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O Penteado de Cristiano Ronaldo
por LJSMN Sáb Set 05, 2009 11:43 am
O Penteado de Cristiano Ronaldo
“Se Deus não agrada a toda a gente, não vou agradar eu”, disse Cristiano Ronaldo, há uma semana, numa entrevista ao jornal espanhol El País. A frase tanto pode ser vista como a atitude despreocupada do jogador mais caro do planeta em relação às animosidades que a sua personalidade suscita, ou pode ler-se nela a expressão do grande ego que mora na sua cabeça. Tudo depende de quem lê e do que se sente pelo jogador.
O que se sabe é que futebol é religião porque é jogado por pobres humanos, como um dia escreveu Nelson Rodrigues, autor brasileiro de muitas crónicas sobre o jogo da bola. E em termos de paixões, aí sim, Cristiano Ronaldo é grande. Sejam elas negativas ou positivas, o avançado do Real Madrid e da selecção nacional é figura omnipresente por onde passa. Sobretudo nas primeiras páginas dos jornais, como acontece neste sábado, dia do Dinamarca-Portugal, em Copenhaga.
Olha-se para a capa do “Politiken”, considerado um dos respeitáveis periódicos da Dinamarca, e lá está Ronaldo, a dominar toda a primeira página. Não em pessoa, mas num cartoon, a três colunas, com a caricatura do jogador por cima de um fundo rosa. Já se sabe que o cartoon é um petisco tradicional dinamarquês desde que o (agora) famoso “Jyllands-Posten” publicou a polémica caricatura de Maomé com uma bomba em cima do turbante. Desta vez, é o “Politiken” a fazer das suas, com esse jogador que ousa comparar-se a Deus, mostrando Ronaldo não com uma bomba na cabeça, mas com uma rosa presa na orelha direita. Ao lado da caricatura, um título que diz algo como: “A estrela planetária Ronaldo. Obviamente ele passou algum tempo a pentear-se”.
Sem humor, não se sobrevive na Dinamarca. E sem guarda-chuva também não. Há uma forte possibilidade de o importante jogo de qualificação para o Mundial 2010, entre o líder do grupo 1 e Portugal (que tem menos sete pontos que a Dinamarca), decorrer sob chuva, que cai desde manhã.
Nada que deva preocupar os 40 mil espectadores que são esperados no Parken Stadium e que esgotaram em dois dias os bilhetes disponíveis. Claro que os da casa estarão em maioria nas bancadas, uma das quais será “inaugurada” nesta partida, depois de ter sido renovada. Mas tanto no centro da cidade como em redor do estádio, também se vêem as cores de Portugal. Como no cachecol de Alberto Vieira, um funchalense conterrâneo de Ronaldo que, há 24 anos, vive na Venezuela e que voou até Copenhaga especificamente para ver a turma de Queiroz a tentar manter-se na corrida a um bilhete para a África do Sul.
“É a primeira vez que vou ver a selecção portuguesa”, diz Alberto, à porta do Hard Rock Café. “Vim com um tio e um amigo catalão, adepto do Barcelona. Tentei comprar bilhetes pela Internet, mas pediam-me 150 euros por cada entrada”, queixa-se o madeirense, num português com sotaque castelhano. Acabou por resolver a coisa através da Federação Portuguesa de Futebol, pagando 50 euros por bilhete.
Nem todas as camisolas verdes e vermelhas que se mostram na Hans Christian Andersen Boulevard são de portugueses. Há também miúdos dinamarqueses a envergá-las, porque há um português a vendê-las. É dessa forma que Jorge Franco, 37 anos, de Palmela, gestor hoteleiro, ajuda a financiar muitas das viagens que faz para acompanhar a selecção portuguesa. Leva mais “internacionalizações” que muitos dos jogadores que Queiroz chamou para este compromisso. E, curiosamente, “estreou-se” num Portugal-Dinamarca.
“Foi no Europeu da Inglaterra, em 1996”, recorda Jorge, enfiado num fraque com as cores da bandeira portuguesa, traje que nos últimos dias andou a passear pela Suécia, durante o estágio que a equipa lusa aí realizou. O resultado deste sábado determinará se segue daqui para Budapeste, onde Portugal joga, na próxima quarta-feira, mais um jogo de qualificação. “Se não ganhamos hoje, o ambiente vai ficar difícil. E daqui a Budapeste ainda são muitos quilómetros”.
De Hamburgo, saiu este sábado de manhã um autocarro com 80 portugueses. Alguns residem na Alemanha, outros na Bélgica, Holanda ou Luxemburgo. Esperam pelo autocarro que transportará a selecção portuguesa até ao estádio. Junto a eles, também há umas jovens dinamarquesas, à espera. Caçam autógrafos e fotografias. A chuva cai insistentemente. Será que o penteado de Cristiano Ronaldo aguenta?
Público
“Se Deus não agrada a toda a gente, não vou agradar eu”, disse Cristiano Ronaldo, há uma semana, numa entrevista ao jornal espanhol El País. A frase tanto pode ser vista como a atitude despreocupada do jogador mais caro do planeta em relação às animosidades que a sua personalidade suscita, ou pode ler-se nela a expressão do grande ego que mora na sua cabeça. Tudo depende de quem lê e do que se sente pelo jogador.
O que se sabe é que futebol é religião porque é jogado por pobres humanos, como um dia escreveu Nelson Rodrigues, autor brasileiro de muitas crónicas sobre o jogo da bola. E em termos de paixões, aí sim, Cristiano Ronaldo é grande. Sejam elas negativas ou positivas, o avançado do Real Madrid e da selecção nacional é figura omnipresente por onde passa. Sobretudo nas primeiras páginas dos jornais, como acontece neste sábado, dia do Dinamarca-Portugal, em Copenhaga.
