Eu sou a Manuela Moura Guedes
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Eu sou a Manuela Moura Guedes
"É impensável numa democracia que o Governo se escuse a ir a um jornal"
A polémica pivot da TVI fala em "vergonha" e "promiscuidade" referindo-se ao jornalismo. O processo contra José Sócrates está a ser ultimado
Depois da saída de José Eduardo Moniz, julgou-se que Manuela Moura Guedes estaria por um fio na TVI. Amanhã volta com o seu Jornal Nacional de Sexta-feira, alvo de uma chuva de críticas, do Governo aos reguladores - que ela também nunca poupa na resposta. Faz finca-pé na filosofia que cultiva no jornal e no seu estilo frontal - é impossível ficar imune ao que se está a noticiar, garante.
Há alguma mudança no formato ou filosofia do Jornal Nacional de Sexta-feira?
Não, só fez férias. Um jornal é um jornal, não tem muito que se lhe diga.
É um semanário e há um tratamento e apresentação diferente das notícias se forem emitidas no Jornal de Sexta ou de outro dia.
Este jornal tem uma linha editorial nítida: é completamente directo, não faz rodriguinhos. Os jornalistas que o fazem confrontam e questionam as pessoas das reportagens de maneira directa e sem qualquer tipo de rodeios, têm a mesma forma de abordagem das notícias. As peças, porque são de mais investigação, exigem um tratamento muito mais duro.
Porque trata histórias mais delicadas? Guardam-se exclusivos para o Jornal de Sexta?
Há quem tenha ideia que por serem histórias mais delicadas é preciso ter rodeios. Não há histórias delicadas: as histórias ou são verdadeiras ou não são, ou conseguimos prová-las ou não. Se sim, há que as pôr no ar, questionar sem rodeios e de modo a que as pessoas as percebam. Em jornal de televisão não dá para voltar atrás, não só o próprio tem que nos perceber como as pessoas que estão em casa têm que nos perceber. A pergunta tem que ser breve, concisa e directa, frontal.
Se é subdirectora de informação, por que não há essa filosofia nos outros dias?
Porque há editores intermédios, eu não consigo estar em tudo, não consigo incutir em toda a gente - e também não sei... nem toda a gente tem essa facilidade de fazer este tipo de coisas. Há pessoas que têm mais dificuldade de fazer este tipo de abordagem.
Essa frontalidade tem-lhe trazido sempre problemas.
Teve altos e baixos. Enfim, não há nenhum político que me ligue, não me lembro, há anos, de falar com um assessor. Não tenho esse tipo de contactos, também não preciso deles. Posso até dar lições de como fazer jornalismo sem falar com eles senão na altura da confrontação pública, do contraditório.
Nunca conseguiu ter ninguém do Governo no seu jornal.
Não, nenhum, nem percebo porquê.
Isso é uma ironia.
Não, não percebo. Porque é impensável numa democracia, num país europeu, pseudo-desenvolvido, que um Governo, todo ele, se escuse a ir a um jornal tendo recebido dezenas e dezenas e dezenas de convites. Quando digo dezenas é mesmo dezenas. Obviamente que há ministros que não foram convidados, mas são raros. Nós temos uma contabilização, eu já perdi a conta.
Porque têm orientações?
Não querem, obviamente. Tive alguns secretários de Estado. As pessoas esquecem-se que o Governo tem responsabilidades públicas de dar resposta aos cidadãos.
E o contraditório?
Depois da ERC, que pseudo-regula a actividade dos órgãos de comunicação social, dizer que este jornal que não fez o contraditório, tenho pena hoje de não dizer em cada uma das peças que não tivemos resposta. Sou presa por ter cão e presa por não ter. Se dissesse em cada peça que questionámos mas o Governo ou a administração pública não falou diziam que estava a fazer campanha contra o Governo, a provocar. Se não digo é porque não fazemos o contraditório. O Governo nunca fala para este jornal e portanto o contraditório é impossível.
