbolo de submissão. Raul nem teve de dizer nada. "Porque esse é o meu papel aqui", assume, prontamente. "É sempre ele que decide o que vou vestir. E eu tenho todo o prazer em acatar", diz, com orgulho. Para um submisso, a vontade do dominador é o seu prazer. O grau de confiança entre Raul e Sofia é tal que eles não têm safeword. "Não sinto falta", garante ela, "confio plenamente nele". "Também porque eu sinto quando tenho de parar", completa ele.

A roupa, ou melhor, a variedade da indumentária, é outro pormenor interessante. Há uma profusão de possibilidades neste campo: "Desde fatos de enfermeira, de bailarina, de french maid, a fatos de escrava ou a fatos de pony girl, o maior fetiche de Sofia, que dá direito a botas com ferradura e tudo, tem ainda inúmeros vestidos de couro, espartilhos, corpetes..." Ele usa kilts, muitas peças pretas, de cabedal - e tudo isto está guardado em armários em casa, "que a empregada vê, e que os filhos podem abrir se quiserem, pois nada está trancado". Os miúdos nunca fizeram perguntas, embora os pais estejam convencidos que eles "sabem ou desconfiam - e levam na boa". E talvez um dia possam vir a assistir a uma festa onde há submissos que passam a noite a lamber as botas das dominadoras. Ou cruzarem-se com um homem vestido de criada, cujo fetiche é tão-somente limpar o pó e aspirar a casa...

Expresso


fotogaleria

http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/532121


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Mensagem por Viriato Dom Ago 23, 2009 4:04 pm

Isso é só o começo do show nas casas comerciais do senhor Ronaldo. O pior é o que vem depois....
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Mensagem por BUFFA General Aladeen Dom Ago 23, 2009 4:08 pm



a propósito.......
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