Olha-se para a capa do “Politiken”, considerado um dos respeitáveis periódicos da Dinamarca, e lá está Ronaldo, a dominar toda a primeira página. Não em pessoa, mas num cartoon, a três colunas, com a caricatura do jogador por cima de um fundo rosa. Já se sabe que o cartoon é um petisco tradicional dinamarquês desde que o (agora) famoso “Jyllands-Posten” publicou a polémica caricatura de Maomé com uma bomba em cima do turbante. Desta vez, é o “Politiken” a fazer das suas, com esse jogador que ousa comparar-se a Deus, mostrando Ronaldo não com uma bomba na cabeça, mas com uma rosa presa na orelha direita. Ao lado da caricatura, um título que diz algo como: “A estrela planetária Ronaldo. Obviamente ele passou algum tempo a pentear-se”.
Sem humor, não se sobrevive na Dinamarca. E sem guarda-chuva também não. Há uma forte possibilidade de o importante jogo de qualificação para o Mundial 2010, entre o líder do grupo 1 e Portugal (que tem menos sete pontos que a Dinamarca), decorrer sob chuva, que cai desde manhã.
Nada que deva preocupar os 40 mil espectadores que são esperados no Parken Stadium e que esgotaram em dois dias os bilhetes disponíveis. Claro que os da casa estarão em maioria nas bancadas, uma das quais será “inaugurada” nesta partida, depois de ter sido renovada. Mas tanto no centro da cidade como em redor do estádio, também se vêem as cores de Portugal. Como no cachecol de Alberto Vieira, um funchalense conterrâneo de Ronaldo que, há 24 anos, vive na Venezuela e que voou até Copenhaga especificamente para ver a turma de Queiroz a tentar manter-se na corrida a um bilhete para a África do Sul.
“É a primeira vez que vou ver a selecção portuguesa”, diz Alberto, à porta do Hard Rock Café. “Vim com um tio e um amigo catalão, adepto do Barcelona. Tentei comprar bilhetes pela Internet, mas pediam-me 150 euros por cada entrada”, queixa-se o madeirense, num português com sotaque castelhano. Acabou por resolver a coisa através da Federação Portuguesa de Futebol, pagando 50 euros por bilhete.
Nem todas as camisolas verdes e vermelhas que se mostram na Hans Christian Andersen Boulevard são de portugueses. Há também miúdos dinamarqueses a envergá-las, porque há um português a vendê-las. É dessa forma que Jorge Franco, 37 anos, de Palmela, gestor hoteleiro, ajuda a financiar muitas das viagens que faz para acompanhar a selecção portuguesa. Leva mais “internacionalizações” que muitos dos jogadores que Queiroz chamou para este compromisso. E, curiosamente, “estreou-se” num Portugal-Dinamarca.
“Foi no Europeu da Inglaterra, em 1996”, recorda Jorge, enfiado num fraque com as cores da bandeira portuguesa, traje que nos últimos dias andou a passear pela Suécia, durante o estágio que a equipa lusa aí realizou. O resultado deste sábado determinará se segue daqui para Budapeste, onde Portugal joga, na próxima quarta-feira, mais um jogo de qualificação. “Se não ganhamos hoje, o ambiente vai ficar difícil. E daqui a Budapeste ainda são muitos quilómetros”.
De Hamburgo, saiu este sábado de manhã um autocarro com 80 portugueses. Alguns residem na Alemanha, outros na Bélgica, Holanda ou Luxemburgo. Esperam pelo autocarro que transportará a selecção portuguesa até ao estádio. Junto a eles, também há umas jovens dinamarquesas, à espera. Caçam autógrafos e fotografias. A chuva cai insistentemente. Será que o penteado de Cristiano Ronaldo aguenta?
Público
LJSMN- Pontos : 1769
Re: O Penteado de Cristiano Ronaldo
por LJSMN Sáb Set 05, 2009 11:55 am
Vamos lá a ver!
Os dinamarqueses não parecem nada impressionados com o penteado.
LJSMN- Pontos : 1769
Re: O Penteado de Cristiano Ronaldo
por LJSMN Sáb Set 05, 2009 12:19 pm
15 min. - Ai se não fosse o penteado!! Bora a isto, Ron-ron!
25 min - Ó Simão, pah! Se voltas a falhar outra levas uma carecada!
35 min - Ron-ron, se tens dado desconto ao penteado, essa não tinha saído por cima da baliza!
38 min - Os dinamarqueses já foram campeões do mundo de andebol. Só o árbitro é que não viu.
40 min - Quem não marca sofre e outras chachadas do costume.
Ao intervalo - Os suecos até estão a dar uma ajuda. Falta outro tanto
Início da 2ª parte - Portugal está mais levezinho, mas os vikings estão com más intenções.
60 min - Continua o tiro ao boneco. O guarda-redes dinamarquês nem é tão grande como isso.
85 min - Levezinho!!! YES!!!
Final - 1 - 1. Portugal ganhou no tiro ao boneco. Ainda não acabou tudo... mas já faltou mais.
Última edição por Sam em Sáb Set 05, 2009 1:55 pm, editado 6 vez(es) (Motivo da edição : Actualização final)
LJSMN- Pontos : 1769
Re: O Penteado de Cristiano Ronaldo
por Terminator Sáb Set 05, 2009 4:54 pm
Sam escreveu:
Final - 1 - 1. Portugal ganhou no tiro ao boneco. Ainda não acabou tudo... mas já faltou mais.
pois jah, pois jah, k pena...
Terminator- Pontos : 2544
Re: O Penteado de Cristiano Ronaldo
por Joao Ruiz Dom Set 06, 2009 4:42 am
É fatal... para quem se esquece do Levezinho!!!!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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