Até que ponto isso condiciona a equipa?
Nós já temos o maior zelo em tudo o que fazemos. Condicionou-nos neste ponto, não no que era essencial. Tenho sempre que pensar duas vezes no que vou dizer.
Já pensou em desistir, ir embora?
Há alturas em que fico um bocado farta desta gente, mas ainda não ao ponto, pelo menos ultimamente, de dizer que me vou embora. Mas chega a uma altura é que o cansaço é muito grande e começo a pensar "será que vale a pena?"
E tem valido?
Profissionalmente, tenho a consciência tranquila. Porque o jornalismo se se faz com seriedade e com espírito de não cedência, seja em que área for, é sem nome. Preciso de fazer o jornalismo sem pensar que estou a trabalhar ou para a TVI ou seja para quem for. Eu quero é que o trabalho que fazemos seja útil. Até alertamos para o que está bom, mas normalmente alertamos para o que está mal. Os políticos querem é que se aponte o que está bom. Mas o que está bom é suposto que assim esteja.
O jornalismo contrapoder.
O jornalismo actualmente não é visto como um contrapoder, infelizmente. Há uns tempos alguém ficou irritado porque usei a expressão "morder as canelas" e vieram logo troçar. Pois morder as canelas não é morder o pescoço, não é o atacar; é estar ali sempre atento, não deixar descansar, é responsabilizar, chatear. É ser contrapoder, não é ser antipoder - e as pessoas confundem isso.
Tem sido muito crítica do jornalismo actual.
Tenho muita vergonha do jornalismo que se faz. Estive do lado de lá, por pouco tempo, mas deu para perceber muita coisa. E num sítio onde a política está muito nos corredores e onde os jornalistas passam muito tempo nos corredores. Assisti às coisas e confesso que tive vergonha.
Há demasiada proximidade?
Há promiscuidade e falta de preparação dos jornalistas. E cedem muito facilmente.
Conscientemente?
Odeio pensar que estou a ficar como aqueles dinossauros que eu dantes criticava, mas vejo uma impreparação tão grande e uma falta de interesse até pelas coisas que fazem parte da profissão, pela história, pelo que se passa. E depois é difícil relacionar os factos.
Nesse campo " verde" do jornalismo é mais fácil aos governos cultivarem.
E não só. Dantes era uma coisa sagrada. A política, as áreas económicas e o jornalismo eram coisa que não se tocava. Havia regras, até se pecava por excesso. Agora misturam-se muito facilmente, um jornalista fica babado se um político lhes telefona, ou pensa que um dia poderá ser assessor ou ser escolhido para um gabinete. Será por causa do mercado, porque são pagos, por medo de serem postos de lado.
Já sentiu isso na TVI?
Naquela fase em que eu não estava a apresentar o jornal, uma pessoa respondeu-me que não fazia algumas perguntas porque se calhar depois era despedido. "Olha, vê o que te aconteceu", disse-me. Achei alarmante.
Alguma vez foi de facto pressionada?
No dia em que for pressionada eu saio do ar. E quando não me virem no ar é porque alguma coisa se passou.
Já avançou com os processos contra o primeiro-ministro?
São dois processos, o do director-geral e o meu. Há várias pessoas que quiseram juntar-se e que se calhar ficam juntas ao processo. Não quero falar sobre isso, está entregue ao advogado.
O que distingue a informação da TVI das outras?
A independência. Nós somos mais independentes que a SIC, seguramente, e não estou a dizer isto por ser da TVI.
Com a saída do José Eduardo há alguma indicação de mudança da filosofia na informação?
Espero bem que não. Para já nada. Mas as pessoas foram nomeadas interinamente.
Mais do que pelas notícias em si, é criticada pelo estilo de apresentação. Onde se inspirou?
Em lado nenhum, sou eu. Porque não sou alforreca. Os meus pivots não são inócuos, tento sempre juntar mais informação e contextualizar a peça, ligá-la a outros acontecimentos, de maneira a que as pessoas percebam o enquadramento.
Mas junta-lhe um tom muito crítico...
É o meu tom. Acho isto fantástico. Andou o mundo inteiro a chorar o Walter Cronkite, um fulano que chorou, comentava tudo, tomou partido em não sei quantas coisas: "Um grande senhor!" Eu, que digo "pois", "mais uma vez", faço umas coisas que são do senso comum, sou criticada. E os pivots que dizem brejeirices, piscam o olho, fazem caretas quando vêem umas maminhas e uns rabinhos? Isso ninguém vê, nem a ERC nem os críticos, nem os outros jornalistas. Isto é estupidez. E já sobre a falta de isenção, de independência, o não tratarem os assuntos, repetirem a mesma notícia sem referirem que é quinta ou sexta vez que se anuncia uma coisa, tudo isto passa ao lado e estão preocupados se eu levanto uma sobrancelha ou se é o meu estilo ou não. Não... quando é política não se pode dizer nada, porque a política é sagrada.
Revê-se num paralelismo entre o Jornal e o Independente de há 15 anos?
Felizmente, porque o Independente, naquela altura, toda a gente esperava para saber que notícia trazia que deitava o ministro abaixo. A diferença é que hoje os ministros não vão abaixo - o que quer que aconteça permanecem no mesmo sítio, há muita impunidade.
Aguarda com expectativa o resultado das eleições?
Eu e toda a gente, não?
Que consequências pode ter no seu futuro profissional?
[risos] É melhor colocar reticências na resposta...
Depois da saída de José Eduardo Moniz, julgou-se que Manuela Moura Guedes estaria por um fio na TVI. Amanhã volta com o seu Jornal Nacional de Sexta-feira, alvo de uma chuva de críticas, do Governo aos reguladores - que ela também nunca poupa na resposta. Faz finca-pé na filosofia que cultiva no jornal e no seu estilo frontal - é impossível ficar imune ao que se está a noticiar, garante.
Há alguma mudança no formato ou filosofia do Jornal Nacional de Sexta-feira?
Não, só fez férias. Um jornal é um jornal, não tem muito que se lhe diga.
É um semanário e há um tratamento e apresentação diferente das notícias se forem emitidas no Jornal de Sexta ou de outro dia.
Este jornal tem uma linha editorial nítida: é completamente directo, não faz rodriguinhos. Os jornalistas que o fazem confrontam e questionam as pessoas das reportagens de maneira directa e sem qualquer tipo de rodeios, têm a mesma forma de abordagem das notícias. As peças, porque são de mais investigação, exigem um tratamento muito mais duro.
Porque trata histórias mais delicadas? Guardam-se exclusivos para o Jornal de Sexta?
Há quem tenha ideia que por serem histórias mais delicadas é preciso ter rodeios. Não há histórias delicadas: as histórias ou são verdadeiras ou não são, ou conseguimos prová-las ou não. Se sim, há que as pôr no ar, questionar sem rodeios e de modo a que as pessoas as percebam. Em jornal de televisão não dá para voltar atrás, não só o próprio tem que nos perceber como as pessoas que estão em casa têm que nos perceber. A pergunta tem que ser breve, concisa e directa, frontal.
Se é subdirectora de informação, por que não há essa filosofia nos outros dias?
Porque há editores intermédios, eu não consigo estar em tudo, não consigo incutir em toda a gente - e também não sei... nem toda a gente tem essa facilidade de fazer este tipo de coisas. Há pessoas que têm mais dificuldade de fazer este tipo de abordagem.
Essa frontalidade tem-lhe trazido sempre problemas.
Teve altos e baixos. Enfim, não há nenhum político que me ligue, não me lembro, há anos, de falar com um assessor. Não tenho esse tipo de contactos, também não preciso deles. Posso até dar lições de como fazer jornalismo sem falar com eles senão na altura da confrontação pública, do contraditório.
Nunca conseguiu ter ninguém do Governo no seu jornal.
Não, nenhum, nem percebo porquê.
Isso é uma ironia.
Não, não percebo. Porque é impensável numa democracia, num país europeu, pseudo-desenvolvido, que um Governo, todo ele, se escuse a ir a um jornal tendo recebido dezenas e dezenas e dezenas de convites. Quando digo dezenas é mesmo dezenas. Obviamente que há ministros que não foram convidados, mas são raros. Nós temos uma contabilização, eu já perdi a conta.
Porque têm orientações?
Não querem, obviamente. Tive alguns secretários de Estado. As pessoas esquecem-se que o Governo tem responsabilidades públicas de dar resposta aos cidadãos.
E o contraditório?
Depois da ERC, que pseudo-regula a actividade dos órgãos de comunicação social, dizer que este jornal que não fez o contraditório, tenho pena hoje de não dizer em cada uma das peças que não tivemos resposta. Sou presa por ter cão e presa por não ter. Se dissesse em cada peça que questionámos mas o Governo ou a administração pública não falou diziam que estava a fazer campanha contra o Governo, a provocar. Se não digo é porque não fazemos o contraditório. O Governo nunca fala para este jornal e portanto o contraditório é impossível.
Até que ponto isso condiciona a equipa?
Nós já temos o maior zelo em tudo o que fazemos. Condicionou-nos neste ponto, não no que era essencial. Tenho sempre que pensar duas vezes no que vou dizer.
Já pensou em desistir, ir embora?
Há alturas em que fico um bocado farta desta gente, mas ainda não ao ponto, pelo menos ultimamente, de dizer que me vou embora. Mas chega a uma altura é que o cansaço é muito grande e começo a pensar "será que vale a pena?"
E tem valido?
Profissionalmente, tenho a consciência tranquila. Porque o jornalismo se se faz com seriedade e com espírito de não cedência, seja em que área for, é sem nome. Preciso de fazer o jornalismo sem pensar que estou a trabalhar ou para a TVI ou seja para quem for. Eu quero é que o trabalho que fazemos seja útil. Até alertamos para o que está bom, mas normalmente alertamos para o que está mal. Os políticos querem é que se aponte o que está bom. Mas o que está bom é suposto que assim esteja.
O jornalismo contrapoder.
O jornalismo actualmente não é visto como um contrapoder, infelizmente. Há uns tempos alguém ficou irritado porque usei a expressão "morder as canelas" e vieram logo troçar. Pois morder as canelas não é morder o pescoço, não é o atacar; é estar ali sempre atento, não deixar descansar, é responsabilizar, chatear. É ser contrapoder, não é ser antipoder - e as pessoas confundem isso.
Tem sido muito crítica do jornalismo actual.
Tenho muita vergonha do jornalismo que se faz. Estive do lado de lá, por pouco tempo, mas deu para perceber muita coisa. E num sítio onde a política está muito nos corredores e onde os jornalistas passam muito tempo nos corredores. Assisti às coisas e confesso que tive vergonha.
Há demasiada proximidade?
Há promiscuidade e falta de preparação dos jornalistas. E cedem muito facilmente.
Conscientemente?
Odeio pensar que estou a ficar como aqueles dinossauros que eu dantes criticava, mas vejo uma impreparação tão grande e uma falta de interesse até pelas coisas que fazem parte da profissão, pela história, pelo que se passa. E depois é difícil relacionar os factos.
Nesse campo " verde" do jornalismo é mais fácil aos governos cultivarem.
E não só. Dantes era uma coisa sagrada. A política, as áreas económicas e o jornalismo eram coisa que não se tocava. Havia regras, até se pecava por excesso. Agora misturam-se muito facilmente, um jornalista fica babado se um político lhes telefona, ou pensa que um dia poderá ser assessor ou ser escolhido para um gabinete. Será por causa do mercado, porque são pagos, por medo de serem postos de lado.
Já sentiu isso na TVI?
Naquela fase em que eu não estava a apresentar o jornal, uma pessoa respondeu-me que não fazia algumas perguntas porque se calhar depois era despedido. "Olha, vê o que te aconteceu", disse-me. Achei alarmante.
Alguma vez foi de facto pressionada?
No dia em que for pressionada eu saio do ar. E quando não me virem no ar é porque alguma coisa se passou.
Já avançou com os processos contra o primeiro-ministro?
São dois processos, o do director-geral e o meu. Há várias pessoas que quiseram juntar-se e que se calhar ficam juntas ao processo. Não quero falar sobre isso, está entregue ao advogado.
O que distingue a informação da TVI das outras?
A independência. Nós somos mais independentes que a SIC, seguramente, e não estou a dizer isto por ser da TVI.
Com a saída do José Eduardo há alguma indicação de mudança da filosofia na informação?
Espero bem que não. Para já nada. Mas as pessoas foram nomeadas interinamente.
Mais do que pelas notícias em si, é criticada pelo estilo de apresentação. Onde se inspirou?
Em lado nenhum, sou eu. Porque não sou alforreca. Os meus pivots não são inócuos, tento sempre juntar mais informação e contextualizar a peça, ligá-la a outros acontecimentos, de maneira a que as pessoas percebam o enquadramento.
Mas junta-lhe um tom muito crítico...
É o meu tom. Acho isto fantástico. Andou o mundo inteiro a chorar o Walter Cronkite, um fulano que chorou, comentava tudo, tomou partido em não sei quantas coisas: "Um grande senhor!" Eu, que digo "pois", "mais uma vez", faço umas coisas que são do senso comum, sou criticada. E os pivots que dizem brejeirices, piscam o olho, fazem caretas quando vêem umas maminhas e uns rabinhos? Isso ninguém vê, nem a ERC nem os críticos, nem os outros jornalistas. Isto é estupidez. E já sobre a falta de isenção, de independência, o não tratarem os assuntos, repetirem a mesma notícia sem referirem que é quinta ou sexta vez que se anuncia uma coisa, tudo isto passa ao lado e estão preocupados se eu levanto uma sobrancelha ou se é o meu estilo ou não. Não... quando é política não se pode dizer nada, porque a política é sagrada.
Revê-se num paralelismo entre o Jornal e o Independente de há 15 anos?
Felizmente, porque o Independente, naquela altura, toda a gente esperava para saber que notícia trazia que deitava o ministro abaixo. A diferença é que hoje os ministros não vão abaixo - o que quer que aconteça permanecem no mesmo sítio, há muita impunidade.
Aguarda com expectativa o resultado das eleições?
Eu e toda a gente, não?
Que consequências pode ter no seu futuro profissional?
[risos] É melhor colocar reticências na resposta...
público
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
[risos] É melhor colocar reticências na resposta...
Ah, Pois é! Ri-te, ri-te mas antes, vai ver o que o Emídio Rangel diz.
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
Saída de Moura Guedes na blogoesfera
http://aeiou.expresso.pt/saida-de-moura-guedes-na-blogoesfera=f533796
O afastamento de Manuela Moura Guedes do ecrã da TVI é o tema do dia nos blogues. Sócrates é visto como responsável.
Muitos bloguers culpam Sócrates pelo afastamento de Manuela Moura Guedes
Tal como no resto do país também na blogoesfera a suspensão do telejornal de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, é o assunto do dia.
No "31 da Armada" associa-se a saída da pivot a pressões vindas do executivo de Sócrates. "Quando a um mês das eleições, a Prisa retira do ar o telejornal líder de audiências, isso apenas se pode justificar pelas fortes pressões que recebeu por parte do governo."
"O país necessita mudar de rumo a 27 de Setembro, terminar com a atmosfera de claustrofobia em que vivemos e atirar com esta gente para o caixote de lixo da História", escreve António de Almeida no "Direito de Opinião ".
A estranheza pela administração da TVI ter suspendido um jornal líder de audiências é destacada no "Blasfémias" . "Em termos de informação isto equivale a um ourives que deitasse fora o que de melhor tinha na montra."
Entre muitas teorias há um responsável comum para os bloguers. "Sócrates, o homem que mais poder concentrou nas suas mãos nos 35 anos de democracia, não brinca em serviço, não perdoa, não facilita", lê-se no "Tomar Partido" .
Em defesa de Sócrates e do PS, o Simplex vem dizer que a saída da jornalista só prejudica os socialistas. "Mas a questão fulcral é a de saber quais as razões que levaram a administração da TVI a tomar esta decisão a três semanas das eleições - exactamente agora, quando essa decisão só pode penalizar o PS e Sócrates."
Muitos bloguers culpam Sócrates pelo afastamento de Manuela Moura Guedes
Tal como no resto do país também na blogoesfera a suspensão do telejornal de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, é o assunto do dia.
No "31 da Armada" associa-se a saída da pivot a pressões vindas do executivo de Sócrates. "Quando a um mês das eleições, a Prisa retira do ar o telejornal líder de audiências, isso apenas se pode justificar pelas fortes pressões que recebeu por parte do governo."
"O país necessita mudar de rumo a 27 de Setembro, terminar com a atmosfera de claustrofobia em que vivemos e atirar com esta gente para o caixote de lixo da História", escreve António de Almeida no "Direito de Opinião ".
A estranheza pela administração da TVI ter suspendido um jornal líder de audiências é destacada no "Blasfémias" . "Em termos de informação isto equivale a um ourives que deitasse fora o que de melhor tinha na montra."
Entre muitas teorias há um responsável comum para os bloguers. "Sócrates, o homem que mais poder concentrou nas suas mãos nos 35 anos de democracia, não brinca em serviço, não perdoa, não facilita", lê-se no "Tomar Partido" .
Em defesa de Sócrates e do PS, o Simplex vem dizer que a saída da jornalista só prejudica os socialistas. "Mas a questão fulcral é a de saber quais as razões que levaram a administração da TVI a tomar esta decisão a três semanas das eleições - exactamente agora, quando essa decisão só pode penalizar o PS e Sócrates."
http://aeiou.expresso.pt/saida-de-moura-guedes-na-blogoesfera=f533796
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
ahahahahahahhaa .... é de ir às lágrimas a rir ..... ahahahaha ....
os portugueses podem não prestar para nada em certas coisas....
mas no humor .... não há quem os bata ......
five stars .....
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Deixem-me rir da risota
Nao sei onde para o YouTub que Buffa meteu da Moura Guedes que eu enviei para um alto funcionário algures em Lisboa
Que me acaba de comunicar que teve que saltar da cadeira e de rastos a arder em riso fechar a porta para que a pessoalidade nao soubesse a causa
Ontem um comentador de Tv garantia que o mal dos políticos e especialmente a Ferreira que nem rir sabe e o Zé ri duro e tenso a gargalhar
Lembro que o maior sucesso ate hoje numa votação foi influenciado pelos gatos Fedorentos quando plagiaram as analises do Professor Marcelo ( e o ridiculo da mesma )
Este video Do Hitler versus Manuel<Moura Guedes deve andar por aí a fazer estragos
Porque no fundo trata-se de um assunto menor da politica em que todos os interessados se prostituiram em lagrimas de crocodilo
e a IRONIA MATA pelo riso
Que me acaba de comunicar que teve que saltar da cadeira e de rastos a arder em riso fechar a porta para que a pessoalidade nao soubesse a causa
Ontem um comentador de Tv garantia que o mal dos políticos e especialmente a Ferreira que nem rir sabe e o Zé ri duro e tenso a gargalhar
Lembro que o maior sucesso ate hoje numa votação foi influenciado pelos gatos Fedorentos quando plagiaram as analises do Professor Marcelo ( e o ridiculo da mesma )
Este video Do Hitler versus Manuel<Moura Guedes deve andar por aí a fazer estragos
Porque no fundo trata-se de um assunto menor da politica em que todos os interessados se prostituiram em lagrimas de crocodilo
e a IRONIA MATA pelo riso
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
BUFFA escreveu:
ahahahahahahhaa .... é de ir às lágrimas a rir ..... ahahahaha ....
os portugueses podem não prestar para nada em certas coisas....
mas no humor .... não há quem os bata ......
five stars .....
absolutamente hilariante!!! tens razao buffa, eh de ir as lagrimas!!
Terminator- Pontos : 2544
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
Vitor mango escreveu:Nao sei onde para o YouTub que Buffa meteu da Moura Guedes
esta aki
https://vagueando.forumeiros.com/mesa-do-terminator-f23/eu-sou-a-manuela-moura-guedes-t12278.htm
este topico devia ser fundido lah, mas eu nao o posso tirar daki, tens de ser tu ou o pato
Terminator- Pontos : 2544
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
Na comunicação social o que parece é
por Mário Crespo
por Mário Crespo
2009-09-07
Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.
35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.
No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.
Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.
Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos".
Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.
É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.
A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.
O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.
Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.
Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.
O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.
É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.
É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.
35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.
No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.
Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.
Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos".
Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.
É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.
A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.
O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.
Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.
Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.
O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.
É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.
É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.
JN
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
BUFFA escreveu:Na comunicação social o que parece é
por Mário Crespo
ele lah sabera, que jah la anda ha muitos anos.
nota-se pelo tom, k mario crespo esta muito zangado, e emite uma opiniao bastante fundamentalista, com algumas acusaçoes a roçar o muito grave...
Terminator- Pontos : 2544
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
Terminator escreveu:
ele lah sabera, que jah la anda ha muitos anos.
nota-se pelo tom, k mario crespo esta muito zangado, e emite uma opiniao bastante fundamentalista, com algumas acusaçoes a roçar o muito grave...
.... a pretexto da liberdade de expressão tem-se estragado a vidinha a muita gente....
tem-se feito com que miúdos tenham vergonha dos pais que têm...
Sendo pela liberdade de expressão, como sou, também sou pela postura de não se confundirem os papéis, funções e missões das instituições:
- Uma coisa é informar, outra é caluniar, e outra ainda é julgar.
admito que alguns erros neste domínio sejam próprios de uma democracia jovem...
Mas caramba já tem mais de 30 anos, esta Democracia
exige-se mais maturidade por parte dos media para respeitarem os limites do que é informar com rigor e com ética.
Não pode valer tudo...
E para MMG parece que vale mesmo tudo .......tirar olhos, arrancar dentes....
(por mim, eu ligava muito pouko ao k ela dizia, eu queria era ouvir o maluco ... VPV ... apesar do seu tendenciosismo ... VPV é muito culto e é esperto...)
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eu sou a Manuela Moura Guedes
BUFFA escreveu:
.... a pretexto da liberdade de expressão tem-se estragado a vidinha a muita gente....
bem sei, mas tambem nao aceito que sob a capa do proteccionismo de "nao se estragar a vidinha a muita gente" se reduza ou se pretenda controlar a liberdade de expressao.
coincidencia ou nao, em poucas semanas, "e vao dois" - MMG e gonçalo amaral
se pensarmos bem, e se os maccann forem/fossem inocentes, este livro eh muito grave para a sua "credibilidade". isto visto do ponto de vista ingles.
porque nestas coisas, há sempre dois pontos de vista. pelo menos.
Terminator- Pontos : 2544
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